MÍDIA - A "direita hidrófoba" que emburrece o país.

Diário do Centro do Mundo


O que está por trás do ataque de Míriam Leitão à ‘direita hidrófoba’ que emburrece o país

by Paulo Nogueira


Tinha já prometido a mim mesmo não falar mais num determinado blogueiro de extrema direita que, em poucos dias, foi transformado num minizoo por três mulheres. Uma o chamou de rottweiller, por latir, outra de pato, por fazer várias coisas e todas mal, e a terceira de burro, por razões fáceis de entender.
Mas a repercussão alcançada sobretudo pela última delas – a que chamou o blogueiro de burro, Míriam Leitão -- me obriga a voltar a ele. Porque se instalou uma perplexidade: o que está acontecendo na mídia corporativa e conservadora? Por que a dissonância recente depois de tanta concordância?
O marco zero, para mim, foi um artigo em que Noblat bateu forte em Joaquim Barbosa, tratado como semideus pela mídia. Aquilo não estava no roteiro, não em Noblat, não no Globo.
Notei. E especulei, na época, que poderia estar havendo um cansaço nos colunistas que, para encurtar, são pagos para defender os interesses e privilégios de seus patrões.
Mesmo os melhores salários são insuficientes quando você olha o espelho pela manhã e se diz: lá vou eu contribuir, como faço todos os dias, por um país tão iníquo quanto este.
E existe também a questão da posteridade. Carlos Lacerda fez o mesmo em seu tempo: hoje é amplamente desprezado pela história como um canalha que usou o jornalismo para defender os poderosos.
Ninguém quer ser tido pela posteridade como um canalha, um vendido, um homem vil como Carlos Lacerda.
Que os bilionários donos de empresas de mídia se batam fervorosamente pelas mamatas – benesses estatais -- que os fizeram acumular fortunas fabulosas é compreensível. Mas que jornalistas assalariados os ajudem nisso, em detrimento da sociedade, dos pobres, dos favelados, isso é outra questão.
Chega uma momento em que você explode.
É dentro desse contexto que entendo Suzana Singer qualificar certo novo colunista como ‘rottweiler’. Ela não aguentou. Jorrou dela, no instinto e não na razão, a coluna revoltada não contra o colunista, mas contra o jornal que o convidou.
Tenho para mim que este tipo de coisa vai acontecer cada vez mais: revoltas nas redações explosivas, súbitas contra empresas jornalísticas que, como a Folha de Singer, radicalizaram sua luta por privilégios e contra um Brasil socialmente justo.
Também Míriam Leitão escreveu com o instinto, mas com seus cuidados habituais de boa funcionária da Globo. Falou na “direita hidrófoba” representada por certo colunista, mas não citou expoentes desse grupo dentro da Globo, como Jabor. Falou em Rodrigo Constantino, mas para este ninguém liga, dada sua irrelevância.
Há, também, uma outra lógica no ataque aos hidrófobos. Eles atrapalham a causa pela qual atabalhoadamente se batem. Não conquistam adeptos, mas afastam as pessoas que não são fundamentalistas como eles mesmos.
O certo polemista tratado como burro, pato e rottweiler: que eleição ele ganhou desde que apareceu, já na meia idade, para o jornalismo hidrófobo graças à radicalização da Veja?
Me parece que Míriam Leitão está sugerindo ao PSDB que se afaste dos hidrófobos de direita. Serra, por exemplo, é amplamente associado ao blogueiro-zoológico, e tão rejeitado na política como ele é entre os jornalistas de verdade.
Nisso, e pelo menos nisso, Míriam Leitão está certa: ou o PSDB se afasta dos hidrófobos, e sai da direita vociferante rumo ao centro em que surgiu, ou os hidrófobos acabam com o PSDB.
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MÍDIA - Requião cobra explicações acerca da rede Globo.

Requião cobra explicações sobre dívida, multas e pedido de empréstimo da Globo


Roberto Requião
Roberto Requião
Digna de aplausos a decisão do senador Roberto Requião (PMDB-PR) de encaminhar aos ministério da Fazenda, ao do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e ao Ministério Público pedidos de informação sobre as dívidas tributárias e fiscais da Rede Globo e sobre a investigação relativa ao sumiço do processo em que as Organizações eram investigadas por uma operação tributária irregular.
Fora o fato de que precisa se ressaltar a coragem do senador ao enfrentar a todo-poderosa Organização – infelizmente, uma coragem rara entre seus pares no Congresso Nacional, que em seu temor ao poder da emissora e de seus tentáculos na mídia preferem manter uma postura de cordeiros frente à Globo.
Na última semana o senador encaminhou ao Ministério da Fazenda e ao BNDES pedidos de explicação sobre as dívidas tributárias da Rede Globo. Também encaminhou ao Ministério Público pedido de informação para saber como anda a investigação sobre o sumiço do processo sobre sonegação fiscal pela Globo, que desapareceu misteriosamente na Receita Federal.
Sumiram processo e o DARF para recolhimento do imposto?
O senador oficiou, também, à própria emissora a pergunta se ela já achou o Documento de Arrecadação da Receita Federal (DARF, documento de recolhimento de impostos e tributos) referente ao R$ 1 bi que está devendo na Receita Federal, depois que foi denunciada por operação ilegal nas ilhas Virgens Britânicas.
Do Ministério da Fazenda, o senador Requião quer saber o total das dívidas tributárias das Organizações Globo e o valor das multas aplicadas pelo fisco ao grupo. Ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ele requer informações sobre pedido de empréstimos da Globo ao BNDES.
Em relação ao primeiro assunto, Requião cita reportagem do Portal R7 dando conta que as Organizações Globo forma multadas em R$ 1 bi, a valores de hoje, por causa de uma manobra fiscal proibida. Já quanto aos empréstimos, o senador quer saber se, apesar da elevada dívida para com União, as empresas que compõem as Organizações receberão novos créditos públicos.
Aliás, precisa haver pressão, cobrança e um trabalho em cima da Câmara dos Deputados para que ela vote o projeto de lei do senador Requião sobre o Direito de Resposta, um direito universal que é letra morta para a mídia brasileira, que o desrespeita diariamente. O projeto foi aprovado por unanimidade no Senado, seguiu para a Câmara e lá botaram uma pedra em cima. Não tramita, não é colocado na pauta de votações, ninguém sabe, ninguém viu… Por que será, hein?
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POLÍTICA - Serra versus Aécio.

Serra anda dizendo que Aécio é de direita


Serra e Aécio
Serra e Aécio
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), lançado candidato tucano há quase um ano pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, anuncia – ele e seu staff – o lançamento, na 1ª semana de dezembro, de um documento com as diretrizes da política tucana focado em pelo menos 12 pontos. O projeto é que estas diretrizes virem, depois, o programa econômico do hipotético governo do presidenciável Aécio.
Entre os 12 pontos estão, e usando a linguagem deles, recuperação da credibilidade perdida na área econômica; melhoria do ambiente de investimentos, para aumentar a entrada de recursos privados; e Pacto Federativo, com defesa da volta (?) de uma maior autonomia de Estados e municípios.
Prometem, e ainda para ficar no linguajar tucano, que o programa abordará pontos como a competitividade do Brasil no cenário internacional; infraestrutura deficiente; baixo crescimento econômico em relação aos demais países emergentes; e a manutenção, com responsabilidade, do chamado tripé da política macroeconômica, composto pelo regime de metas de inflação, superávits primários robustos e câmbio flutuante, estabelecido no governo Fernando Henrique Cardoso.
Enquanto não resolverem quem é candidato, não vão a lugar nenhum
Vamos ver. Mas, de antemão, já se pode dizer que Aécio pode fazer o plano que quiser, criticar à vontade o governo, mas enquanto não resolver quem é o candidato, ele ou Serra, não vai a lugar nenhum. Até porque as críticas e a agenda que ele e o PSDB apresentam são as da mídia há meses (resta aí, nesse quesito, saber quem pauta quem)…
Mais do que isso, já foram assumidas pela candidatura da dupla parceira governador Eduardo Campos (PSB – ex-senadora Marina Silva (PSB-Rede). Fora o fato de que eles, tucanos, governaram oito anos e o desempenho nesses pontos foi de pífio a caótico. Em todos. A ponto de eles nem quererem lembrar, muito menos comparar – aliás, de comparação eles fogem como o diabo da cruz…
Na questão da credibilidade internacional, o país quebrou duas vezes; no tripé macroeconômico, a inflação era de 12%, não tínhamos reservas e no primeiro governo FHC (1995-1998) tínhamos o câmbio fixo (que ele manteve para se reeleger e mudou em seguida).
Governos FHC dobraram a dívida interna do Brasil
Isso mesmo, câmbio fixo. E nenhum superávit fiscal. Fora o fato que dobraram a dívida interna do Brasil deixando-nos uma herança maldita que administramos até hoje e que custa ao pais R$ 200 bi de juros ao ano.
Como vemos a vida dos tucanos não será fácil. Sobre a Federação, basta lembrar como os prefeitos que iam a Brasília eram tratados: a cassetete, recebidos pela PM e cachorros… Como se tudo isso não fosse desanimador para ele administrar e empinar sua candidatura, Aécio ainda tem o Serra que anda por ai dizendo que ele (Aécio) é de direita.
Acabou de dizer isso em longa entrevista à Folha de S.Paulo. O jornal perguntou quem, entre ele e Aécio, seria mais de esquerda. Serra respondeu que a trajetória de vida dos dois é muito diferente. Mas ele estaria à direita ou à esquerda do mineiro, insistiu a Folha. “À direita, não estou”, concluiu o paulista. Acreditem se quiser…
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Como se chama quem em meio à guerra defende o inimigo? R: - Folha


O Brasil não está em guerra declarada contra os EUA. Seria até ridículo, ante a disparidade de forças - muito embora o Vietnã tenha mostrado que este é fator importante mas não determinante.

Não estamos em guerra declarada e total contra os EUA, mas estamos numa guerra particular contra eles, sim. Pela espionagem covarde que praticaram contra nós, uma nação amiga.

Documentos revelados por Snowden mostram que os EUA nos espionaram, à nossa Petrobrás e grampearam até o telefone de nossa presidenta.

Dilma repudiou tal atitude em discurso na ONU e tem recebido por isso cada vez mais apoio de outros países, como a França e agora até a Alemanha, também espionadas.

Em meio a esse fogo cruzado, a Folha - aquela que em editorial defendeu que não tivemos uma ditadura no Brasil, mas uma ditabranda -, a Folha vem denunciar suposta espionagem do Brasil a outros países.

Qual o objetivo dessa informação a não ser nos colocar no mesmo patamar dos EUA, a não ser colocar a espionagem agressiva dos EUA na mesma categoria da contraespionagem defensiva de toda nação?

Como se chama isso? Traição, covardia de um jornalismo de quatro para os Estados Unidos.

Se a Folha fosse um jornal editado nos EUA jamais faria isso ou o Patriot Act simplesmente fecharia o jornal.


No entanto, face à reação modesta de nosso governo, que se limitou a uma nota defensiva da Abin, a Folha ainda se jacta da repercussão de sua traição em jornais dos EUA


Madame Flaubert, de Antonio Mello

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CADÊ O RESTO DO DINHEIRO?


 Aonde foram parar os outros R$ 420 milhões do ISS?
Quem me chamou a atenção foi o leitor Vitorio Pasqual Soldano, em carta sob o título "Buraco negro", publicada no Estadão desta segunda-feira:
"O noticiário nos dá a conhecer a fraude na Prefeitura. Mas a conta não fecha. Foram desviados, segundo o Ministério Público, cerca de R$ 500 milhões e apurado patrimônio usurpado pelos diligentes funcionários de apenas R$ 80 milhões. Onde está o restante do roubo, a bagatela de R$ 420 milhões? Haja envolvidos! Quem são? Por favor, façam uso da delação premiada".
Hoje, o prefeito Fernando Haddad, em entrevista à rádio Estadão, disse que espera recuperar pelo menos parte do dinheiro desviado pelos fiscais denunciados, ou seja, os R$ 80 milhões em patrimônio imobiliário e outros bens que estão bloqueados, mas fica faltando o resto.
O leitor tem toda razão ao desconfiar que haja mais gente envolvida nesta história. Afinal, o esquema movimentou tanto dinheiro, e por tanto tempo, que seria impossível não vazar para cima e para baixo na hierarquia municipal.
O próprio prefeito acredita que o buraco negro é muito maior e que haverá mais novidades. Outros 16 processos já foram instaurados pela Controladoria Geral do Município, envolvendo outro tanto de funcionários, e cerca de 15 empresas deverão ser convocadas para explicar o pagamento das propinas e acertar suas contas com a Prefeitura. "Não é porque foi chantageado que está isento de pagar os tributos", explicou Haddad. "Temos que avançar nas investigações, dando às construtoras e incorporadoras a oportunidade de se manter quites com o tesouro municipal".
Em entrevista coletiva, o prefeito afirmou que mais de 200 funcionários de todas as secretarias municipais já passaram por investigação da Corregedoria. Por falta de provas, a maioria dos processos foi arquivada, mas agora poderá sair das gavetas, como aconteceu com o caso dos fiscais do ISS e os processos envolvendo a Alstom.
Haddad também defendeu seu secretário de governo, Antônio Donato, cujo nome aparece numa das gravações, citado pela ex-amante de um dos fiscais, que o acusa de ter recebido dele R$ 200 mil para sua campanha em 2008. "Estão falando as coisas e nós temos que observar, mas com toda a cautela devida. Desde março, eu acompanho o trabalho do Donato e desde então as atitudes dele sugerem o contrário das gravações".
Pois é, só faltava uma ex-amante nesta história, que agora resolveu denunciar o esquema porque o auditor fiscal, que segundo as denúncias ganhava fortunas, só pagava R$ 700 por mês de pensão para os filhos que teve com ela, enquanto gastava R$ 10 mil por noite em hotel e vinhos finos. Com o dinheiro fácil escorrendo por suas mãos, o auditor Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, que já foi solto depois de aceitar a delação premiada, conseguia, ao mesmo tempo, ser pródigo e ávaro. Daria um bom roteiro de novela sobre bipolaridade.
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