Cientistas criam 'bola de futebol' mais fina que um fio de cabelo

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  • terça-feira, 25 de setembro de 2012
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    Cientistas anunciaram nesta segunda-feira (24) a criação de uma “bola de futebol” que é mais fina que um fio de cabelo. O avanço pode ter diversas aplicações no campo da nanotecnologia, sendo usado na produção desde remédios até televisores.
    As bolas são formadas por um conjunto de micropartículas de poliestireno, que é um tipo de plástico. As partículas se juntam em uma esfera quase perfeita por meio de um processo natural, usando a evaporação da água.


      A equipe de Álvaro Marín, da Universidade de Twente, na Holanda, colocou as micropartículas suspensas em água. Essa solução foi colocada sobre uma superfície “hidrofóbica”, ou seja, que repele a água.
    Nessa superfície, a solução fica praticamente suspensa. As gotículas de água se apoiam sobre pequenos pontos como em uma cama de pregos – os cientistas chamaram esse efeito de “faquir”, em referência a quem pratica a técnica de se deitar sobre essas camas.

      Sobre esses “pregos” as gotículas de água adquirem um formato redondo e mantêm esse formato durante a evaporação, mesmo quando adquirem tamanhos microscópicos. Quando toda a água evapora, as micropartículas de poliestireno se juntam no mesmo formato redondo, criando as “microbolas de futebol”.
    A comparação com bolas de futebol foi feita pelos próprios pesquisadores, porque cada micropartícula fica marcada na superfície, em um pentágono que lembra a costura dos gomos de uma bola. O nome científico do objeto é “suprabola coloidal”.
    “Nossa principal motivação era construir uma estrutura microscópica como essa de uma forma passiva, sem manipulação complexa. É o que chamamos de ‘automontagem’ e é a abordagem que tentamos seguir para construir coisas no mundo microscópico”, afirmou Marín.
    O pesquisador disse que o objeto poderia ser usado para encapsular medicamentos com segurança, já que envolve pouca manipulação. Ele afirmou ainda que o objeto tem “propriedades ópticas interessantes”, e que pode ser usado nesse sentido, na produção de televisores, por exemplo.
    O estudo foi publicado pela "PNAS", revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
    G1


     
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