Esta é a história de um compositor que durante muitos anos obedeceu o regulamento, e só fez samba sobre empresas, políticos, vida e obra de ex-integrantes do Big Brother, sempre com muito merchandise no meio dos versos. Até que este ano, meio cansado dos mesmos enredos, depois de ter fumado umas cervejas, resolveu inovar. Leu o noticiário de política, e saiu este samba:
Foi a Veja que falou de papel contra FH
Disse sem pai e com mãe que queria a história abafar
Mas a trama tinha muito mais ingredientes
Na barafunda sabe-se lá onde ficam os inocentes
Laiá, laiá, laiá, o importante é ter otário pra acreditar
Alvaro Dias queria as contas do presidente
Pra armar uma crise bem convincente
Mas chamou araponga lusitano
Que trouxe as contas de outro tucano
Já que não dava pra mostrar o caviar
Tinham que inventar outra coisa pra contar
Pensaram até em colocar um adultério
Bem no meio da cúpula do ministério
Até o Bin Laden chegaram a cogitar
Mas o cachê não dava pra pagar
Contrataram os amigos da imprensa
E criaram fábula de roubo e de ofensa
Que o tal dossiê era pra tentar achacar
Sabe-se lá quem, bastava bagunçar
E tome notícia todo o dia na veia
Ameaça de processo e de cadeia
Mas a coisa tava meio enrolada
Corria o risco de virar piada
Chamaram consultor de moderna gestão
Que foi logo dando solução:
(refrão)
Ô, Ô, Ô,
Se ainda não deu
Bota na conta do Dirceu!
Ô, Ô, Ô,
Se ainda não deu
Bota na conta do Dirceu!