O PIG está com "dor de corno" até hoje!

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  • domingo, 21 de fevereiro de 2010
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  • Homenagem a Daniel Herz na CONFECOM

    A 1ª Conferência Nacional de Comunicação, teve milhares de oficinas, plenárias e debates espalhados igualmente por milhares de lugares pelo país no ano de 2009. De todas as maneiras os meios de comunicação tentaram sabotar o evento, com ativa participação do Ministro Hélio Costa, alinhado ao PIG (Partido da Imprensa Golpista).

    Pode-se dizer qualquer coisa desta conferência, menos que tenha sido anti-democrática. Fato que pode ser facilmente comprovado, pela nominata dos homenageados, no discurso de abertura, transcrito abaixo.
    &&&&&&&&&&&&&

    Discurso de abertura da 1ª Conferência Nacional de Comunicação

    CONFECOM- 14/17 DEZ 2009
    EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA,
    LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, Chefe do governo que, com a
    realização desta Conferência, ajuda a quebrar o silêncio e a
    invisibilidade que encobria a comunicação no país.
    EXMO. DEPUTADO SENHOR TEMER, PRESIDENTE DA
    CÂMARA DOS DEPUTADOS.

    EXMO. SENHOR MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES,
    HÉLIO COSTA, que, ao realizar a pré-conferência em
    setembro de 2007, sinalizou a vontade do governo de instalar
    no país este processo de consulta popular.


    EXMO. SENHOR MINISTRO-CHEFE DA SECRETARIA DE
    COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA,
    FRANKLIN MARTINS, peça fundamental neste intrincado
    xadrez político de negociação entre setores com vontades
    políticas tão díspares.


    MINISTRO-CHEFE DA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA
    DA REPÚBLICA, LUIZ DULCI, homem de articulação e de
    condução do processo que, nos primeiros contatos indicou os
    passos necessários para construirmos esta inédita esfera
    pública que se consolida nesta etapa nacional da conferência.

    EXMO. SENHOR JOHNNY SAAD. Quero saudá-lo por
    reconhecer na Abra e na Telebrasil a parte empresarial do
    setor de comunicação disposta ao debate e à negociação.
    Sem dúvidas, homens de negócio preocupados com a
    soberania nacional e com a democratização da comunicação
    que se negaram a participar de sabotagens ou
    desqualificação deste espaço público construído
    coletivamente a duras penas.

    SENHORAS E SENHORES, EXMOS. SENHORES
    PARLAMENTARES
    Em especial, a deputada Luiza Erundina, incansável
    lutadora por um cenário democrático na comunicação
    nacional.

    SRS. CONVIDADOS INTERNACIONAIS E NACIONAIS.
    SRAS DELEGADAS E DELEGADOS, OBSERVADORES
    DESTA CONFERÊNCIA.

    COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS DA IMPRENSA.
    Quero saudar, ainda que de maneira especial os
    militantes da sociedade civil, organizados nas préconferências
    estaduais e nacional, os companheiros das
    Comissões de Direitos Humanos, de Ciência e Tecnologia, da
    Comissão de Legislação Participativa da Câmara de
    Deputados. Os companheiros da Comissão Organizadora
    Nacional, depois desdobrada nas Comissões Organizadoras
    Estaduais, pois foi esta sociedade civil quem verdadeiramente
    pavimentou o caminho para a realização desta conferência. E
    fez isto de maneira responsável e madura, dando exemplo,
    ao limite, de tolerância e espírito público.

    Faço isso em nome de três mulheres incansáveis em seu
    espírito de luta, e imbatíveis na sua disposição de
    negociação: companheira Rosane Bertotti, da CUT;
    companheira Roseli Goffman, do CFP; e a companheira
    Berenice Mendes, da ANEATE; que percorreram esse país
    como verdadeiras guerreiras da Confecom.

    Esta conferência, senhor Presidente, senhores ministros,
    deve realizar, no nosso entendimento, três propósitos
    fundamentais:
    1) De um lado, romper o silêncio com que a mídia trata a
    própria mídia. Iniciar a retirada do véu de autolegitimação
    absoluta que encobre o sistema de comunicação brasileiro.
    Propor, finalmente, o debate sobre escolhas de políticas de
    comunicação nunca realizadas de forma pública. Esta
    conferência possibilitará ao povo brasileiro finalmente
    incidir sobre o modelo de comunicação – comunicação, por
    sua vez, cada vez mais determinante na vida política,
    econômica e cultural do país.

    2) Por outro lado, esta conferência permitirá ao governo –
    após receber os diagnósticos, as propostas, os consensos
    e os dissensos – construir uma agenda para a área e,
    assim, iniciar a elaboração das políticas públicas
    necessárias. Estas políticas devem, por um lado,
    democratizar o sistema, permitindo o acesso universal e a
    possibilidade de fala para cada brasileiro. Por outro, deve
    permitir a convergência tecnológica com base em um
    serviço público que garanta a soberania nacional e a
    diversidade regional brasileira.

    3) E também, senhor Presidente e senhores Ministros, é
    missão desta conferência já anunciar a próxima
    conferência. Devido à resistência histórica dos setores
    conservadores, não podemos permitir que este enorme
    esforço de organização se perca. Precisamos
    institucionalizar este processo.

    Este evento guiou-se desde o seu começo por uma tensão
    de setores que defendiam o debate público para as escolhas
    de políticas que permitissem uma democratização efetiva do
    setor e por quem, na tentativa de manter o status quo,
    tentou desqualificar o processo. Por isso esta conferência é
    uma vitoria dos estão aqui, daqueles que sabendo o papel
    estratégico da comunicação, pretendem construir
    coletivamente um ambiente regulado socialmente, que
    atribua ao sistema uma dimensão civilizada fora, como diz o
    professor Murilo Ramos, da terra de bang bang em que se
    transformou o setor.

    O que precisamos, senhor Presidente, senhores Ministros,
    senhoras e senhores, é uma comunicação que cumpra seu
    papel de principal construtora da cultura. Um amálgama da
    identidade nacional a partir das diversidades regionais. O
    povo brasileiro não pode ter mais um tutor ideológico lhe
    dizendo o que gostar e o que não gostar.

    Não precisamos de “Grandes Irmãos” nos dizendo o que
    somos. Ao invés disso, precisamos por um fim à
    criminalização dos movimentos sociais e das rádios
    comunitárias. Precisamos de políticas que modifiquem a
    situação brasileira de ser um país com os piores índices de
    leitura de jornais da América Latina, que encontre uma
    solução para a crise de financiamento do rádio brasileiro. Que
    compreenda, enfim, a dimensão estratégica que a
    comunicação tem para a soberania nacional. Precisamos
    urgentemente estabelecer regras que, de maneira
    intransigente, defendam o princípio constitucional da
    liberdade de expressão ao mesmo tempo em que reconheçam
    que esta liberdade não é de alguns e que, portanto, só será
    garantida por leis constitucionalmente estabelecidas.

    Finalmente, senhoras e senhores, quero saudar
    especialmente a feliz idéia de homenagear o jornalista Daniel
    Herz. Este evento pode ser considerado como uma espécie de
    acontecimento-síntese da idéias de Daniel. Sua luta pode ser
    resumida na criação do FNDC - Fórum Nacional pela
    Democratização da Comunicação - que pretende, em última
    análise, capacitar e mobilizar a sociedade para as questões
    da comunicação e, a partir desta potencialidade socialmente
    construída, elaborar legislação e regulação democráticas.
    Acho que esta conferência cumpre uma obrigação histórica de
    distingui-lo, e quero fazê-lo na figura de seus dois filhos aqui
    presentes, o Fernando e o Guilherme Herz.

    Assim, senhoras e senhores, iniciamos neste momento
    uma reunião histórica com a responsabilidade de debater,
    sistematizar e encaminhar para futuras políticas, seis mil
    propostas recolhidas em mais de 200 conferências
    municipais, 26 estaduais e distrital, e outras tantas livres e
    virtuais. Inauguramos, portanto, um inédito e necessário
    espaço público que finalmente incorpora este aspecto
    essencial da vida nacional que é a comunicação.

    Obrigado.

    Celso Augusto Schröder
    Coordenador Geral do FNDC
    Vice-presidente da FENAJ
    Presidente da FEPALC
     
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