Quem quer ser um peemedebista?

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  • sexta-feira, 29 de junho de 2012
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  • Fernando Melo e tropa observam o subversivo Vanderley Pereira, "enviado do PT"

    Um verdadeiro fiasco. Assim pode ser classificada a convenção do PMDB desta quinta-feira à noite. Mesmo sem o aval da Justiça, João Correia foi por lá e deu as caras. A confusão era questão de tempo.

     O grande responsável por todo este inferno astral do PMDB, porém, não é João Correia, mas as próprias pessoas que se apossaram do partido (o senador Sérgio Petecão) e fizeram dele um feudo para fazer vingar seus interesses políticos pessoais.

    Como diz Luiz Tchê, é Tião Viana dono do PT, ele do PDT, Bocalom e Bittar do PSDB, Gladson Cameli do PP e Petecão e Fraviano (perdão, Flaviano) Melo fazem sociedade com o malfadado PMDB, a escória do Brasil, partido dos velhos coronéis que transformam o Congresso Nacional no laboratório do fisiologismo.

    Um partido que no Acre não teve a capacidade de reciclar suas lideranças, passando os últimos 30 anos flutuando em torno de Fraviano. O PMDB no Acre vive de suas glórias passadas. A última vez que ocupou o Palácio Rio Branco foi em 1989, justamente com o governador Fraviano Melo.

    Desde 1999 vangloria-se de ser o único partido a não ter mamado nas tetas petistas. Grande coisa! O Acre melhorou muito por causa disso. No período não foi capaz de desenvolver um projeto político alternativo ao PT, ficou no jogo do poder pelo poder e deixou de ser a principal referência de oposição, hoje encarnada na figura do PSDB –que também não tem nada de projeto concreto.

    O PMDB agora está em fase de desligamento de seus aparelhos que o mantém vivo na UTI. Os peemedebistas foram obrigados a aceitar uma candidatura goela abaixo. E o grande salvador do PMDB veio justamente das fileiras de seu grande adversário mortal: o PT. O ex-petista Fernando Melo aportou no Glorioso como a promessa da liderança que tirará o PMDB da UTI.

    A convenção de ontem mostrou que o PMDB vai muito mal, obrigado. Uma meia dúzia de candidatos a vereador vai para as ruas em Rio Branco. A depender da votação proporcional, pode ficar sem nenhuma cadeira na Câmara. O partido começa sua campanha desunido e desorganizado.

    Sem estrutura, a convenção teve que ser embalada pelo jingle do “Dá-lhe Petecão” de 2010. A assinatura do atestado de óbito do PMDB em outubro terá duas assinaturas garantidas: Fraviano Melo e Sérgio Petecão. Lamentável a política acreana e brasileira ter chegado a este ponto. Como diz a sábia Marina Silva, a “política enfrenta uma crise sem precedentes.” 
     
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