POLÍTICA - Como a militância digital do PT perderá votos em 2014.


Maria Frô: Como a militância digital do PT perderá votos em 2014



Criticou? É inimiga
A cultura do bate-boca e da desqualificação nas redes

por Maria Frô, em seu blog
Mantive o título da Hilde (no texto que reproduzo ao final do meu post), mas não acho que a imensa maioria que defendeu o leilão é falacioso conscientemente.
Vejo que o amor incondicional ao governo Dilma de parte de uma militância nas redes está impedindo a crítica, mas há mais problemas além de a imensa maioria entrar neste debate com o espírito de final FlaXFlu é não entender que a questão é política e não apenas técnica. O governo Dilma fez uma opção desenvolvimentista e não se acanha em fazer uso da lógica do mercado. Nacionalistas como Hilde, Comparato, Ildo, ou petistas como Gabrielli não querem derrubar Dilma, destruir o legado de Lula, mas se opõem à lógica de mercado, porque têm um projeto nacionalista e à esquerda.
Os petistas militantes da rede que se deram o trabalho de ler sobre a questão usam como argumentos a questão ambiental: Marcos Urupá fez uma síntese que  Luiz Müller, ao debater comigo também argumentou:
“Tendo a crer que a realização do leilão de Libra agora pode ter dois motivos:
1- Por conta da gradativa evolução do uso de outras fontes de energias mais limpas, que envolvem tecnologias inovadoras, o pré-sal poderia deixar de ser “bilhete premiado” dentro de algum tempo, e ai o Brasil perderia espaço na correlação de forças mundial sobre as reservas de petróleo;
2 – A Petrobras sozinha não teria condições de realizar esta exploração do petróleo do pré-sal, o que significa uma clara evidência de que não fizemos os investimentos adequados na nossa maior empresa.”
Em relação ao ponto 1 eu sinceramente acho que em 30 anos a energia suja continuará a todo vapor, o capital está se lixando para o meio ambiente. E em relação ao ponto 2, os petroleiros, Gabrielli, Ildo, Fernando Siqueira argumentam que teriam sim como conseguir recursos e argumentam com muita propriedade, primeiro porque tecnicamente é a Petrobras que domina a tecnologia de extração em campos profundos, segundo que BNDES não deve servir apenas para socorrer Eikes e Diniz e Teles e mídia velha, isso só pensando no capital brasileiro, por que qual mercado financeiro recusaria capital farto para quem detém o maior campo de petróleo de primeira linha do mundo?
Mas enfim, o que é inconcebível a meu ver entre os militantes governistas é o modo que tratam os petroleiros e todos no campo da esquerda que se opuseram ao leilão de Libra. Gustavo Gindre fez uma boa síntese do absurdo que foi este debate desqualificador travado nas redes:
Continuo achando que nada a priori pode garantir que Ildo Sauer, Guilherme Estrella, Luiz Pinguelli Rosa e Sérgio Gabrielli estão corretos em sua crítica ao leilão.
Mas, acho que algumas coisas devem ser ponderadas.
Exceto Gabrielli, todos eles são referências internacionais no debate sobre energia. Suas opiniões são tecnicamente respeitáveis.
Todos estão propondo um debate que vai além da questão meramente técnica. Todos defendem uma estratégia geopolítica para o petróleo brasileiro. Não se trata, portanto, de “apenas técnicos” como já li em algum lugar. Há aí um ponto de vista político.
Todos têm profunda relação com o PT. Um deles ainda hoje é filiado ao partido e exerce cargo de secretário estadual no governo da Bahia. Dois eram, até pouco tempo, as principais referências do PT para o debate energético. Não são, portanto, nem a “esquerdalha maluca” nem a “direita golpista”. São pessoas que sempre se viram muito próximas da militância petista.
Eu acho que essas questões somadas deveriam, pelo menos, servir de convite aos petistas para debater o mérito e não entrar nessa onda de desqualificação a priori.
E quando se fala em desqualificação não é pouca coisa. Ao menos no campo da esquerda nunca havia visto (nem contra os inimigos de classe) o baixo nível dos ataques dos governistas acríticos: os petroleiros foram chamados de blackbostas, oportunistas, corporativistas. A categoria operária organizada mais nacionalista que conheço foi chamada de entreguista! As pessoas que tentavam argumentar contra o leilão se fossem mulheres (não importa que tivessem 65 anos) foram tratadas de ‘vagabundas‘.
Não vou printar as barbáries que li que é pra não acirrar ainda mais os requintes de barbárie que transformaram um debate saudável no próprio campo da esquerda num rol de baixarias.
A criminalização de todos que se questionam alguma medida do governo Dilma, mesmo os do campo da esquerda.
Tenho um irmão petroleiro que virou petista me seguindo ainda moleque nas reuniões e nas bocas de urna reais onde carregávamos bandeira e conversávamos com as pessoas mostrando o quanto o PT era diferente dos demais partidos, mesmo sabendo que sem recursos, pequeno e sem alianças  nosso candidato nunca teria voto, mas acreditávamos que convenceríamos e chorávamos a cada derrota.
Meu irmão petroleiro está na Petrobras desde a escola técnica, seu único emprego de toda uma vida. É petista roxo, nunca pôs em questão as decisões tomadas pelos governos Lula ou Dilma. É dos que ocuparam a Petrobras em 1995 quase sem barba na cara.
Eu vi como em Cubatão a organização dos petroleiros na liderança de toda uma cidade não só impediu que o prefeito vendesse um terreno de preservação ambiental para dar lugar a um pátio de containers como nesta luta pela saúde, pelo meio ambiente e pela qualidade do bairro cujo processo rendeu quatro meses ininterruptos de ocupação (curioso, a moçada acha que a tática de ocupação nasceu em junho, esquecendo que movimentos sociais e sindical fazem isso há pelo menos 3 séculos) não apenas resultou na vitória dos moradores do Casqueiro contra a tentativa do prefeito como desta luta saiu e se fortaleceu a candidatura da prefeita petista eleita em 2008 e reeleita em 2012.
Não passou pela cabeça dos detratores pró-leilão que exatamente porque boa parte dos cutistas, fupistas são petistas para eles a decisão de se opor e se mobilizar, entrando inclusive em greve contra o leilão do Campo de Libra foi uma decisão ainda mais difícil?
Não é fácil sendo de esquerda e tendo lutado para eleger Dilma conviver com um governo que não dialoga com os movimentos sociais e com todas as categorias sindicalizadas que igualmente lutaram bravamente para eleger este governo.
Ao recusar a prática do diálogo a presidenta Dilma está caminhando num terreno muito arriscado. Seu governo já afastou professores universitários das federais porque se recusou a debater com a categoria e olhem que só o blog Maria Frô  publicou umas 50 cartas de professores, reitores etc. em apoio à Dilma durante a campanha de 2010.
Em minha avaliação foi um erro político imenso a decisão de fazer o leilão sem antes debater, explicar os pontos do governo, esgotar esta discussão e para piorar fazê-lo num hotel de luxo, na cidade que hoje é o epicentro das revoltas contra um governo truculento do qual o PT é ainda infelizmente aliado e causa inúmeros desconfortos aos petistas que têm compromisso com os movimentos sociais e com bandeiras históricas do PT.
Para completar o governo por meio do Ministério da Justiça mobilizou mais de mil homens da Força Nacional para reprimir o direito legítimo de se manifestarem dos que eram contrários ao leilão.
As cenas que vi ontem via os celulares dos midialivristas ou pela mídia institucional foram deprimentes: a Força Nacional contra 20 gatos pingados na rua. A Força Nacional contra bandeiras vermelhas da FUP, da CUT. A Força Nacional reprimindo uma categoria que tem uma importância histórica na defesa do patrimônio nacional e no enfrentamento da sanha privatizadora da era FHC como poucas vezes se viu.
Quem tem um mínimo de memória sabe que foram os petroleiros que  chegaram a ocupar as refinarias por mais de 30 dias no segundo ano de governo do primeiro mandato de FHC. Em 1995 eles foram criminalizados, ameaçados com exército na porta, todos os dias manchetes criminosas contra eles, mas eles resistiram e a Petrobras foi salva das mãos privatistas tucanas.
Daí ver militantes governistas acríticos tratar Jose Sergio Gabrielli de Azevedo como um ressentido fracassado é de uma crueldade absurda, mas tratar petroleiros como inimigos é de uma inabilidade política sem precedentes. Eles entraram em greve contra o leilão porque defendem que com a tecnologia e a capacidade da Petrobras conseguir recursos, poderíamos ter 100% do pré sal e não 40% como passou a ter pós-leilão.
Eles sabem que a Petrobras é a única empresa do mundo a ter a tecnologia de extração do pré-sal. Na partilha vai haver transferência de tecnologia? Chineses vão chegar com seus trabalhadores (o governo chinês trabalha assim) os milhões de empregos em 35 anos serão também de uma nação que tem quase 1,5 bilhão de habitantes e vem ocupando o continente africano nestes moldes. Qual será o próximo passo, a xenofobia?
E os petroleiros foram colocados na categoria dos ‘blackbostas’
Não se trata uma categoria com a trajetória de luta à esquerda e nacionalista dos petroleiros como bandidos, ‘blackbostas’, ‘oportunistas’, ‘que só sabe defender seus interesses corporativos’ e outros absurdos que li. O Partido dos Trabalhadores foi forjado na luta destes companheiros, o inimigo de classe certamente não é a categoria dos petroleiros.
Assim tratá-los como inimigo botando a Força Nacional pra baixar o cacete neles não me parece só crueldade é de uma inabilidade politica que achava fosse restrita apenas a sujeitos feito Cabral.
Tenho discutido sobre como se criminaliza as manifestações que ocorrem no Brasil a partir de junho. De todos a tática black bloc é a que mais causa repulsa neste grupo à esquerda que não aceita nenhuma espécie de questionamento ao governo sem tratar os críticos como tucanos ou ultraesquerdistas (que para os governistas acríticos são sinônimos).
Esses rapazes e gurias que botam máscaras não podem ser tratados como um bloco único. Aliás, para ir em manifestação desde pelo menos 2009 aqui em São Paulo pelo menos a imprensa institucional usa máscaras (e não só as ideológicas), descrevi isso quando tomei banho de spray de pimenta na frente da prefeitura na época das enchentes em que o Jardim Romano ficou 2 meses submerso.
Foi a primeira coisa que me chamou a atenção: por que fotógrafos e repórteres da Folha e afins com identificação estavam com máscaras. Só depois de quase ter morrido intoxicada é que entendi.
Mas, para quem não sai às ruas e fabrica sua visão de mundo por meio do PIG que tanto critica, mas não deixa de assistir, ler e ouvir, poderia fazer um exercício simples: pergunte aos professores do Rio de Janeiro se eles apanharam da polícia ou dos black bloc.
Pergunte a todos que foram nos esculachos da rede Globo quando trocamos o nome da ponte para Wladimir Herzog e pichamos eletronicamente a Globo se algum black bloc nos agrediu ou quebrou algo. Detalhe, apesar da tropa de choque presente nos acompanhando no 11 de julho, ela não nos atacou.
Não dá para idealizar nada, muito menos jovens revoltados, mas criminalizar é o pior dos caminhos, tem de tentar entender e claro buscar de alguma forma mediar a comunicação com esta juventude que não acredita mais na política institucional.
O caminho certamente é bem mais complexo que só achá-los baderneiros e vibrar quando a mesma polícia que mata Amarildos nas favelas de todo o Brasil desce o cacete neles. Ao invés disso deveríamos estar com um projeto no Congresso para recriar a Força Pública, uma polícia cidadã, e desmilitarizar esta herança da ditadura militar que só serve pra espancar e matar trabalhador.
Neste andar da carruagem como será o debate eleitoral travado nas redes?
A maior parte do debate que vi travado nos dias que antecederam o leilão foi reduzido a uma desqualificação das pessoas, um abandono completo dos argumentos (incluindo técnicos e políticos). Era só xingamento, detratação, parece que parcela destes governistas tomaram da água dos piores estereótipos da direita que conhecemos na rede.
Fico me perguntando se esta será a postura da rede militante pró-Dilma em 2014. Tenho cá pra mim que isso mais afasta que agrega, que isso mais cria repulsa que convence, que isso reduz por demais o espectro que se deseja atingir.
Se os militantes governistas pró-Dilma não ouvem e querem silenciar até mesmo aqueles que apoiam o governo, mas divergem por vezes, como farão para convencer os eleitores sem filiação ou simpatizantes?  Quer categoria mais fiel ao projeto do PT do que a dos petroleiros que enfrentaram Fernando Henrique e sua sanha privatizadora quando ocuparam por 32 dias as refinarias do Brasil?  Como tratar essa categoria como oportunista, traidora e outros epítetos de baixo calão? Tenho certeza que não foi isso que o Lula tinha em mente quando convocou os militantes petistas a irem para a rede defender o projeto político do PT e as conquistas sociais dos governos capitaneados por ele e Dilma.
Para terminar reproduzo o post da Hilde (posso imaginar o que ela ouviu por ter feito a campanha que fez na rede contra o leilão) com os pontos levantados pela Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET) que afirma que a estatal teria como garantir a exploração de Libra. E como ironicamente diz o  Gindre: “Mas, eles também não devem entender nada do assunto. Quem sabe mesmo de Petróleo somos nós aqui no Facebook“.


RESPOSTAS A TODAS AS GRANDES FALÁCIAS DOS QUE DEFENDEM O LEILÃO DO CAMPO DE LIBRA

Do blog da Hildegard Angel

É chegado o dia. Que poderá mesmo ser chamado de o Dia do Luto Nacional, caso se confirme a realização do Leilão do Campo de Libra. Todo o aparato, até bélico, foi montado para isso na Barra da tijuca, o que acompanho com profunda tristeza e imenso desapontamento. O dia em que nossa pátria entregará o Maior Campo de Petróleo da História do Mundo às mãos estrangeiras.
Lutei o que pude, esperneei o que consegui. Passei o fim de semana combatendo o que considero o bom combate através de minhas armas, a escrita, as mídias sociais, o futuro há de ser testemunha. Espero que com um bom termo, que minhas orações alcancem acolhida e, à última hora, haja uma reviravolta e, em nome dos apelos e do bom senso, a presidente Dilma suspenda esse Leilão rejeitado por parte significativa da sociedade.
Nesses momentos finais, recebi texto elucidativo sobre várias dúvidas levantadas a respeito do Leilão do Campo de Libra, criadas mais no intuito de nos confundir, por aqueles que buscam justificar o injustificável: a entrega aos estrangeiros de um bem nosso, o maior campo de petróleo da História do Mundo, possibilidade de um bom futuro para a nossa juventude.
O autor do texto esclarecedor é o combativo  Fernando Siqueira, vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras – Aepet, que nos diz:
“Muitos equívocos têm sido cometidos pelos que mudaram de Lado e tentam justificar as suas novas posturas neoliberais com sofismas, manipulações ou falácias. Exemplos disto são o PT, o PCdoB o PDT e alguns jornalistas outrora bons”.
Siqueira relaciona as 7 falácias recorrentes mais repetidas pelos defensores do leilão,que ele repele e invalida com sua argumentação sólida de profundo conhecedor dos fatos, que testemunha de perto e por dentro durante toda a sua vida profissional.
Ele discorre:
“1) A falácia maior: “a Petrobrás não tem recursos para explorar Libra”.
Ora, um campo desta magnitude dá a qualquer empresa que for explorá-lo um imenso poder de tomar recursos fartos e baratos no mercado financeiro. Nenhum ativo é mais forte para garantir empréstimos do que o petróleo. O Governo Chinês está oferecendo às suas empresas os recursos para desenvolver Libra. O Governo brasileiro tem tirado da Petrobrás os recursos, obrigando-a a importar gasolina a R$ 1,72 e vender para as suas concorrentes a R$ 1,42 por litro. Isto fere a Lei 6404/76, das SA.
2) “O Governo vai ficar com 75 a 80% do petróleo de Libra”.
Outra grande mentira. Da Forma como foi feito o edital a União vai ficar com, no Máximo, 20,5% do petróleo. O resto ficará com o consórcio (ver item 4)
3) O ministro Lobão, em reunião com a Aepet no MME, disse: “o Governo não pode entregar Libra para a Petrobras porque ela tem acionistas privados, inclusive no exterior, em detrimento de 200 milhões de brasileiros”.
Mas a opção do Governo é muito pior, é a entrega de Libra às multinacionais que tem 100% das ações no exterior. A Petrobrás tem 48% com o Governo, 10% com fundos de pensão de trabalhadores e cerca de 3% com o FGTS de trabalhadores.
4) A turma petista que tenta justificar os leilões sem saber o que está falando: “o leilão de Libra é regido pelo contrato de partilha, que é muito melhor do que o de concessão”.
Falso. O edital de Libra é tão ruim que faz o contrato de partilha ficar igual ou pior do que a péssima concessão. Quando a produção por campo é maior que 95 mil barris por dia, na concessão aparece a Participação Especial que pode chegar 20%, que somados aos 15% de royalties, atingem a 35%. O edital de Libra pode levar a União a receber na faixa de 9,93 a 45,56% do Óleo/lucro, ou seja, aplicando estes percentuais à parte a ser partilhada – 45% – chega-se aos valores entre 4,5 a 20,5%.
Somando-se a isto o royalty e IR, se tem valores entre 20 e 35%. Além do mais a União recebe em óleo só os 4,5 a 20,5. O resto é em moeda. No mundo, os países produtores recebem a média de 80% do petróleo produzido. Num campo já descoberto, o maior do mundo, é uma doação.
5) “A Pré-sal Petróleo SA, criada para fiscalizar as atividades de produção e evitar que as duas atividades passiveis de fraude, superdimensionamento dos custos de produção, e a medição a menor do petróleo produzido, vai garantir a lisura da produção”.
Falso. O presidente nomeado é o Osvaldo Pedrosa, primeiro brasileiro a defender o fim do monopólio do petróleo e ex-braço direito do David Zilberstajn na ANP de FHC. Um dos diretores é o Antonio Claudio sócio do lobista mor João Carlos de Luca, numa empresa recém criada. De Luca é o presidente do IBP, clube do Cartel do petróleo. São varias raposas peludas num único galinheiro.
6) O Bônus de assinatura de R$ 15 bilhões vai aumentar o lucro da União.
Falso. Esse bônus tem vários efeitos maléficos: i) dificulta a participação da Petrobras que, estrangulada pelo Governo, tem dificuldade de pagar agora R$ 15 bilhões e ficar com Libra sozinha; ii) o consórcio que ganhar, tendo que desembolsar R$ 15 bilhões à vista, irá reduzir o percentual do óleo-lucro para a União. E a cada 0,5% reduzido pelo consorcio na sua oferta, a União perde R$ 15 bilhões, ou seja, um bônus; iii) Governo Dilma precisa dos 15 bilhões para completar o superávit primário, pagar os maiores juros do mundo aos bancos e manter a sua credibilidade e se reeleger. Por um motivo eleitoreiro, sob um modelo econômico equivocado, se vende o futuro de três gerações.
7) o Leilão de Libra vai garantir muitos empregos no País.
Falso. Se for vencedora uma estatal Chinesa, ela vai fornecer todos os equipamentos e vai criar empregos na China. Se for a Shell (favorita do Governo) vai gerar emprego na Europa e nos EUA. Quem compra, gera empregos e tecnologia no País sempre foi a Petrobrás, que, antes da onda neoliberal de FHC, chegou a comprar 95 no País.”
Assim encerra, Fernando Siqueira, seus oportunos esclarecimentos.
Meu coração brasileiro sangra. E onde estão nossos artistas e poetas neste momento, que nada cantam, nada declamam, não derramam sua indignação e fúria sobre as folhas de papel?
Clique para ver...

PETROBRAS - Aguardo esclarecimentos sobre os termos da matéria de tal relevância.

Dilma manda Petrobras pagar conta do André Esteves, do Banco BTG Pactual

Ossami Sakamori
Esta maracutaia é para ninguém botar defeito.  Bem planejada e executada com maestria.  Quase que ninguém descobre.  Mas, este japa de olho puxado fica atento em tudo que se passa no âmbito das estatais.
Dilma mandou Graça Foster vender os ativos da Petrobras que custou muitos e muitos anos de sacrifício e investimentos ao brasileiros, pertencente à subsidiária Braspetro, ao preço de banana, ao André Esteves do BTG Pactual, para pagar favor que lhe devia.  Explico como foi.
Juridicamente, a Braspetro passou 50% das ações da subsidiária integral da Braspetro denominado de Petrobras Oil & Gas V.V. por US$ 1,525 bilhões ao grupo comandado pelo André Esteves do BTG Pactual.  Nem sei por que os números quebrados!  Deve ter sido os números quebrados do lançamento contábil histórico dos ativos na contabilidade da Braspetro.
Para quem não se lembra, Braspetro é subsidiária integral, fundada em 1972,  com sede na Prins Bernhardplein, 200, cidade de Amsterdam, 107 JB, Holanda.  Os principais ativos da Braspetro era justamente aqueles da costa ocidental da África, especificamente os direitos de exploração dos petróleos na Nigéria e na Angola.
A Braspetro, antes da venda de 50% das ações para BTG, era sozinha dono dos direitos de exploração de vários blocos, entre os quais o 8% do campo gigante de óleo com reservas potenciais de mais de 1 bilhão de barris, do tipo leve.  Há também, um outro bloco em fase de exploração com reserva estimada em 700 milhões de barris também na Nigéria.  Entrou também na venda os ativos muito promissores na costa de Angola.
VALOR A MENOR
O valor da venda de US$ 1,525 bilhões faz supor que o total dos ativos contabilizados deve ser de US$ 3,050 bilhões.  Pelo volume de reservas potenciais já prospectadas, se feito reavaliação do ativo, hoje deverá estar valendo, no mínimo US$ 15 bilhões, os 100%.  Significa que a Dilma e Graça Foster venderam os 50% do valor do ativo pelo valor 5 vezes menores que o valor real das reservas.
Apesar de Petrobras aprovar a operação pelo Conselho de Administração da Petrobras, a estatal brasileira não obedeceu a legislação brasileira sobre licitações.  O mercado foi pego de surpresa com a venda de tais ativos, isto significa que não foi feito leilão de venda dos 50% dos ativos da costa ocidental da África.
Pode argumentar a Petrobras que a Braspetro sua subsidiária integral tem sede em Holanda e portanto obedece legislação holandesa.  Puro engano!  A Braspetro é subsidiária integral de uma estatal brasileira, a Petrobras, portanto deveria ter obedecido a legislação brasileira concomitante à legislação holandesa.  Isto parece não ter sido observado.   A venda foi feita sem licitação.
Num caso deste, onde envolve enorme volume de dinheiro, deveria ter feito procedimento de reavaliação dos ativos pela Consultoria Internacional, antes da licitação.  O valor de avaliação dos ativos deveria ser o preço mínimo de leilão para a venda dos 50% para a inciativa privada.  E ainda, o leilão deveria ser precedido de ampla divulgação na imprensa brasileira e imprensa internacional.  Estes procedimentos elementares não foram feitos.
“NEGÓCIOS PRIVADOS”
Os negócios foram realizados entre Dilma Rousseff, presidente da República e André Esteves, dono da BTG Pactual, como se fossem negócios privados.  A execução coube a Graça Foster, presidente da Petrobras, pois ela é presidente da Companhia e acumula a diretoria da Área Internacional.  O Conselho de Administração presidido pelo Guido Mantega, ministro da Fazenda, aprovou a operação de venda, tal qual Graça Foster apresentou, sem o devido processo legal de licitações.
Isto me parece pagamento do favor ao André Esteves que está à frente de negociações com empresas do grupo EBX para tentar livrar os passivos podres do Eike Batista perante sistema BNDES.  As empresas do empresário Eike Batista deve ao BNDES R$ 10,6 bilhões, sem amparo de garantias reais.  As empresas do Eike Batista deverá deixar um rombo potencial de R$ 10,6 bilhões, menos algumas dívidas assumidas pelos novos donos da MPX, MMX e LLX.
Pelo visto, a presidente Dilma fez besteiras cumulativas.  A primeira besteira é ter feito empréstimos à descoberto para Eike Batista, num montante que beira a irracionalidade, R$ 10,6 bilhões.  A segunda besteira é ter pago ao André Esteves pelos serviços ainda não concluídos, vendendo ao preço de banana os ativos bons da Braspetro.  A terceira besteira é que apesar de todo esforço, Eike Batista vai deixar rombo para BNDES pagar.
Com certeza, com esta denúncia vou ser processado pela enésima vez.  Haja dinheiro para pagar aos advogados!  Vão querer que eu apresente as provas materiais sobre a denúncia. Neste País, quem denuncia vai preso e os beneficiários estarão dando risada com polpudas contas na Suíça!  Ministro Joaquim Barbosa, pode isso?
Artigo enviado por Mário Assis. Ossami Sakamori é engenheiro civil, foi professor da UFPR. Empresário. Mercado financeiro. Construtor. Filiado no PDT, não militante. E-mail para contato: sakamori10@gmail.com

Clique para ver...

PETRÓLEO - Consórcio de Libra reúne condições financeiras e tecnológicas para o sucesso


O discurso da presidenta Dilma Rousseff ontem sobre o leilão do Campo de Libra expressa bem o importante resultado obtido. Ela disse que há um “equilíbrio justo” entre os interesses do Estado e as empresas que vão explorar e produzir o petróleo.
“Pelos resultados do leilão, 85% de toda a renda a ser produzida no Campo de Libra vão pertencer ao Estado brasileiro e à Petrobras. Isso é bem diferente de privatização”, afirmou.
O consórcio coloca a segunda e a terceira maiores empresas do mundo – respectivamente a CNPC, que controla a Petrochina, e a Shell – juntas com a Petrobras, a Total e a CNOOC. Isso reúne condições financeiras e tecnológicas, experiência e competência para explorar essa super-reserva.
Como disse a presidenta, a participação do Estado brasileiro na renda do petróleo a ser extraído merece ser destacado. A destinação desses recursos para a educação e a saúde terá consequências diretas para o nosso desenvolvimento, como já havíamos dito neste blog.
Não há nem desnacionalização e nem privatização. Não exportaremos apenas óleo bruto. Estão em construção três super-refinarias e temos uma indústria petroquímica em condições de crescer. Haverá um efeito em cadeia por toda a indústria de petróleo e gás, de energia.
Os investimentos são gigantescos e a aplicação dos ganhos do petróleo em saúde, educação e inovação estão garantidos por lei.
Clique para ver...

STF poderá mudar decisão sobre Lei de Anistia, afirma ministro Marco Aurélio de Mello.

 


justicaBoas novas do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Marco Aurélio de Mello se pronunciou nesta segunda-feira (21.10) sobre as iniciativas de revisão da Lei de Anistia recentes.
Ele afirmou que com a nova composição, a Corte poderá mudar suas decisões caso ocorra o novo julgamento que a OAB-nacional se dispôs a pedir. “O Supremo já disse que ela (Lei da Anistia) é constitucional. Agora, o Supremo de ontem era um, o de hoje é outro”, afirmou o ministro.
Como vocês sabem, em 2010, a OAB-nacional entrou com o pedido de revisão da legislação sobre a anistia e sete ministros votaram pela sua manutenção. Agora, após a entrega do parecer do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que defende que crimes contra a humanidade são imprescritíveis em sintonia com as leis internacionais, a OAB-nacional vai pedir novo julgamento.
A ação elaborada pela entidade será concluída no próximo dia 11 e depois encaminhada ao STF solicitando que a Lei, promungada em 1979, quando o país ainda estava sob uma ditadura militar, seja revista.
Vamos ver como será a votação da OAB agora com a posição favorável da Procuradoria Geral da República.
Clique para ver...

PETRÓLEO - Quem perdeu no pré-sal.

Contraponto 12.467 - "QUEM PERDEU NO PRÉ-SAL"

 .

 
Os críticos do pré-Sal saíram do leilão em posição difícil.

Ao contrário do que sustentaram nas últimas semanas, duas empresas privadas de porte – a Shell e a Total – assumiram um papel relevante no consórcio, equivalente a 40 % de participação.

Para quem garantia que o leilão seria um fracasso porque só seria capaz de despertar o interesse de duas estatais chinesas, dado que por si só deveria ser visto como um desastre inesquecível, o resultado é um saldo humilhante.

A participação somada de duas estatais de Pequim, que dirige a economia que mais cresce no planeta, equivale a parcela assumida por apenas uma das multinacionais europeias.

Para quem avalia o sucesso e o fracasso de qualquer negócio pelo critério ideológico do privatômetro, o saldo é deprimente.

De cada 100 dólares extraídos do pré-Sal, a União irá receber, por caminhos diversos, um pouco mais do que 75%. É o caso de perguntar: os críticos estavam infelizes por que acham pouco? Ou acham que é muito?
Você decide.

O mesmo se pode dizer da crítica ao método de partilha do Pré-Sal. Não faltaram observadores para dizer que ele se mostrou pouco adequado em relação a leilões convencionais. Como a partilha foi criada pelo governo Lula e aprovada pelo Congresso, podemos imaginar aonde se quer chegar. O argumento contra a partilha é que nas outras vezes, apareciam mais empresas interessadas. 

Mas, lembrando que não há petróleo grátis é sempre bom questionar. Havia mais concorrentes porque se oferecia um bom negócio para o país ou porque se oferecia o ouro negro na bacia das almas?
Será que a lei da oferta e da procura só funciona para provar as teses que nos agradam?

Claro que é possível ouvir um murmúrio clássico, aquele que consiste em falar que “poderia ter sido melhor”. 


O problema é que essa é uma expressão faz-tudo, que se podemos empregar para falar do restaurante em que fomos ontem, do serviço da TV a cabo, e também para a cobertura da mídia no pré-Sal, não é mesmo?

Na prática, o saldo do leilão confirmou duas coisas. De um lado, o imenso desconhecimento de supostos especialistas sobre o mais volumoso investimento da história do país.

De outro lado, o episódio demonstrou uma opção preferencial por subordinar uma análise objetiva da realidade a interesses políticos.

Esta opção ajuda a entender a cobertura levemente simpática aos protestos realizados contra o leilão. Valia tudo para atrapalhar, até pedir ajuda a filhos e netos de manifestantes que, em 1997, quando ocorreu a privatização da Vale do Rio Doce, foram tratados como uma combinação de criminosos comuns e esquerdistas ressentidos. 

Por mais que o debate sobre os rumos da exploração do petróleo tenham toda razão de ser, e não possa ser realizado de forma dogmática nem simplória, essa postura amigável de quem sempre jogou na força bruta não deixa de ser sintomática.

Não era a privatização da Petrobras que estava em jogo, embora sempre se procure confundir as coisas, num esforço para contaminar o debate político possível de nosso tempo com um certo grau de cinismo universal. 


Promovido na pior crise da história do capitalismo depois de 1929, o que se pretendia no leilão era reunir meios e recursos para permitir a economia respirar, numa conjuntura internacional especialmente adversa. Quem conhece a história das crises do século XX sabe que há momentos que inspiram mudanças de rumo e orientação que não fazem parte dos manuais e cartilhas. 


Com todas as distancias e mediações, pergunto se não seria o caso de pensar na NEP iniciada por Lenin, na Russia, procurando atrair investimentos externos de qualquer maneira?

Realizado um ano antes da eleição presidencial de 2014, o leilão de Libra foi uma batalha política.

Partidários de uma abertura paraguaia aos investimentos externos, típica de países que não possuem base industrial nem um patrimônio tecnológico em determinadas áreas, tudo o que se queria era condenar o governo Dilma por “afugentar investidores,” o que ajudaria a sustentar um argumento eleitoral sobre o crescimento de 2,5% ao ano – número que ainda assim está longe de ser uma barbaridade na paisagem universal, vamos combinar.

Em tom pessimista, poucas horas antes da batida de martelo, um comentarista deixou claro, na TV, que seria preciso esperar uma vitória da oposição, em 2014, para o país corrigir os problemas que tinham gerado um fracasso tão previsível.


O saldo foi oposto. Os investimentos vieram, em larga medida serão privados, como a oposição fazia questão. Estes recursos irão gerar empregos, encomendas gigantescas em equipamentos e, com certeza, estimular crescimento e a criação de postos de trabalho.

Medido pelos próprios critérios que a oposição havia formulado quando passou a divulgar a profecia de fracasso, o leilão foi um sucesso. A derrota foi política
Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...