PROPINODUTO TUCANO - Representação contra De Grandis.

Petistas representam contra procurador que não investigou tucanos

Rodrigo De Grandis é suspeito de engavetar um pedido de investigação do MP da Suíça sobre o possível envolvimento de autoridades de SP no caso da Alstom.


Najla Passos
Conversa Afiada
Brasília – Na próxima segunda (4), deputados do PT vão representar contra o procurador Rodrigo De Grandis no Conselho Nacional do Ministério Público. O motivo: De Grandis é suspeito de engavetar um pedido de investigação do Ministério Público (MP) da Suíça sobre o possível envolvimento de autoridades do governo tucano de São Paulo em um esquema internacional de corrupção, com o objetivo de favorecer a empresa suíça Alstom nas licitações para obras e serviços no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
 
Em 2012, o MP suíço, que já investigava o escândalo da Alstom, pediu à cooperação do MP brasileiro para apurar as movimentações financeiras dos consultores Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos, suspeitos de intermediar as propinas, e do ex-diretor da CPTM, João Roberto Zaniboni, suspeito de ter embolsado US$ 836 mil (ou R$1,84 milhão, na cotação atual) da Alstom.
 
O documento caiu nas mãos do procurador De Grandis, responsável pelas investigações no Brasil, que jamais lhe deu qualquer encaminhamento. O fato só veio à tona na semana passada, quando o MP suíço anunciou o arquivamento da investigação devido à falta de cooperação do MP Brasileiro. De Grandis alegou que o problema foi meramente administrativo.
 
Para os petistas, porém, o fato precisa ser melhor esclarecido, já que a omissão do procurador paulista desrespeitou a missão institucional do MP, impossibilitou o avanço na apuração de crimes de corrupção e permitiu a impunidade dos envolvidos.
 
“Pelo que apontam os noticiários e as evidências, De Grandis descumpriu os princípios constitucionais e deveres funcionais ao deixar de encaminhar investigação sobre práticas de corrupção de agentes públicos ligados ao governo de São Paulo”, afirmou o deputado Renato Simões (PT-SP), que assina a representação junto com o líder da bancada do PT na Câmara, José Guimarães (CE), e os deputados Ricardo Berzoini (PT-SP) e Edson Santos (PT-RJ).
 
No documento, eles solicitam ao CNMP que “apure se de fato aconteceu às violações aos preceitos legais e funcionais que os indícios já apurados apontam” e, “sendo verdadeiros os fatos, que promova a devida aplicação de penalidade, de forma a fazer com que seja responsabilizado o responsável pela omissão na investigação e apuração dos crimes de corrupção perpetrados pelos agentes do Governo de São Paulo”.
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POLÍTICA INTERNACIONAL - Obama e Hollande em queda.

 

Obama e Hollande atingem mínimos históricos de aprovação


Em meio à insatisfação profunda e generalizada frente ao sistema político estadunidense, a aprovação do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, atingiu um novo mínimo histórico, de acordo com uma pesquisa feita pelo jornal The Wall Street e a cadeia televisiva NBC News. Do outro lado do Atlântico, o presidente François Hollande, da França, também perdeu popularidade, segundo uma pesquisa publicada pelo jornal Le Monde, nesta quinta-feira (31/10).


AP
Ganhador de Prêmio Nobel sugere retirar a láurea de Barack Obama
Obama atinge níveis históricos de desaprovação.
Obama perdeu 5% de aprovação no mês de outubro, de acordo com a pesquisa, e chegou a 42% de aprovação, a pior cifra desde que assumiu o poder, em 2009. Já o otimismo relativo ao governo ficou em 30%, o menor em 40 anos.

Mais de 50% dos entrevistados valoraram negativamente a gestão do presidente democrata, e a queda da popularidade é atribuída a uma série de contratempos enfrentados recentemente.

Entre os principais estão a ameaça impulsiva e agressiva de intervenção militar na Síria, cuja iminência, por vários dias, se opunha às tentativas de negociação política e dos empenhos diplomáticos de países como a Rússia, diretamente, e de outros líderes mundiais.

Além disso, o encerramento das atividades do Executivo estadunidense, devido a uma disputa política entre democratas e republicanos, também teve impacto sobre a administração Obama. As negociações sobre o teto da dívida pública do país (já em exorbitantes 16,7 trilhões de dólares, atingidos diversas vezes neste ano) e o combate contra a reforma da saúde elaborada por Obama eram os pontos mais altos da agenda republicana, que travou o governo, segundo analistas nacionais, para fazer a chantagem.

A acusação global contra o programa de espionagem também é outro fator com grande impacto na queda de popularidade do governo. Membros da Organização das Nações Unidas, e mais especificamente, até da União Europeia, sua aliada, rechaçaram contundentemente a atividade e colocaram os Estados Unidos em uma posição complicada. Obama teve que afirmar, de forma arrogante, a sua política imperialista, expondo a percepção retrógrada que seu governo ainda tem sobre o mundo.

Desaprovação francesa
A pesquisa do instituto TNS Sofres, publicada pelo Le Figaro Magazine, revelou que só 21% dos franceses demonstra confiança em François Hollande, o que além de ser um nível baixo, representa uma queda de dois pontos percentuais desde a pesquisa anterior, realizada em setembro.

Entre a esquerda, 48% dos entrevistados demonstrou descontentamento com o presidente francês, principalmente quando o seu uso político desta bandeira se demonstra cada vez mais demagógico. Hollande entregou o país às pressões dos credores pelas “medidas de austeridade” disseminadas pela Europa, traduzidas em cortes sociais e arroxo salarial, entre outras perdas graves para os trabalhadores.

O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault também teve a mesma tendência: perdeu dois pontos percentuais e ficou com 22% de aprovação. 

Esses resultados fizeram com que Hollande se classifique como presidente mais impopular da Quinta República francesa, inaugurada em 1958.

A queda do apoio ao mandatário está diretamente relacionada com a crise econômica aguda pela qual passa o país, o aumento exponencial do número de desempregados e dos impostos e as medidas de austeridade, que alegadamente visam reduzir o déficit do orçamento.

Com agências,
Da redação do Vermelho
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ECONOMIA - Lula será “garoto-propaganda” do fórum mundial em 2015




O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será um dos principais divulgadores do Terceiro Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, que será realizado em Turim, na Itália, em 2015. O compromisso foi assumido por Lula em conversa informal nesta sexta-feira (1º), em Foz do Iguaçu (PR), pouco antes do encerramento da segunda edição do fórum, numa reunião reservada com os representantes das principais instituições envolvidas na organização do evento. 


Lula disse que faz questão de ser garoto-propaganda de “uma iniciativa tão importante como essa”, referindo-se ao conceito do fórum, que tem como premissa o desenvolvimento territorial baseado na organização, cooperação e arranjos produtivos locais. Lula foi o convidado de honra da plenária de encerramento da segunda edição do fórum.

O ex-presidente recebeu diversas autoridades para saber detalhes e resultados concretos sobre o fórum em Foz do Iguaçu, entre elas os dois diretores gerais de Itaipu, o brasileiro Jorge Samek e o paraguaio James Spalding. Logo na chegada, Lula foi ovacionado pela população. Centenas de pessoas se aglomeravam nos salões do evento para recebê-lo. O ex-presidente posou para de fotos e conversou rapidamente com alguns profissionais da imprensa.

Samek e Herlon Goelzer de Almeida, um dos organizadores locais do fórum em Foz do Iguaçu, explicaram para o ex-presidente que o fórum é um processo de trabalho que visa avançar o diálogo global sobre desenvolvimento econômico local, com base da participação e partilha de experiências e pontos de vista de uma grande variedade de atores. 

Segundo Samek, o fórum contribui para criação de parcerias e articulações para uma maior incidência na agenda global e, em particular, para enfrentar os desafios pós-2015 da agenda de desenvolvimento. Lula ficou impressionado com os números do fórum e o poder de articulação dos envolvidos para atrair tanta gente.

Organizada pela Itaipu Binacional em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu, Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo Andaluz de Municípios para a Solidariedade Internacional (Farsi), a segunda edição do fórum teve o apoio de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) e a Associação Mundial de Regiões.

O fórum, realizado pela primeira vez no Brasil, recebeu o público recorde de 4.267 pessoas procedentes de 68 países de todas as regiões do mundo. Foi o maior evento internacional já promovido pela Itaipu. Na primeira edição, em Sevilha, na Espanha, a organização registrou a participação de pouco mais de 1,2 mil pessoas.

Participaram da edição brasileira representantes dos governos locais, regionais e nacionais, organismos multilaterais, universidades, instituições de cooperação internacional, assim como múltiplas redes, entidades sociais empresariais e especialistas vinculados a dinâmicas territoriais de desenvolvimento econômico local.

Da Redação em Brasília
Com informações da Itaipu Binacional 


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Problema de Roberto Carlos com biografias não está na perna, mas no rabo, mora? São 'Traumas' do 'Careta'




O acidente que lhe teria decepado parte da perna não é a causa da proibição por Roberto Carlos de qualquer um que queira fazer sua biografia. Esse é o segredo mais conhecido do Brasil. O problema de Roberto Carlos é outro: as inúmeras acusações de plágio na Justiça.

Uma delas recebeu decisão definitiva, sem possibilidade de apelação: foi impetrada pelo compositor Sebastião Braga, que provou na Justiça que a composição O Careta, assinada pela dupla Roberto-Erasmo era plágio de uma canção de sua autoria.

Sebastião Braga não é o único. Uma consulta ao Google juntando Roberto Carlos e plágio apresenta mais de 100 mil resultados. Há o caso da professora de ensino municipal Erli Cabral Ribeiro Antunes, que afirma que a canção de Roberto Carlos "Traumas" é plágio da sua “Aquele amor tão grande”. Ela contratou o advogado Nehemias Gueiros para defendê-la e afirma que Traumas copiou 16 compassos e 64 notas de sua composição.

Numa entrevista, o advogado deu detalhes da estratégia de defesa de Roberto Carlos [grifo meu]:

Nehemias Gueiros Jr: Se considerarmos que o primeiro processo de plágio contra Roberto Carlos levou 11 anos para ser concluído podemos contar com um tempo razoável de andamento da ação. Entretanto, já fomos procurados pelos advogados do Rei, que ofereceram um acordo de apenas R$ 150.000,00 para a desistência da ação, imediatamente rejeitada por minha cliente. Devemos estar citando Roberto e Erasmo nos próximos 30 dias. [Fonte]
Sebastião Braga também falou desse tipo de negociação de Roberto Carlos, numa reportagem da IstoÉ:

“Ele [Roberto Carlos] colocava a mão no peito, dizia que era cristão e não havia plagiado minha música”, conta Sebastião. Roberto, segundo o advogado e compositor, chegou a sugerir uma indenização num valor bem menor, de R$ 300 mil. “Esta proposta foi absurda. Só a multa do processo foi calculada em R$ 380 mil”, diz ele.

Para seu azar, Sebastião Braga parece ter ficado muito empolgado com a vitória na Justiça, que poderia lhe render algo em torno de R$ 5 milhões. Disse que pretendia lançar um livro contando tudo o que ficou sabendo sobre plágios de Roberto Carlos durante seu processo e, numa entrevista, deu até o título do futuro livro: “O rei do plágio: detalhes e emoções da queda de um mito”.

Roberto Carlos entrou com ação contra ele. E ganhou. No frigir dos ovos, uma ação contra outra, Roberto Carlos pagou apenas R$ 200 mil a Braga pelo plágio. Mas, na real confissão e aceitação do plágio cometido, retirou a música "O careta" de seus discos e ela não é citada nem em sua página.

Sebastião Braga morreu quatro meses após esse acordo.

Para aguçar a curiosidade de você que me lê, publico o vídeo a  seguir. Dê uma conferida, a partir dos 38" e pense se a música lhe faz lembrar alguma outra... coincidentemente de Roberto Carlos.





Madame Flaubert, de Antonio Mello

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Danilo Gentili e a doadora de leite: estupidez não é a mesma coisa que politicamente incorreto

 Diário do Centro do Mundo


by Kiko Nogueira

“Em termos de doação de leite, ela já tá quase alcançando o Kid Bengala”.
Era uma piada?
A Bandeirantes foi condenada a pagar 5 mil reais diários de multa porque Danilo Gentili dedicou alguns bons minutos de seu programa à pernambucana Michele Rafaela Maximino, que doou mais de 300 litros de leite para hospitais de Pernambuco. Ela tenta entrar para o Guinness.
"A justiça está sendo feita, pelo menos. Ele falou essas barbaridades e eu estava fazendo um incentivo às mães a doarem leite”, disse Michele. "Eu passava na rua e o povo falava : ‘Olha a vaca de Danilo Gentili'!’. Fiquei várias noites sem dormir. Um peito secou”.
Defensores de Gentili se queixaram da sentença. Censura! Censura onde, se ele não foi proibido de falar? Exerceu sua liberdade de expressão e Michele, que se sentiu ofendida, foi à Justiça, o que é direito dela. Ganhou.
Como muita coisa no Brasil, o humor está alguns anos atrasado. Hoje há mais comediantes de stand up do que gente. Gentili faz um humor agressivo e ofensivo. É tido como um humorista politicamente incorreto. Não é. O politicamente incorreto, em sua boa forma, expõe e destrói preconceitos. Gentili faz o contrário.
Gente como Andrew Dice Clay, George Carlin, Lenny Bruce, entre outros, são expoentes dessa escola. Eddie Murphy também. Carlin e Bruce morreram, Clay e Murphy sumiram. Murphy tirava sarro de negros, como Chris Rock. Uma diferença é que eles são negros. A outra é que eles são engraçados e inteligentes. Rock fez um excelente documentário chamado “Cabelo Ruim”.
O que a turma de Gentili faz é outra coisa. Não é humor. É só covardia. É a transposição para a TV do valentão que fica no fundo da classe xingando a gorda, o quatro-olho, o macaco, o aleijado, o judeu, o retardado etc. Todos os grandes incomodavam o poder. Bruce criticava a Justiça americana.  Algum poderoso foi ridicularizado por Gentili? Claro que não. Rafinha Bastos mexeu com a mulher de um empresário que era amigo de Ronaldo Fenômeno. Em dois dias estava fora da Bandeirantes.
A melhor comédia que se faz hoje já transcendeu isso. Jerry Seinfeld criou a sitcom definitiva falando sobre o nada. Sim, tinha piada de bicha ("não que tenha nada de errado com isso", diria George Costanza). Larry David, co-autor da série, é a estrela de “Curb Your Enthusiasm”, em que não perdoa o judaísmo -- o judaísmo DELE. ELE é o trapalhão, ELE é o grosso.
Ricky Gervais, inventor de “The Office”, estreou um seriado na Netflix em que interpreta um deficiente mental. É terno -- e divertido. Louis CK lota teatros tirando sarro de suas duas filhas pequenas. Num de seus esquetes, imagina Deus voltando à Terra e dando uma bronca: “Que porra vocês fizeram? Até os ursos polares? Quem vazou óleo? Eu dei tudo o que vocês queriam e vocês fazem isso?” Russell Brand detonou a Hugo Boss num evento em que era um dos premiados.
Eles falam palavrões e são contundentes. Nenhum deles é vendedor de incenso. São agressivos e polêmicos. Abordam assuntos quentes. Não faz diferença se são de esquerda ou de direita. Tem de ser engraçado. E eles sabem que voltar suas baterias contra uma moça que doa leite não é provocação esperta, não é comédia. É apenas o triunfo da estupidez. Agora, nessa área, pelo menos, nenhum deles bate Danilo Gentili.
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