PETRÓLEO - Libra: começou a especulação.

Contraponto 12.467 - " Libra: começou a especulação. Petrobras vencerá e a mídia dirá que foi 'um fracasso ' "

 .
Do Tijolaço - 18 de outubro de 2013 | 22:30

 libra


Por: Fernando Brito 

O Estadão começou a onda de especulações que vai tomar conta da mídia de hoje até a manhã de segunda-feira.

Anuncia que o leilão de Libra terá a participação de apenas um consórcio, liderado pela Petrobras, com 30% de participação. O que, somado aos 30% “automáticos”, daria à brasileira 60% de controle do campo.

É possível que seja assim, embora possa surgir um segundo grupo.

Como esperado, os chineses serão a segunda força, com um percentual perto dos 30%.

Conversa fiada a história de que “virão fracos os chineses”, por conta das regras. O acerto com a China é de Governo, embora via empresas.

A Total, que se especula também estar no consórcio, é privada, mas fortemente ligada aos interesses nacionais de um país que não tem petróleo e se abastece de fontes por todo o mundo. Os franceses não tem problemas ideológicos nesse campo, e operam em situações instáveis, como a Argélia, o Irã, Iraque, Iemen e Venezuela.

Puro palpite, mas acho que a quinta empresa é a estatal indiana OGNC, que concluiu esta semana a compra de uma parte dos ativos da Petrobras no campo de pós-sal no Parque das Conchas, na Bacia de Campos. Brasil e Índia tem interesses comuns também na nova área de exploração em Sergipe, através de outra estatal, a Bharat Petroleum. É o típico “farm-in/farmout” (venda de participações, em busca de escala) da indústria petrolífera.

Isso também pode trazer a Shell para o negócio, com uma pequena participação, mas não creio nisso. Mais fácil que a Shell lidere outro consórcio, se houver.

Será uma vitória, se isso acontecer, dos BRIC.

E, ao contrário do que diz a matéria do Estadão, o lance virá em torno de 60% de participação do Estado na partilha do petróleo.

Porque, no leilão de partilha, onde o bônus de assinatura é fixo e igual, o “ágio” será medido – e decisivo – na percentagem de participação do Estado no resultado da extração de petróleo.

Nenhum consórcio formado para vencer vai “dar mole” para um azarão vencer com 1% a mais de ágio.

Mesmo ainda no campo das especulações, parece que está ficando claro o que este blog – sem uma inside information sequer, mas apenas sustentado na lógica dos interesses das partes envolvidas –  vem sustentando há dois meses.

O leilão de Libra terá dois grandes vencedores.

A Petrobras.

E o Brasil.
Clique para ver...

PETRÓLEO - Requião e o leilão de Libra.


Para Requião, leilão do Campo de Libra é um crime contra o Brasil


“O que está acontecendo no Brasil? O Governo quer leiloar o campo petrolífero de Libra, que pode ter 15 bilhões de barris de petróleo, e não tem justificativa nenhuma para isso”, afirmou o senador Roberto Requião (PMDB/PR). “Estão entregando o petróleo brasileiro, mesmo depois do escândalo da espionagem da Petrobrás, do Ministério dos Transportes e até do telefone particular da presidente Dilma (Rousseff)”, completou.
Para Requião, o leilão do Campo de Libra, marcado para o próximo dia 21, “é um crime contra o Brasil. Um absurdo”. Ele comunicou que, junto com os senadores Pedro Simon (PMDB/RS) e Randolfe Rodrigues (Psol/AP), há mais de um mês entrou com um projeto de decreto legislativo para anular a licitação. No entanto, o projeto não tramitou no Senado.
“Se negaram a debater a questão. Sonegaram do Congresso o contraditório. Não é um parlamento mais. É um grande espaço de silêncio em troca de emendas e de favores. Eu estou profundamente indignado com isso tudo”, criticou. O senador ainda cita outro fato grave: o uso do Exército para fazer a segurança do local leilão.
“Isto está causando a indignação dos movimentos populares, dos setores mais esclarecidos do país. Mas a imprensa toda está a favor do entreguismo. Porque na verdade, hoje, PSDB e PSB estão todos nesta visão entreguista. Eles querem só derrubar o PT para fazer o mesmo, mas sem os programas sociais”, afirmou.
“Eu pergunto a você, que como eu votou e lutou pela Dilma: era isso que a gente esperava? E eu pergunto ao PT: foi isso que nós propusemos na campanha? E eu pergunto ao PMDB: foi por isso que nós apoiamos a presidente Dilma? Não. Não foi”.
Reservas – O Campo de Libra está localizado na camada de pré-sal na Bacia de Santos, em São Paulo, e deve produzir pelo menos um milhão de barris por dia, o equivalente à metade do que o país extrai atualmente. No projeto, espera-se instalar de 12 a 18 plataformas de grande porte.
Tratar-se de um campo já perfurado e testado. A Petrobras pagou à União pelo Campo. Pela cessão, deveria extrair 5 bilhões de barris, mas, depois das perfurações, encontrou reservas equivalentes a 24 bilhões de barris. Pela lei, a União deveria negociar um contrato de partilha com a empresa pelos 19 bilhões excedentes, mas, em vez disso, resolveu leiloar o campo.
Clique para ver...

PETRÓLEO - ANP age para evitar controle das empresas chinesas em Libra


A participação das empresas chinesas no leilão tornou-se motivo de muita discussão, diante do risco de que se comprometa soberania nacional.


Maurício Thuswohl
EBC
Rio de Janeiro – Um fator que chamou a atenção do mercado na fase de habilitação dos participantes do leilão do Campo de Libra é a notável presença do setor petrolífero asiático, com três empresas chinesas, uma indiana e uma japonesa. A participação das empresas chinesas no leilão, no entanto, tornou-se motivo de muita discussão, dado o eventual perigo de que a força das estatais Sinopec, CNOOC e CNPC em Libra acabe por emparedar a Petrobras e a comprometer os objetivos de fortalecimento da soberania nacional brasileira que baseiam o regime de partilha adotado pelo governo federal.
 
O papel das chinesas no leilão foi objeto de uma análise feita pela Comissão Especial de Licitação da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Esta, para evitar o perigo de uma super participação, determinou que CNOOC e CNPC somente poderão arrematar áreas de exploração em Libra se estiverem reunidas em um mesmo consórcio. Para embasar tal decisão, a ANP evocou a Lei do Petróleo (9.478), que determina que empresas pertencentes a um mesmo grupo controlador – no caso, o governo da China – não podem disputar entre si uma mesma área de exploração.
 
O caso da Sinopec, no entanto, foi tratado de forma diferente, já que a empresa participará do leilão de Libra na condição de sócia minoritária em duas sociedades, ambas estabelecidas com empresas europeias. Uma delas com a espanhola Repsol, na qual a estatal chinesa detém 40% do capital. Outra com a portuguesa Petrogal, com 30% de capital da Sinopec.
 
Em contrapartida à grande participação das estatais chinesas, pelo menos cinco das maiores empresas do setor petrolífero mundial, todas já instaladas no Brasil, estarão ausentes no leilão de Libra. As norte-americanas ExxonMobil e Chevron (as duas maiores do mundo), a norueguesa Statoil e as britânicas BP e BG, por alegadas diferentes razões, preferiram não participar do primeiro leilão de exploração do pré-sal brasileiro feito sob o regime de partilha. Entre as chamadas majors, apenas a holandesa Shell e a francesa Total figuram entre as habilitadas.
 
Teste para novo modelo
 
Primeiro a ser realizado sob a égide do regime de partilha para a exploração das reservas de petróleo e gás localizadas na camada pré-sal da Bacia de Santos, o leilão das áreas de produção no Campo de Libra, marcado para a próxima segunda-feira (21), será a primeira prova de fogo para o novo marco regulatório do setor, aprovado ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Além da Petrobras, dez petrolíferas, com nítida predominância das empresas chinesas, se habilitaram a participar do leilão, que será realizado em um hotel no Rio de Janeiro. Em jogo, a possibilidade de exploração daquela que é hoje a maior área em oferta no mundo, com reservas estimadas entre oito e doze bilhões de barris de petróleo.
 
O Campo de Libra tem 1.547 quilômetros quadrados de extensão e, segundo a previsão da Agência Nacional de Petróleo (ANP), exigirá investimentos de R$ 400 bilhões nos próximos 35 anos. O retorno no mesmo período promete ser excepcional. Em seu pico, prevê a ANP, a produção em Libra será de um milhão e quatrocentos mil barris de petróleo por dia, com a geração, segundo a agência reguladora, de pelo menos R$ 900 bilhões, sendo R$ 300 bilhões em royalties e R$ 600 bilhões provenientes da partilha do óleo produzido com a União, como prevê o novo regime.
 
As empresas habilitadas a participar do leilão são: Petrobras (Brasil), Repsol/Sinopec (Espanha/China), CNOOC (China), CNPC (China), ONGC Videsh (Índia), Ecopetrol (Colômbia), Petrogal/Sinopec (Portugal/China), Mitsui (Japão), Petronas (Malásia), Total (França) e Shell (Holanda). No entanto, duas delas – a ANP não revelou quais são – não apresentaram todas as garantias necessárias, e somente poderão participar do leilão se formarem consórcio com outras empresas habilitadas. A expectativa do governo, manifestada pelo ministro das Minas e Energia, Édison Lobão, é que as empresas venham a formar três ou quatro consórcios para arrematar as áreas de exploração em Libra. De acordo com as regras estabelecidas para o leilão, a Petrobras terá uma participação mínima obrigatória de 30% em cada aérea, ou seja, o consórcio vencedor terá no máximo 70% de participação no contrato de exploração.
 
Segundo o edital, serão vencedoras as empresas que oferecerem à União o maior percentual de lucro em óleo, a partir do patamar mínimo estabelecido em 41,65%. Além disso, as empresas vencedoras terão de pagar um Bônus de Assinatura no valor de R$ 15 bilhões pela exploração das áreas arrematadas no leilão. As onze participantes tiveram também que depositar uma garantia no valor de R$ 156 milhões, além de pagar à ANP uma taxa de participação de R$ 2 milhões. Os interesses da União na exploração do Campo de Libra serão defendidos pela empresa Pré-Sal Petróleo S.A., estatal oficialmente criada em agosto.
 
O edital estipula em quatro anos – período que, posteriormente, pode ser revisto – a fase de exploração, com o início da produção até o quinto ano posterior à assinatura do contrato. Os vencedores deverão também obrigatoriamente fazer um levantamento sísmico em 3D de todo o Campo de Libra. As regras de exploração trazem ainda uma exigência de utilização de conteúdo local mínimo nas diversas etapas da produção. Este conteúdo nacional deverá ser de 37% para a etapa de exploração e 55% para a etapa do desenvolvimento das áreas de produção, subindo para 59% após 2021.
Clique para ver...

POLÍTICA - Marina é a preferida de Dilma.


Tereza Cruvinel

Correio Braziliense
Não é preciso ser raposa: até uma inofensiva pulga política compreende que, lançando farpas contra Marina Silva, chamando-a para a briga, colocando-a em evidência, a presidente Dilma Rousseff externa a preferência pela ex-petista como adversária em 2014, na certeza de que seria mais fácil derrotá-la no segundo turno. O senador e vice-líder tucano Cássio Cunha Lima arrisca dizer que Dilma só ganharia de Marina, perdendo tanto para Aécio Neves como para Eduardo Campos.
Desconte-se, pela condição de candidato, a afirmação de Aécio, feita ontem após reunião com a bancada tucana, de que Dilma perderá para qualquer adversário no segundo turno, pois 60% dos brasileiros seriam contra sua reeleição, dedução que faz a partir dos 42% de preferência que ela teria hoje, segundo o Datafolha. A disputa eleitoral, entretanto, não será uma operação artitmética.
Enquanto se deliciava com o sorvete de bacuri oferecido a todos, no café dos senadores, pelo líder petista Wellington Dias, pela passagem da data cívica do Piauí, o senador Rodrigo Rollemberg, um dos arqueiros de Campos no Congresso, ouvia as advertências do colega tucano Cunha Lima: “Diga ao Eduardo para se acautelar. Dilma quer a Marina como adversária, pois seria fácil derrotá-la no segundo turno. E, para fazer Marina candidata, PT e governo farão o diabo contra Eduardo, para tirá-lo do páreo. Da canelada à degola, ele está sujeito a tudo”. “Chegarão a tanto?”, desconversou Rollemberg.
FARPAS
No PT, muita gente não gostou das farpas, embora evitando verbalizar tal censura a Dilma. O ex-presidente Lula também não teria gostado. Nesse grupo, há quem diga que Dilma foi apenas impulsiva ou tinhosa com as duas estocadas que teriam Marina como alvo: quando disse que todos podem postular a Presidência, mas que precisam estudar os problemas do país, e quando respondeu diretamente às críticas de Marina, de que seu governo estaria “extrapolando o teto da meta” da inflação (6%), o que é sabidamente incorreto, pois o índice está acima do centro da meta (4,5%).
Marina acusou Dilma também de colocar em risco o tripé tucano-petista na economia, composto por inflação controlada, câmbio flutuante e superavit fiscal rigoroso. Dilma rebateu ponto por ponto, E ainda com Marina na cabeça, a petista lançou um importante programa de agricultura ambiental.
Nas proximidades de Lula, garante-se que Dilma não foi aconselhada a “farpear”. Pelo contrário, ali se ouve que, por ora, ela devia evitar referências aos adversários, seguindo o que disse Lula ao Correio, na entrevista do dia 30 passado:“O PT não escolhe adversários. Deve estar preparado para enfrentar e ganhar de qualquer um”.
POLITIQUÊS

Mas é incontroverso que seria mais fácil, para Dilma, derrotar Marina no segundo turno, por uma série de razões bastante conhecidas. “Pela baixa institucionalidade dela”, diz Cunha Lima. Traduzindo isso do politiquês para a vida real: porque Marina não tem sequer um partido para lhe dar sustentação parlamentar, não teria uma coalizão de apoio, já que considera todos os partidos carcomidos (agora reabilitou o PSB, ao ingressar nele), porque enfrentaria resistências do capital e, sobretudo, a insegurança do eleitorado num segundo turno, na hora de escolher entre quem está de fato governando, goste-se dela ou não, e quem se propõe a governar em bases tão idealistas.
Quando Marina diz que Dilma está sendo chantageada pelo Congresso e que é possível montar coalizões baseadas só em programas, sem lotear o governo, de duas uma: ou ela não sabe do que está falando, ou conhece a realidade, mas prefere verbalizar o sonho. No sistema que temos, hoje, não se governa sem coalizões, com base apenas em fundamentos políticos e morais.
Cunha Lima compara Marina ao Lula de 1989. “Collor perderia de Covas, de Brizola e até de Maluf no segundo turno. Só ganharia de Lula. Por isso os que torciam por ele tudo fizeram para que o candidato do PT chegasse lá. Chegou, foi massacrado e perdeu, como previsto.”
Mas, ainda que Dilma queira, que os marinistas insistam, que os institutos continuem pesquisando as intenções de votos em Marina e que elas superem as de Eduardo, os caciques do PSB garantem que será ele o candidato. Apostam agora no aumento da migração dos votos de Marina para Campos, a ser confirmado por novas pesquisas.
Clique para ver...

PETRÓLEO - Chamaram o Exército para entregar o pré-sal.

Chamaram o Exército para entregar o pré-sal

H e l i o  F e r n a n d e s
Dona Dilma, que combatia os leilões devassos e devastadores, ficou logo a favor, que triste reviravolta. E piorou de saúde física e mental. Mais grave ainda: na segunda-feira realizará o ato máximo do “entreguismo”, leiloando o importantíssimo campo de Libra.
Como sabe que a resistência é total, em todos os setores, e como a repulsa, o protesto e a indignação contra a indignidade será total, chamou o Exército. Para proteger o campo que é a grande esperança do nosso futuro? Não, para proteger a doação criminosa, o roubo das nossas reservas.
OS GENERAIS DA COMPLACÊNCIA
Os generais deviam dizer não, afinal já têm um passado bastante negativo. Está na hora da tentativa de reabilitação. Bastava perguntar: por que Dona Dilma e Dona Graça ficarão de longe, assistindo a degradação da nossa esperança? Hoje é sexta, o leilão será segunda, ainda há tempo. Para resistirem e não se voltarem contra o povo. Sempre o grande prejudicado.
GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
Tremenda confusão, e volatilidade de candidatos. A cada dia aparece mais um. Mas os que lideram desde antes, lideram até agora: Lindbergh e Garotinho. Venho dizendo isso há meses, não havia nem surgido o “Fora, Cabral”, que não dá sinais de enfraquecimento.
Apesar de cabralzinho fazer força para virar ministro, o que não acontecerá, por falta de coragem de Dona Dilma. A coragem dela se esgotou com a doação criminosa do campo de Libra. Até Picciani dá palpite na sucessão. Isso mesmo: esse Picciani é acusado de exploração de trabalho escravo.
NEWTON CARDOSO, INTOCÁVEL
Está protestando, publicamente, pelo fato de ser revistado em aeroportos. Quer passar sem que ninguém o toque. Há anos, suas contas bancárias, aqui e no exterior, ganham a mesma liberdade e liberalidade de não serem revistadas nem investigadas.
Na Copa do Mundo de 1998, na França, um amigo me mostrou um edifício luxuoso (em frente ao famoso Bar des Théâtres) e disse: “Quem tem apartamento aqui é o Newton Cardoso”. Contei tudo na Tribuna impressa. Logo depois, se separava, a mulher acusava: “Sua fortuna é no mínimo de 3 bilhões”. Fizeram volumoso acordo, ela nunca mais se lembrou de nada.
Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...