Ontem assisti pelo Canal Brasil o “É Tudo Verdade – Panair do Brasil”. Para os mais novos: a Panair era a maior companhia aérea brasileira, toda de capital nacional e preparando-se para ser maior que a Pan American.
A Varig começava a despontar no cenário nacional. Isto em 1964.
Após o Golpe Militar, auge das arbitrariedades legais neste País, em fevereiro de 1965, sem quê nem pra quê, e sem nada que aparentemente justificasse, o Governo Militar de uma penada, com um Decreto arbitrário decretou a falência da Panair.
Cinco mil funcionários ficaram desempregados.
Após o Golpe Militar, auge das arbitrariedades legais neste País, em fevereiro de 1965, sem quê nem pra quê, e sem nada que aparentemente justificasse, o Governo Militar de uma penada, com um Decreto arbitrário decretou a falência da Panair.
Cinco mil funcionários ficaram desempregados.
A Varig imediatamente passou a operar com os aviões da Panair. Quando digo imediatamente, digo até mesmo um avião da Panair que estava na pista pronto para decolar para a Europa, já com os passageiros dentro.
Tropas militares ocuparam os hangares da Panair, e os escritórios, e a Celma, empresa que fazia manutenção dos motores.
Hoje sua sede no Santos Dumont passou a ser sede do 3º Comando Aérea da Aeronáutica
Hoje sua sede no Santos Dumont passou a ser sede do 3º Comando Aérea da Aeronáutica
Em minutos 5.000 chefes de família estavam desempregados , sem direito a nada, de uma Empresa que não estava sequer solvente e tinha capital para pagar qualquer dívida.
Abrir estes porões é obrigação da Comissão da Verdade, e apurar o que realmente aconteceu.
A Comissão da Verdade deve ser muito mais profunda, ir além do apenas apurar as violências físicas cometidas por maus militares.
Deve apurar todas as violências legais, todas as tramamóias empresariais, concorrências, monopólios, etc . instalados durante o período da Ditadura.
A bem da Verdade. Não por perseguição., Mas a bem da Verdade que o Brasil merece.
Aliás merece de há muito, desde antes da “Independência”.