A convenção do PSDB para homologar Tião Bocalom candidato a prefeito de Rio Branco mostrou a diferença de quem lidera as pesquisas de intenção de voto. Dos três principais candidatos, a dele foi a capaz de reunir o maior número de pessoas –por livre e espontânea vontade, diferente da livre e espontânea pressão da de Marcus Alexandre (PT).
Estar à frente das pesquisas tem trazido até agora mais vantagens do que desvantagens. Mas com o começar da campanha na próxima sexta-feira (6) Bocalom pode preparar o lombo que seu adversário principal é só o governo do Estado, e ele vem com tudo.
Nos bastidores já há a produção de um dossiê contra Bocalom por petistas e palacianos. Entre as denúncias estariam algumas malversações dos tempos em que o tucano era professor de matemática na rede municipal de Acrelândia. São denúncias que, a se repetir como aquela das diárias da Câmara Municipal, vão cair no vazio e fortalecer a candidatura do PSDB.
Bocalom assegurou em seu palanque os principais desafetos do Palácio Rio Branco. O principal deles foi o PP de Gladson Cameli com sua alta capilaridade eleitoral e financeira. O mais recente foi o PDT de Luiz Tchê, que leva com ele precisos 2min57seg do tempo de propaganda eleitoral.
O desafio de Bocalom é manter a dianteira nas pesquisas. A tarefa não é fácil, exigirá muita estratégia e inteligência por parte dos articuladores da campanha. Bocalom tem a faca e o queijo na mão; está nas graças do povo. Seu discurso antipetismo soa como uma ópera nos ouvidos do povão.
Ele tem o apoio dos ex-presidenciáveis José Serra e Geraldo Alckmin, que caíram nas graças do povo acreano nas eleições passadas.
Tião Bocalom venceu Tião Viana em Rio Branco em 2010. Seu adversário em 2012 continua sendo o governador. A eleição é outra, o momento talvez seja outro, a cabeça do eleitor pode ser outra. Em outubro saberemos se o povo confirmará a retirada do PT do poder e a ascensão de um novo grupo político.