Pré-sal: 'Mudou a condição do jogo'


Petrobras e estatais chinesas ficam com 60% de Libra. Total e Shell arrematam outros 40%

Se as expectativas do primeiro leilão do pré-sal se confirmarem, Brasil e China iniciam a partir desta 2ª feira uma parceria estatal das mais robustas.

-CLIQUE AQUI para ler - na íntegra - o Editorial da Carta Maior sobre as consequências e possibilidades advindas do leilão hoje realizado exitosamente no RJ.
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LEILÃO DE LIBRA - As surpresas da guerra que não houve.

Shell e Total, as surpresas da guerra que não houve


Pra não dizer que não falei do leilão de Libra, vou apenas fazer um breve registro sobre o grande acontecimento do dia para mostrar a vocês como é perigoso a gente se achar o dono da verdade.
Como não sou especialista em petróleo, nem em leilões, nem em nada, acompanhei o dia todo o noticiário, depois de ter lido os principais jornais, para ver se eu conseguia aprender o mínimo necessário para acompanhar o assunto.
Pelo que entendi, a imprensa se preparou para cobrir uma guerra entre as forças de segurança e manifestantes contrários ao leilão promovido num hotel da Barra da Tijuca, no Rio.
Enquanto a guerra lá fora e o leilão lá dentro não começavam, e o povo continuava aproveitando o feriado carioca na praia, ouvi um desfile de altos especialistas, todos fazendo mais ou menos a mesma previsão: por culpa do modelo adotado pelo governo, o leilão seria um fracasso, com a participação apenas da Petrobras e de duas estatais chinesas.
Após um chatíssimo ritual burocrático, em poucos minutos ficamos sabendo que, além da Petrobras (40%) e dos chineses (20%), participarão também do superconsórcio formado para a da exploração do pré-sal de Libra, o primeiro campo sob o regime de partilha, duas das grandes irmãs petrolíferas: a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, cada uma com 20% do consórcio, empresas que não foram sequer citadas por nenhum dos sábios professores que decretaram o fracasso do leilão.
Resultado final: nem houve guerra (apenas as ações de sempre de alguns poucos vândalos), nem o leilão foi um fracasso. Estavam em jogo 15 bilhões de barris de petróleo, um tesouro avaliado em mais de R$ 300 bilhões. Dos royalties que render, 75% irão para a educação e 25% para a saúde. .
Mais uma vez, a crise do fim do mundo foi adiada e os que jogaram contra o governo perderam. As ações da Petrobras dispararam na Bolsa de Valores e, na praia, o pessoal continuou jogando bola e tomando sol. Afinal, ninguém é de ferro.
Vida que segue.
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Consórcio formado por cinco empresas vence primeiro leilão do pré-sal



Rio de Janeiro – Agência Brasil - Um consórcio formado por cinco empresas – a anglo-holandesa Shell, a francesa Total, as chinesas CNPC e CNOOC e a Petrobras – foi o vencedor da 1ª Rodada de Licitação do Pré-Sal e terá o direito de explorar e produzir o petróleo da área de Libra, na Bacia de Santos. Dos 70% arrematados pelo consórcio, 20% são da Shell e 20% da Total. A CNPC e a CNOOC têm, cada uma, 10%, assim como a Petrobras, que já tinha garantidos 30%.

A oferta do leilão, realizado há pouco, no Rio de Janeiro, pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), garante à União 41,65%% do lucro do óleo retirado do campo. O consórcio pagará ao governo brasileiro bônus de R$ 15 bilhões, além de garantir investimento mínimo de R$ 610 milhões. O consórcio era o único na disputa.
O mínimo de excedente em óleo foi 41,65%, conforme o estabelecido pelo edital.
Libra tem reservas estimadas entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo, que ainda não foram confirmadas. Caso o potencial se confirme, Libra será o maior campo de petróleo do país. A ANP estima que, em seu pico de produção, sejam extraídos diariamente 1,4 milhão de barris de óleo, cerca de dois terços do total da produção atual de todos os campos do país (2 milhões de barris por dia).
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LEILÃO DE LIBRA - Debates que se perdem.

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Debates que se perdem

“A hora dos atuais protestos contra o leilão de Libra era lá atrás, quando o governo Lula projetou o modelo de exploração do pré-sal por petrolíferas privadas, com associação minoritária do Estado brasileiro”, escreve Janio de Freitas, jornalista, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 20-10-2013.
E o jornalista pergunta: “Por que a reação não se deu quando podia suscitar alguma reflexão sobre o ímpeto, pouco ou nada responsável, com que Lula buscava essa inutilidade esbanjadora?”
E responde: “É a falta de partidos representativos. Os segmentos da sociedade estão órfãos, entregues a si mesmos”.
Eis o artigo.
Reação de última hora, e exacerbada, contra o leilão da área de Libra no pré-sal vem de uma aberração brasileira que encontra, neste episódio, o papel de exemplo perfeito. Tanto de si mesma, como do seu agravamento ameaçador.
Protesto é sempre cabível: assim caminha o regime democrático para o seu aprimoramento, aos solavancos das reafirmações e das reconsiderações. Mas a hora dos atuais protestos contra o leilão de Libra era lá atrás, quando o governo Lula projetou o modelo de exploração do pré-sal por petrolíferas privadas, com associação minoritária do Estado brasileiro.
A causa do protesto era e é perfeitamente defensável em nome de múltiplas razões nacionais. O seu confronto com os interesses empresariais, alheios às questões nacionais, por certo seria proveitoso em muitos sentidos. Não ocorreu, porém. Não pôde haver mais do que manifestações anêmicas. Por quê?
Só para lembrar um caso a mais, na mesma linha: dá-se igual com a multibilionária Copa, já presente em protestos públicos e promessa de reações maiores na hora final. Por que a reação não se deu quando podia suscitar alguma reflexão sobre o ímpeto, pouco ou nada responsável, com que Lula buscava essa inutilidade esbanjadora?
É a falta de partidos representativos. Os segmentos da sociedade estão órfãos, entregues a si mesmos. Ou, no máximo, a associações que até podem ter representatividade, mas solta no espaço, sem a necessária extensão na arena adequada que seria o Congresso.
Aos partidos compete serem as vozes da sociedade, organizá-las para serem forças, opô-las para chegar à composição de posições ou à prevalência de um lado. Mas não há partidos: são organizações comerciais, todos interessados em manter o afortunado poder ou em tomá-lo.
A aberração arrasadora e crescente. O que equivale a dizer que assim são os seus efeitos. Até quando e até onde, cada um de nós que imagine.

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LEILÃO DE LIBRA: Um leilão de Estatais.


O Campo de Libra, uma das maiores descobertas de petróleo offshore no mundo, vai a leilão no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 21, com poucas expectativas ou chances de surpresa. Trata-se de um leilão de estatais, com pouca concorrência, e a única grande dúvida é qual estatal assumirá o maior risco: a Petrobrás ou as chinesas.
A estimativa é que Libra contenha entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo recuperáveis e que gere US$ 1 trilhão em receitas para o governo durante os próximos 30 anos. Apesar disso e das promessas de geração de empregos, o leilão atraiu manifestantes que são contra a participação de empresas estrangeiras no pré-sal. O tumulto já deixou ao menos seis pessoas feridas em confrontos com o Exército em frente ao hotel que sedia o evento, na Barra.

Onze empresas se cadastraram para o leilão, incluindo as estatais chinesas Cnooc Ltd. e China National Petroleum Corp., a francesa Total SA,  e a anglo-holandesa Royal Dutch Shell. Devido à dimensão do empreendimento, é esperado que até as estatais unam forças e façam lances em grupos.
Algumas das maiores companhias de petróleo do mundo, incluindo a Exxon Corp, preferiram ficar de fora do leilão. Em parte, isso reflete grandes mudanças que vêm ocorrendo na indústria global de energia, com avanços na tecnologia de fraturamento hidráulico desbloqueando enormes reservas de gás natural nos EUA e novas áreas de produção em países emergentes como a África despertando o interesse da indústria.
Outro fator desanimador para algumas companhias foi o novo modelo de partilha que o governo brasileiro adotou neste leilão. Segundo alguns críticos, o modelo reduz as companhias de petróleo privadas ao papel de parceiros financeiros, que serão incapazes de usar seu conhecimento técnico para extrair mais lucro do campo porque a estatal brasileira Petrobras terá de liderar o desenvolvimento do campo.
As empresas que vencerem o leilão devem investir cerca de US$ 200 bilhões durante 35 anos de concessão para bombear petróleo do reservatório enterrado sob uma espessa camada de sal, nas águas profundas do Atlântico. Falhas em tais condições podem ser catastróficas e de difícil reparação, na medida em que o campo de Libra é mil metros mais profundo que o poço Macondo, que permaneceu fechado por três meses após o desastre na plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, em abril de 2010.
A Petrobras diz que está bem preparada para enfrentar os desafios tecnológicos da perfuração. A empresa lembra que já está produzindo mais de 300 mil barris de petróleo por dia a partir de áreas próximas a Libra. Mas as preocupações sobre a Petrobras estão mais focadas em seus desafios financeiros.  A empresa tem se endividado pesadamente para financiar investimentos de cerca de US $ 50 bilhões por ano, no que representa o maior plano de gastos corporativos do mundo: ela pretende investir US$237 bilhões até 2017.


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