Há hoje um nome que quando pronunciado na esquerda brasileira é anátema: o do deputado Roberto Freire, hoje já alcunhado de Bob Freire, o que o coloca o lado de Bob Campos e Bob Marinho.
Perseguido, amaldiçoado, exorcisado... xingado... o que fez este nobre brasileiro para ir parar no rol dos” inimigos do povo”, tão rejeitado quanto um Bolsonaro, por exemplo?
Carlos Lacerda era chamado de “O Carreirista da Traição”. Havia pertencido ao Partido Comunista, deixou o Partido e transformou-se no líder da Direita Golpista brasileira. Bob Freire ainda não conseguiu este status.
Mas em 89 foi a segunda opção da maioria absoluta dos brasileiros na campanha presidencial , e a primeira opção para milhões que nele votaram. De lá para cá, guinando cada vez mais á direita provocou em seus eleitores e admiradores tamanha repulsa, tamanha frustração que hoje se revela através de xingamentos, ofensas, e rejeições, e que aparentam fazer dele um dos mais repudiados políticos brasileiros.
Logo ele que foi um dos mais brilhantes políticos brasileiros. Um dos mais queridos e respeitados.
Na mesma proporção que o amavam , hoje odeiam, por pura frustração, por sentirem-se todos traídos, por não saber o deputado conduzir seus eleitores pelo mesmo caminho que sempre apontou.
Desviou-se a tal ponto que hoje – dizem as línguas ferinas - não se elege sequer síndico em Pernambuco, e, verdade, sequer conseguiu eleger seu filho como vereador no Recife.
Chegando à velhice pagando mico, perseguindo blogueiros, ganhou do blog CORREIO PROGRESSISTA a alcunha de “Nômade Político” talvez numa referência de ter precisado dos votos de Geraldo Alckmin – e até da Opus Dei – para se eleger por São Paulo, em fim de carreira.
Lamento Deputado Roberto Freire, que não compreenda que os ataques e críticas que sofre são o produto de muito lhe querer bem , de muito ter acreditado em suas palavras e em sua retidão de princípios.
Este seu velho companheiro, que também se sentiu traído no amor e admiração que lhe devotava gostaria de lhe dizer isto, antes de - espero, nunca mais voltar a pronunciar ou mencionar seu nome, sequer para chamá-lo de Bob Freire, enquanto você não voltar a honrar a memória dos pernambucanos que deram seu testemunho na formação da Nação Brasileira com a Confederação do Equador.