Os resultados das urnas confirmaram a força do lulismo nas regiões Norte e Nordeste. O fenômeno do lulismo demonstrou também força em Minas Gerais e Rio de Janeiro, que tiveram desempenho excepcional para Dilma, com 3,5 milhões de votos de vantagem. A diferença obtida nesses dois estados foi suficiente não só para dar vitória para Dilma na região Sudeste, mas eliminou a vantagem de Serra nas regiões Sul e Centro-Oeste.
Considerando somente os votos das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, Dilma (PT) obteve 275.124 votos de vantagem para José Serra, do PSDB.
Considerando somente os votos das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, Dilma (PT) obteve 275.124 votos de vantagem para José Serra, do PSDB.
No Nordeste, Dilma obteve uma vantagem de 10,7 milhões de votos. No Norte, Dilma teve pouco mais de 1 milhão de votos acima de Serra. Da diferença de mais de 12 milhões de votos obtidos pela candidata Dilma, a maioria foram votos que vieram do Norte e Nordeste.
Desse modo, creditar a vitória de Dilma somente pelo seu desempenho no Nordeste não é correto. A vitória de Dilma na região Sudeste sepultou definitivamente a tese de que o país estava dividido entre as forças modernas (centro-sul) e o atraso (norte e nordeste).
A diferença pró-Serra nas regiões Sul e Centro-Oeste foi pequena para sustentar qualquer tese de divisionismo, seja entre pobres e ricos ou o moderno e o atraso. Em estados importantes como Rio Grande do Sul e Goiás, a diferença de votos entre os candidatos foi mínima.
A diferença pró-Serra nas regiões Sul e Centro-Oeste foi pequena para sustentar qualquer tese de divisionismo, seja entre pobres e ricos ou o moderno e o atraso. Em estados importantes como Rio Grande do Sul e Goiás, a diferença de votos entre os candidatos foi mínima.