Vendeu-se à mídia...


O procurador que apostou na blindagem errada

Por Luis Nassif*
A enrascada em que se meteu o procurador da República Rodrigo De Grandis se deve à sua aposta na blindagem errada: julgou que o PSDB fosse um todo homogêneo e não se deu conta de que a blindagem da mídia beneficiava exclusivamente o grupo ligado ao ex-governador José Serra.
A primeira prova de fogo de De Grandis foi a Operação Satiagraha. Nela, os principais atores - juiz Fausto De Sanctis e delegado Protógenes Queiroz - foram alvos de uma campanha implacável – da mídia, como um todo, reforçada pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.
De Sanctis e Protógenes mostraram estrutura psicológica para resistir ao massacre a que foram submetidos. De Grandis encolheu-se, assustou-se.
Quando a Satiagraha recrudesceu,  seus parceiros apontavam para seu pouco entusiasmo, o desagrado de ser interrompido em alguma festa para tomar alguma medida urgente, a demora em responder a algumas questões, nada que o comprometesse mas que já demonstrava seu desconforto de enfrentar empreitada tão trabalhosa - que, para procuradores mais vocacionados, poderia ser o desafio da vida.
Definitivamente, De Grandis não tinha a estrutura psicológica e a vocação dos que se consagraram no combate ao crime organizado, como os procuradores Vladimir Aras, Raquel Branquinho, Luiz Francisco, Celso Três, Janice Ascari e Ana Lúcia Amaral - firmes e determinados, alguns até o exagero, como várias vezes critiquei.
O convite inacreditável a Mainardi
Na primeira vez que foi alvo de ataques, De Grandis arriou.
Ocorreu quando o colunista de Veja Diogo Mainardi avançou além da prudência e anunciou que entregaria pessoalmente ao juiz da Operação Chacal (na qual Dantas era acusado de grampear adversários e jornalistas) o relatório da Itália sobre as escutas da Telecom Italia. (...)
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(Edição final deste blog)
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Causando com o Dia dos Finados



*** O Purgatório foi criado pela Igreja Católica em 1414.Antes disto as almas ou iam para o Céu, ou para o Inferno. Mas o que fazer com quem, embora contumaz pecador,  contribuía com gordas doações à Igreja? A solução, que não estava na Bíblia, foi criar o  Purgatório. Os sem antecedentes criminais, e de pouca periculosidade em seus pecadilhos ficam lá um tempo, a turma daqui de baixo reza, e Deus libera por intercessão do  Papa. Essa construção cultural não figura em nenhuma Bíblia. Mas a Inquisição e os Bórgia também não. Então fica de boa.
Tortura Inquisicao H DO MUNDO Causando com os Finados
                                                       Inquisição: o Inferno na Terra

*** Pela salvação das almas do Purgatório ( que pelo que ouvi anda pra ser abolido também) é que se criou o Dia de Finados, antes uma festa pagã dos povos  celtas e gauleses,  cooptada pela Igreja Católica, como muitas outras.
                                                                    O Purgatório

*** Nesta data os celtas celebravam cerimonias para salvar as almas dos mortos aprisionados pelo espírito das trevas, Samahin.
                                                             Samahin esperando...

*** O Dia dos Mortos no início (criado em 998 por um abade) era celebrado no dia 01 de novembro instituído nesta época como Dia de Todos os Santos. Aí iam junto com os santos as almas dos mortos. Mas depois, no século XI, separou-se os dias.  Afinal, como pecadores podiam ser celebrados junto com santos?Então  o dia 02 passou a ser o dos mortos e suas mazelas purgatórias e o dia 01 de novembro ficou só para os santos  assim nomeados pelo Papa, até bem pouco tempo autoridade máxima sobre os reis e os povos da Terra.
sisto Causando com os Finados
                                                                           Papa Sisto VI, criador do Purgatório

*** E ainda havia o Limbo, que  foi abolido pelo Papa Bento XVI em 2007, depois de criado por volta do ano 1.107.  No Limbo ficavam as crianças que morreram  pagãs (sem batismo) e os velhos patriarcas judeus que morreram sem conhecer Jesus.
Ficaram lá, 900 anos,  ouvindo choro de bebês e trocando fraldas. Castigo eterno, no entender de babás experientes. Com o fim do Limbo, eles viraram  home less e as criancinhas ...bem as bilhões de almas infantis...sei não...mas acho que dançaram com um simples Decreto Papal.

limbo1 Causando com os Finados


Bento XVI liberou a garotada do Limbo

*** A conclusão que chego é que os religiosos e a Igreja fazem das coisas de Deus como lhes convém. Portanto, cuidado, quem disse que você  está à salvo? kiakiakiá


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ECONOMIA - Chega de comprar em Miami.


Chega de comprar em Miami

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Neste ano, até o mês de setembro, o déficit de transações correntes – diferença entre o que enviamos e recebemos de dinheiro do exterior – alcançou mais de 80 bilhões de dólares. Boa parte do rombo advindo de dois hábitos adquiridos com o aumento da renda da população: um deles, o de andar de automóvel. O outro, o de viajar para fazer compras no exterior.


No primeiro caso, a isenção do IPI preservou empregos. Em 2002, o Brasil produzia um milhão de automóveis, hoje fabrica quase quatro milhões.
Mas o consumo de combustível, nacional e estrangeiro, teve que subir na mesma proporção.
Só de gasolina, as importações aumentaram, em 42 mil vezes, de 2009 para cá. 
O programa Inovar-Auto foi, também, importante. Mas não obrigou as montadoras a oferecer modelos mais econômicos, a não ser em caminhões.
Outras opções teriam sido zerar os impostos, ou até mesmo subsidiar, a produção de etanol, que é pago em reais, e não em dólares. Ou a fabricação de carros elétricos para uso, por exemplo, como veículos de entrega nas grandes cidades. Mas só agora isso começa a ser pensado com relação, primeiro, a veículos híbridos.
A classe média reclama do governo - a crise está em todos os jornais - mas não deixa de comprar carro nem de viajar para fora. O brasileiro é o turista que mais gasta, hoje, nos EUA.
As despesas com turismo no exterior aumentaram 37%, para US$ 2,168 bilhões no mês passado, contra US$ 1,703 bilhão, no mesmo mês de 2012. E já passam de 40 bilhões de dólares nos primeiros nove meses de 2013.
Aí, também, a “culpa” é do governo. Embalado pelo aumento da renda e do emprego e do valor do real, nos últimos anos, o setor turístico, com destaque para a hotelaria – amplamente controlada por estrangeiros - tem metido a mão no bolso do consumidor e enviado gordas remessas de lucro para o exterior.
Só em 2013, as tarifas já aumentaram entre 7 e 10%, e estudos mostram que os preços das diárias dos hotéis em cidades da Copa do Mundo vão ficar até 583% mais caros até a competição.
Apesar disso, todo o lucro e empregos gerados hoje pelos consumidores brasileiros em viagens de compras em outros países e os dólares que eles gastam, poderiam ficar por aqui mesmo, se:
- o brasileiro tivesse a opção de pagar, em reais, os mesmos preços pelos mesmos serviços e produtos que compra lá fora.
- e pudesse ter acesso aqui a hospedagem e atrações semelhantes, sem precisar viajar para o exterior.
Independente da ZF de Manaus, e em parceria com a China – especialista em erguer cidades em questão de meses, e na produção de gadgets de qualquer tipo – Governo e Congresso poderiam estudar a criação de uma Área Especial Restrita, de interesse turístico e comercial.
Com jogo liberado e venda de produtos eletrônicos, e sob controle do BNDES, da CEF e da Embratur, ela poderia ser construída a meio caminho entre o norte e o sul do país, e o público teria acesso a ela com o pagamento de uma pequena taxa por dia.
Com um projeto como esse, seriam gerados milhares de empregos, e os impostos, em vez de ficar na Flórida, ou no Paraguai, viriam para o nosso país.

Faz mais de 50 anos que Brasília foi inaugurada. Já que não dá para evitar que o pessoal viaje, precisamos – só do ponto de vista econômico, é claro – de uma Miami para o Brasil.
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MÍDIA - Leando Fortes é primeiro golaço de Dilma para 2014


sábado, 2 de novembro de 2013

Leando Fortes é primeiro golaço de Dilma para 2014

blogueiros-194
2 de novembro de 2013 | 10:06
Enquanto Veja e Serra brincam de fazer fofoca, Marina ajusta seu marketing ao do Itaú, e Campos passa o trator em cima do que resta de esquerda pró-Lula em seu partido, Dilma inicia seus preparativos para 2014 com a contratação de um dos maiores jornalistas do país: Leandro Fortes.
Sim, ele mesmo. Fortes será um dos coordenadores da comunicação da campanha da presidenta em 2014, segundo informação veiculada há pouco pelo Brasil 247.
Esse golaço provavelmente tem o dedo de Franklin Martins, outra figura cujo peso tem ganhado relevância junto ao staff político da presidenta, e que também já foi anunciado como integrante do núcleo de comunicação da campanha.
É uma notícia promissora, que traz enorme alívio à militância, porque promete uma campanha inteligente, focada mais no debate e na informação, e menos em marketing.
Sempre é bom lembrar que o marketing consegue fazer um candidato ganhar eleições. Mas a vitória política propriamente dita pertence à militância e ao staff político e jornalístico da campanha. Tem candidato que ganha eleição sem ganhar politicamente. Tem candidato que ganha politicamente mas perde a eleição. E tem quem ganhe nos dois: na eleição e na política.
Fortes é um lorde do jornalismo. Tem classe, talento e ideologia, qualidades que raramente se encontram reunidas numa só pessoa. Além de ser um entusiasta da blogosfera e do papel das redes sociais.
A direita não precisa se preocupar com equipe de comunicação, visto que a grande mídia em peso trabalha para ela. E nem vou falar que trabalha de graça, porque não é o caso. As perspectivas de retorno são gigantescas.
Um jornalista vai trabalhar numa campanha para ganhar um salário, além do prazer de participar do mais importante embate político de uma democracia.
Uma empresa de mídia se engaja em prol de um partido em troca de muito mais que isso.
Com dívidas tributárias remontando aos bilhões, a Globo sabe muito bem o que pode ganhar ou perder com as eleições de 2014. E os acontecimentos na Argentina a deixaram ainda mais nervosa.
*
Aproveito e publico abaixo o belíssimo texto de despedida de Leandro Fortes de seu emprego na Carta Capital.
Despedida doída
Eu devo a CartaCapital a oportunidade de ter voltado a amar o jornalismo. Espero ter retribuído à altura
por Leandro Fortes — publicado 01/11/2013 12:07, última modificação 01/11/2013 12:50
No site da Carta Capital

Em outubro de 2005, eu havia desistido do jornalismo.
A fúria com que a mídia havia se debruçado sobre o escândalo do “mensalão” havia, na época, iniciado uma onda de vandalismo editorial que transformara o trabalho das redações de Brasília em gincanas de uma só tarefa: derrubar o governo Lula.
Transformados em soldados de uma estrutura paralisante de pensamento único, os repórteres de Brasília passaram a gravitar em volta desse objetivo traçado pelo baronato da mídia sem maiores preocupações críticas. De repente, a ordem era adaptar todas as teses progressistas e de esquerda vinculadas ao governo do PT ao esgoto do “maior escândalo de corrupção da história do Brasil” e, a partir de então, iniciar a caçada a Lula e seu mandato presidencial. Fracassaram, mas não pararam de se multiplicar.
Assim, meia dúzia de famílias que monopolizava (e ainda monopoliza) o negócio da comunicação no País se uniu, como em 1964, para derrubar um presidente eleito pelo voto popular por meio do mesmíssimo discurso udenista de combate à corrupção agregado, a partir de uma adaptação tosca e deliberadamente manipulada, a conceitos difusos de liberdade de imprensa e liberdade de expressão – uma armadilha retórica que perdura até hoje, cujo o objetivo continua sendo o mesmo, o de não discutir seriamente nem uma coisa nem outra.
Eu havia largado empregos promissores da chamada “grande imprensa” para me dedicar a dar aulas de jornalismo em uma faculdade de Brasília. Pretendia, como acabei fazendo pouco tempo depois, criar um fórum próprio de discussão e formação em jornalismo desvinculado da crescente ideologização de direita, conservadora e medíocre da mídia nacional. Assim nasceu a Escola Livre de Jornalismo, uma arena de ideias, seminários, palestras e oficinas para estudantes e jovens jornalistas em busca de contrapontos ao mau cheiro da mídia tradicional. Dediquei-me, ainda, a escrever livros e fazer palestras Brasil afora.
A CartaCapital entrou na minha vida, em 2005, pelas mãos da mesma pessoa que me fez vir para Brasília, em 1990, Cynara Menezes – minha amiga e contemporânea dos tempos da UFBA, minha irmã querida, jornalista brilhante, desde sempre.
Eu não sabia, mas ao ser indicado por Cynara para assumir o cargo de correspondente da Carta em Brasília, eu teria a chance de viver a mais importante, relevante e satisfatória experiência da minha carreira de jornalista desde que, numa tarde de maio de 1986, eu botei os pés na redação da Tribuna da Bahia, como estagiário não-remunerado, em um velho prédio coberto de fuligem do bairro da Sete Portas, nas entranhas da velha Salvador.
A experiência na Carta traz o traço marcante da convivência com o idealizador e a alma da revista, Mino Carta, de longe o mais importante e referencial jornalista ainda em atividade no Brasil. Eu, que já havia trabalhador para as famílias Mesquita, Sirotsky, Marinho e Nascimento Brito, não sabia o que era ter como patrão um jornalista de verdade. Fosse apenas isso, ter a oportunidade de trabalhar e conviver com um profissional da qualidade – e com a sabedoria – de Mino, a experiência na CartaCapital já teria sido um presente. Mas foi mais do que isso.
Nesses oito anos de CartaCapital, moldei meu espírito de repórter no combate permanente às injustiças sociais, ao moralismo seletivo e ao mau jornalismo vendido à sociedade como suprassumo do pensamento liberal, mas que é somente subproduto risível de certa escola de reportagem a serviço do que há de pior e mais reacionário no pensamento das autodenominadas elites nacionais.
Desde a minha trincheira, na capital federal, parti para percorrer o País a fim de ouvir quem nunca tinha sido ouvido e dar voz a quem nunca pode falar.
Fui, com muito orgulho, o repórter dos invisíveis.
Agora, de partida para outras plagas profissionais, gostaria de compartilhar com todos vocês, queridos amigos, colegas e leitores, esse meu sentimento contraditório, tão típico dos que se despendem sem a certeza de que querem mesmo ir embora.
Eu devo a CartaCapital a oportunidade de ter voltado a amar o jornalismo, com todas as dificuldades e sacrifícios que esse ofício tão especial nos coloca no caminho, todo dia.
Hoje, no meu último dia de trabalho na Carta, olho para trás e espero, sinceramente, ter retribuído à altura.
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ECONOMIA - As contas do governo: o que querem os porta-vozes da especulação?



O novo passo do “teatro da oposição” em torno do governo Dilma Rousseff foi registrado, nesta sexta-feira (1º) nas páginas dos jornalões conservadores que ecoam os interesses da especulação financeira. 

Aquela expressão foi usada pelo presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, para qualificar a pregação da oposição que tenta impingir a Dilma Rousseff o rótulo de perdulária e gastadora, responsável pelo descontrole econômico do governo. Pregação cujo objetivo é forçar o governo a dar marcha ré nos investimentos públicos e avanços sociais, voltando à falida receita neoliberal de Fernando Henrique Cardoso e do Fundo Monetário Internacional. Querem, disse Renato Rabelo, o que chamam de "choque fiscal" - isto é, juros mais altos, câmbio sobrevalorizado, para facilitar as importações e prejudicar a indústria brasileira, e arrocho salarial.

O pretexto da gritaria estampada nos jornalões foi o anúncio, nesta quinta-feira (31), pelo Banco Central, do desempenho das contas públicas em setembro, com um déficit primário de 9,05 bilhões de reais. A crítica foi feroz, embora nos nove meses do ano (de janeiro a setembro), o resultado tenha sido positivo, mas abaixo do que esses analistas esperavam. O governo economizou 45 bilhões de reais (abaixo dos 76 bilhões alcançados em igual período de 2012). O resultado atual significa 1,58% do Produto Interno Bruto, abaixo dos 2,3% previstos.

Daí o escândalo dos porta-vozes da especulação financeira. Eles acusam os gastos sociais do governo - principalmente da Previdência Social - pelo resultado que consideram ruim. Pelos seus cálculos, em setembro, o déficit da Previdência Social foi de 11,8 bilhões de reais, e colocam nessa conta o pagamento (que era previsto!) da segunda parcela do 13º salário aos aposentados e pensionistas do INSS. Além disso, argumentam que os gastos com custeio do governo (que incluem despesas com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros e obras de conservação e adaptação de bens imóveis) bateram, em setembro, na quantia de 15,5 bilhões. Mas espertamente, “esquecem” o avanço nos juros ocorrido neste ano, quando o Banco Central passou a taxa Selic dos 7,25% de abril para os atuais 9,5%, elevando absurdamente os gastos com juros. A dívida pública é de 1,9 trilhões de reais (cerca de 35% do PIB). Em abril, com os juros a 7,25%, seu custo anual era de 116 bilhões de reais; hoje, esse custo pulou para 152 bilhões, e estes 36 bilhões a mais se devem apenas à canetada do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central que recolocou a taxa de juros na estratosfera! 

O “teatro da oposição” esconde, por trás da tecnicalidade do discurso dos porta-vozes da especulação financeira, a disputa pelos recursos públicos. Dizem que é “ciência” aquilo que, na verdade, é política - que, muito corretamente, os clássicos chamavam de “economia política”. O biombo do “rigor fiscal” clamado pelos conservadores disfarça o interesse muito claro e definido de saciar a voracidade da especulação. À custa, como sempre, das despesas feitas pelo governo para melhorar o bem estar e a qualidade de vida dos brasileiros, e assegurar bons serviços públicos, seja aumentando o número dos funcionários do governo, seja remunerando-os melhor. Sem deixar de levar em conta o fomento ao desenvolvimento representado pelos investimentos públicos. 

Esta é a política que os rentistas e seus porta-vozes apelidam de “gastança”. A alternativa que defendem é tenebrosa: prioridade para o pagamento dos juros exigidos, um gasto estéril que representa um obstáculo para os investimentos produtivos. Por um lado, encarece os investimentos ao aumentar o custo do dinheiro; por outro, torna o mercado interno menor ao baixar salários e aumentar o desemprego. 

O receituário da oposição conservadora, diz com razão Renato Rabelo, que propõe esta chamada "estabilidade", se converte em um duro custo social ao país, voltando a uma experiência cujos desastres são já conhecidos. "Está errado e contra o povo quem defende a volta ao passado. E mais, está contra o Brasil quem defende o tripé neoliberal aplicado na década de 1990. O resultado dessa política nós brasileiros sentimos na pele. Olhamos para o futuro e nossa luta agora é avançar nesse processo de mudanças."
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