Conforme a PRF, agentes estão orientando os motoristas sobre o bloqueio.
Portaria cria regras para a exploração de terras indígenas e demarcações.
Os índios que bloquearam duas rodovias de Mato Grosso na madrugada desta segunda-feira (27) levaram galões de água e mantimento suficientes para acampar no local por vários dias. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, apenas na BR-364, no sentido Rondonópolis - Cuiabá, o congestionamento já ultrapassa 40 quilômetros.
Representantes de oito etnias protestam para pedir a suspensão da portaria 303 da Advocacia Geral da União (AGU), que entra em vigor no fim de setembro. O documento regulamenta a atuação dos advogados públicos e procuradores em processos judiciais envolvendo a demarcação e o uso de terras indígenas.
De acordo com Genilson Kezomae, que coordena a mobilização na BR-364, os índios se sentem prejudicados com a nova portaria. “Ela abre a possibili-dade de revisar e diminuir as nossas reservas. Fere diretamente o nosso di-reito adquirido. Nós fechamos a rodovia para poder chamar a atenção do governo federal para voltar a dialogar com a comunidade indígena”, pontuou.
A Advocacia Geral da União informou por meio de nota que deve discutir a portaria 303 com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e as comunidades indígenas também devem ser consultadas. Já de acordo com a assessoria de imprensa da Funai, há um núcleo de apoio em Cuiabá e outro em Comodoro monitorando a ação dos indígenas.
Desvio
Até as 16h [horário de Mato Grosso], a fila de carros e caminhões aumentava do sentido Rondoópolis/Cuiabá. "Daqui de Cuiabá nós orientamos os motoristas e não deixamos passar. Mas, de Rondonópolis para cá, a fila passa de 40 km porque muitos motoristas não seguem a recomendação", alertou Ricardo Strauss, agente da PRF.
A viagem dos passageiros de um ônibus sofreu mais de cinco horas de atra-so. Para continuar com a viagem, o motorista teve que retornar alguns qui-lômetros e optar por um desvio. “Eles [índios] fecharam a rodovia e agora temos que ir por Chapada dos Guimarães. Infelizmente a gente paga mais uma vez por aquilo que a gente não fez”, desabafou o motorista Marcos Mendes da Silva.
A Polícia Rodoviária Federal designou equipes para ficar nos pontos bloqueados e controlar o trân-sito. Os agentes federais orientam os motoristas sobre o bloqueio e prováveis desvios já na saída das cidades atingidas. Em Cuiabá, para fugir da manifestação, os condutores devem fazer o desvio por Chapada dos Guimarães. Não há previsão de desbloqueio das duas rodovias.
Representantes de oito etnias protestam para pedir a suspensão da portaria 303 da Advocacia Geral da União (AGU), que entra em vigor no fim de setembro. O documento regulamenta a atuação dos advogados públicos e procuradores em processos judiciais envolvendo a demarcação e o uso de terras indígenas.
Eles levaram mantimentos para acampar por dias
na rodovia (Foto: Reprodução / TVCA)
Os indígenas fizeram bloqueio em trechos de duas rodovias do estado. Na BR-364, centenas de índios interromperam o trânsito no km 360, próximo à Serra de São Vicente. O segundo ponto bloqueado fica na BR-174, na região da cidade de Comodoro, distante 677 quilô-metros de Cuiabá e que faz divisa com o estado de Rondônia. Este trecho é um dos principais caminhos de escoamento de grãos.na rodovia (Foto: Reprodução / TVCA)
De acordo com Genilson Kezomae, que coordena a mobilização na BR-364, os índios se sentem prejudicados com a nova portaria. “Ela abre a possibili-dade de revisar e diminuir as nossas reservas. Fere diretamente o nosso di-reito adquirido. Nós fechamos a rodovia para poder chamar a atenção do governo federal para voltar a dialogar com a comunidade indígena”, pontuou.
A Advocacia Geral da União informou por meio de nota que deve discutir a portaria 303 com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e as comunidades indígenas também devem ser consultadas. Já de acordo com a assessoria de imprensa da Funai, há um núcleo de apoio em Cuiabá e outro em Comodoro monitorando a ação dos indígenas.
Desvio
Até as 16h [horário de Mato Grosso], a fila de carros e caminhões aumentava do sentido Rondoópolis/Cuiabá. "Daqui de Cuiabá nós orientamos os motoristas e não deixamos passar. Mas, de Rondonópolis para cá, a fila passa de 40 km porque muitos motoristas não seguem a recomendação", alertou Ricardo Strauss, agente da PRF.
A viagem dos passageiros de um ônibus sofreu mais de cinco horas de atra-so. Para continuar com a viagem, o motorista teve que retornar alguns qui-lômetros e optar por um desvio. “Eles [índios] fecharam a rodovia e agora temos que ir por Chapada dos Guimarães. Infelizmente a gente paga mais uma vez por aquilo que a gente não fez”, desabafou o motorista Marcos Mendes da Silva.
A Polícia Rodoviária Federal designou equipes para ficar nos pontos bloqueados e controlar o trân-sito. Os agentes federais orientam os motoristas sobre o bloqueio e prováveis desvios já na saída das cidades atingidas. Em Cuiabá, para fugir da manifestação, os condutores devem fazer o desvio por Chapada dos Guimarães. Não há previsão de desbloqueio das duas rodovias.
Os indígenas protestam pela suspensão da portaria 303. (Foto: Reprodução / TVCA)