A cada quatro anos, durante as disputas políticas, os eleitores são bombardeados com novas propostas de governo. As conhecidas “promessas de campanha” muitas vezes se repetem e passam desapercebidas devido a sua constância nesses períodos. Outras, por suas essências um pouco que “diferenciadas e excêntricas”, superam até mesmo o tradicional esquecimento inerente ao povo brasileiro, e acabam se tornando motivo de piadas. Mas a verdade é que, independentemente da sua natureza, as promessas podem ser decisivas durante a campanha. Não é à toa que algumas delas acabam sendo as responsáveis pela vitória de determinados candidatos. E o inverso também é real, já que as propostas não executadas por aqueles que assumiram o poder acabam virando motivo dos ataques dos adversários em uma disputa futura.
Na ânsia de buscar os votos dos indecisos, muitos candidatos não pesam a aplicabilidade dessas propostas, principalmente quando o tal desejo vai ao encontro da vontade popular. Como já diz , “papel e tinta "aceitam tudo”. E, ao que parece, na disputa desse ano os candidatos não abrirão mão de investir nas juras. Mal a disputa começou, e hoje já é possível testemunhar uma guerra de projetos para combater os principais problemas da cidade: segurança, saúde e transporte. Mas o que deixa o eleitor indeciso é ver candidatos a prefeito, que são apoiado pela atual administração ou que estavam juntos na base aliada, e até mesmo na administração, criticarem o modelo existente. Portanto os mais " antenados" já perceberam que ninguém irá se opor aos pedidos populares quando se está em jogo os ônus da perda de votos.
Basta forçar um pouco a memória para perceber que muitas promessas que nortearam as últimas campanhas políticas até hoje não foram cumpridas. A falta de moradia quem sabe poderia ser resolvida com o detalhe no enterro: os mortos seriam enterrados verticalmente “para ocupar menos espaço”, seria esse o começo para quem não tem idéias sobre habitação??. É um perigo para os políticos as promessas feitas durante a disputa. Uma boa campanha deve passar a imagem de credibilidade, e uma promessa com características que extrapolam o inexeqüível pode se tornar “um tiro no pé”. “As promessas, durante a campanha, podem até encantar o eleitor. Mas depois, dependendo do grau de dificuldade em cumpri-las, o político pode comprometer o governo inteiro”.
No contexto político atual, em que a falta de credibilidade na classe está em alta, a tendência é que os eleitores rejeitem quaisquer promessas que soem como irreais. “O melhor é até que se faça poucas promessas, ” Todavia, as áreas consideradas mais carentes, o discurso eleitoral ainda exerce forte influência na hora do voto, mas isso é enganação, ou não ?.
“Nas regiões em que os eleitores são mais carentes e que as necessidades são elementares e básicas, as promessas, mesmo que enganadoras, podem ludibriar muita gente na hora do voto. Mas uma promessa bem feita é aquela baseada em uma boa análise da realidade, mas muitos eleitores não se permitem mais serem seduzidos por falsas promessas.
É feito aquele princípio que o ouvido do homem está inclinado a ouvir aquilo que lhe agrada. O que é lamentável, porque acaba contribuindo para iludir o eleitor”.
Muitas promessas não apresentam, inclusive, os princípios constitucionais para a sua execução. “Muitas vezes os candidatos prometem coisas que ultrapassam as atribuições da administração municipal. É o caso de se dizer que determinada prefeitura vai criar uma secretaria de segurança ou implantar a Guarda Municipal , quando essa não é a função dela”.
"A princípio, a tendência do eleitor é ser seduzido pelo o que escuta. E, para mim, o voto não é uma escolha racional, é circunstancial, e por isso sempre vai pesar o que está sendo oferecido, complementando que esta postura irá variar de acordo com a formação educacional do indivíduo, de cada eleitor. Para aqueles que se escondem com maquiagens nos "santinhos de campanha", é hora de parar de falar bobagens...".