O pedido de empréstimo enviado pelo Palácio Rio Branco à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) prevê contratos junto a pelo menos duas instituições: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Será um empréstimo no BNDES, no valor de R$ 250 milhões e dois no BID, sendo um em US$ 187 milhões e o outro em US$ 72 milhões.
Pelos cálculos do deputado Luiz Tchê (PDT), especialista em endividamento do Estado, com os novos empréstimos a dívida ativa do Acre pode chegar a R$ 2,5 bilhões. O pedido já está na Aleac e deve ser votado até a quinta-feira da próxima semana. Os parlamentares do Bloco Trabalhista Socialista e da oposição prometem emperrar a votação até que o governo envie seus secretários para explicar os empréstimos.
“Queremos saber onde será aplicado o dinheiro e qual será a contrapartida do Estado. Sabemos que ainda temos capacidade de endividamento, mas é preciso saber como esta conta será paga”, diz Tchê. Segundo ele, o governo está em dívida com o Parlamento ao não enviar seus secretários para dar explicações sobre o último empréstimo junto ao BNDES, no valor de R$ 645 milhões.
O Acre é o que tem a maior dívida junto ao BNDES entre os Estados da região Norte. A dívida do Acre é 100% maior da amazonense, mesmo com Manaus sendo uma das sedes da Copa do Mundo 2014.
Somados, os empréstimos do governo acreano no banco estatal chegam a R$ 2,5 bilhões. A dívida representa 69% do Orçamento para 2011. O primeiro empréstimo realizado pelo governo petista no BNDES, de acordo com dados do Tesouro Nacional, foi em 2002, no valor de R$ 39,9 milhões. O último aconteceu em 2009, tendo o banco liberado R$ 205 milhões.
A dívida nossa de cada dia
Posted on quinta-feira, 5 de julho de 2012 by Editor in