Testando o ditadômetro

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  • terça-feira, 3 de março de 2009
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  • Ainda sob efeitos da ressaca do carnaval, vamos retomar nossas atividades. Não podemos ficar de fora deste momento de afirmação dos blogs políticos. A mídia em papel sujo acusa o golpe. A Veja gastou bons quilos de seu precioso insumo para que seu pernóstico colunista destilasse suas bravatas fascistas contra um blog, o de Altamiro Borges. A Folha tentou remendar suas opiniões, depois da repercussão da “ditabranda” e de sua fanfarrice à direita ao criticar dois respeitáveis acadêmicos por não condenarem Cuba como ditadura. O momento é esse, e dia 7, sábado, na porta da Folha estaremos. E viva a mídia do povo!

    Para contribuir, um teste. Quem acertar ganha uma camisa suada do Salgueiro. Nos textos abaixo, de uma mesma fonte insuspeita, descubra a quais ditaduras atuais eles descrevem a situação em 2007:

    a) Milhares de advogados, de jornalistas, de militantes de partidos políticos e de ativistas de direitos humanos foram detidos arbitrariamente. A independência do Judiciário foi coibida. Algumas vítimas de desaparecimentos forçados reapareceram, mas centenas ainda continuam desaparecidas. Ao menos 310 pessoas foram condenadas à morte e pelo menos 135 foram executadas.

    b) A situação dos direitos humanos continuou tenebrosa, apesar de reformas legais terem sido anunciadas e de ter havido um contínuo debate público sobre os direitos das mulheres. Centenas de pessoas suspeitas de terrorismo foram detidas e presas praticamente em segredo, e milhares de pessoas detidas nos anos anteriores continuaram presas. Os detidos incluem prisioneiros de consciência e dentre estes, defensores pacíficos de reforma política. A tortura e outros maus-tratos impostos aos detentos foram comuns, e prisioneiros foram sentenciados a açoitamentos e a amputações. Ao menos 158 pessoas foram executadas, inclusive um menor infrator.

    c) As recentes emendas constitucionais consolidaram os vastos poderes da polícia e abrigaram de forma permanente sob a lei os poderes de emergência que vêm sendo usados sistematicamente para violar direitos humanos. Incluem-se entre essas a detenção prolongada sem acusação, a tortura, e restrições à liberdade de expressão, associação e reunião e julgamentos. Cerca de 18 mil detentos permaneceram na prisão em condições desumanas e degradantes. Algumas pessoas foram mantidas presas por mais de uma década; muitas, inclusive, cujas ordens de soltura foram determinadas várias vezes pelos tribunais. Ativistas políticos, jornalistas e internautas que mantinham blogs na Internet foram presos por expressarem pacificamente suas opiniões..

    d) As autoridades continuaram a deter centenas de cidadãos em prisões secretas por motivos políticos. Os prisioneiros permaneceram detidos indefinidamente, a grande maioria sem acusação e, efetivamente, sem poder recorrer à justiça para contestar a legalidade de sua detenção. Há relatos documentados de torturas e maus-tratos a detentos. O governo destruiu fitas de vídeo que continham interrogatórios dos detentos. Durante o ano de 2007, ocorreram 42 execuções em seu sistema penitenciário.

    e) As restrições à liberdade de expressão, de associação e de manifestação continuam severas. Ao menos 62 prisioneiros políticos continuam na cadeia, enquanto jornalistas independentes e ativistas de direitos humanos são ameaçados, intimidados e detidos. De qualquer forma, quatro prisioneiros foram libertados em 2007 e o governo decidiu discutir e assinar tratados sobre direitos humanos com outros governos.

    Mandem as respostas e ganhem uma camisa. Se mais de um vencedor, eu mando uma outra, rasgada, da minha mulher. Se mais, eu penso depois em uma prenda. Acho que tenho algumas faixas vermelhas e brancas sobrando.
     
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