Antes de entrar no tema central deste post, gostaria de esclarecer - antes que me chamem de "petista recalcado" ou de adepto de uma "teoriazinha da conspiração" - que tive alguns problemas muito sérios em minha formação: 1- Não freqüentei o Jardim de Infância; 2- Deixei de acreditar em Papai Noel muito cedo e 3- Não li Poliana Moça na adolescência. Somem a isto uma certa tendência a desconfiar de tudo, presente em meu DNA lusitano, e vocês entenderão as reflexões que farei a seguir sobre a candidatura de Fernando Gabeira à Prefeitura do Rio:
1- Para mim, é difícil dar credibilidade a um candidato que foi capa da revista Veja, com uma matéria altamente elogiosa. Sabendo do histórico da referida publicação - bastião do que há de mais conservador na imprensa brasileira - é para se ficar com uma pulga (do tamanho de um elefante) atrás da orelha;
2- Nas duas últimas semanas, Gabeira passou a receber um grande destaque em todos os veículos de comunicação das Organizações Globo, principalmente por conta de suas críticas às pesquisas do IBOPE, que o colocam em terceiro lugar, mas a uma distância bastante grande do segundo colocado, o "ex-bispo" Marcelo Crivella. É interessante notar que, atualmente, embora a Globo ainda continue a trabalhar com o IBOPE em algumas cidades, ela passou também a utilizar os serviços do Datafolha em diversas outras, dentre as quais o Rio de Janeiro. Mais interessante ainda, é perceber que nas pesquisas feitas por este instituto e divulgadas com destaque no Jornal Nacional, em O Globo e afins, a diferença entre Crivella e Gabeira é mínima, estimulando, de certa forma, o "voto útil" em Gabeira contra Crivella. Ao mesmo tempo, coloca-se para escanteio a candidatura da até há pouco terceira colocada, Jandira Feghali;
3- Uma das questões presentes no atual pleito municipal é a formação dos palanques para as eleições presidenciais de 2010. Por causa da histórica esquizofrenia política presente em nosso estado e , principalmente, na Cidade do Rio de Janeiro , os dois maiores partidos em nível nacional - PT e PSDB - são muito pouco representativos por aqui. No entanto, por conta da aliança com o governador Sérgio Cabral e com o PMDB, está praticamente garantido um bom palanque para o candidato apoiado por Lula, seja a Dilma ou qualquer outro. Porém, José Serra, virtual candidato da coligação PSDB/DEM, continua sem ter com quem contar por estas terras cariocas. Indiscutivelmente, a eleição de Gabeira mudaria este quadro. Dá para acreditar quando ele diz que sua campanha não é tem conexões nacionais?
4- Finalmente, ainda relacionado ao que coloquei no ítem anterior, dá para acreditar quando Gabeira diz que tem uma postura de "independência" e "autonomia" em relação aos partidos que o apóiam, sabendo que tais partidos são, além do incipiente PV, o PSDB, do ex-presidente FHC - de nada saudosa memória - e o PPS, daquele cidadão chamado Roberto Freire, que destruiu o velho e histórico "Partidão", passando o controle dos arquivos do PCB para a Fundação Roberto Marinho? E não se deve esquecer que o vice de Gabeira é Luiz Paulo Corrêa da Rocha, ex-vice-governador do estado na gestão Marcello Alencar. "Autonomia" e "Independência" junto com esta gente? É difícil acreditar.
Por tudo isto, já decidi: domingo, dia 05 de outubro, eu NÃO voto no Gabeira.
1- Para mim, é difícil dar credibilidade a um candidato que foi capa da revista Veja, com uma matéria altamente elogiosa. Sabendo do histórico da referida publicação - bastião do que há de mais conservador na imprensa brasileira - é para se ficar com uma pulga (do tamanho de um elefante) atrás da orelha;
2- Nas duas últimas semanas, Gabeira passou a receber um grande destaque em todos os veículos de comunicação das Organizações Globo, principalmente por conta de suas críticas às pesquisas do IBOPE, que o colocam em terceiro lugar, mas a uma distância bastante grande do segundo colocado, o "ex-bispo" Marcelo Crivella. É interessante notar que, atualmente, embora a Globo ainda continue a trabalhar com o IBOPE em algumas cidades, ela passou também a utilizar os serviços do Datafolha em diversas outras, dentre as quais o Rio de Janeiro. Mais interessante ainda, é perceber que nas pesquisas feitas por este instituto e divulgadas com destaque no Jornal Nacional, em O Globo e afins, a diferença entre Crivella e Gabeira é mínima, estimulando, de certa forma, o "voto útil" em Gabeira contra Crivella. Ao mesmo tempo, coloca-se para escanteio a candidatura da até há pouco terceira colocada, Jandira Feghali;
3- Uma das questões presentes no atual pleito municipal é a formação dos palanques para as eleições presidenciais de 2010. Por causa da histórica esquizofrenia política presente em nosso estado e , principalmente, na Cidade do Rio de Janeiro , os dois maiores partidos em nível nacional - PT e PSDB - são muito pouco representativos por aqui. No entanto, por conta da aliança com o governador Sérgio Cabral e com o PMDB, está praticamente garantido um bom palanque para o candidato apoiado por Lula, seja a Dilma ou qualquer outro. Porém, José Serra, virtual candidato da coligação PSDB/DEM, continua sem ter com quem contar por estas terras cariocas. Indiscutivelmente, a eleição de Gabeira mudaria este quadro. Dá para acreditar quando ele diz que sua campanha não é tem conexões nacionais?
4- Finalmente, ainda relacionado ao que coloquei no ítem anterior, dá para acreditar quando Gabeira diz que tem uma postura de "independência" e "autonomia" em relação aos partidos que o apóiam, sabendo que tais partidos são, além do incipiente PV, o PSDB, do ex-presidente FHC - de nada saudosa memória - e o PPS, daquele cidadão chamado Roberto Freire, que destruiu o velho e histórico "Partidão", passando o controle dos arquivos do PCB para a Fundação Roberto Marinho? E não se deve esquecer que o vice de Gabeira é Luiz Paulo Corrêa da Rocha, ex-vice-governador do estado na gestão Marcello Alencar. "Autonomia" e "Independência" junto com esta gente? É difícil acreditar.
Por tudo isto, já decidi: domingo, dia 05 de outubro, eu NÃO voto no Gabeira.