No mesmo inquérito que condenou petistas, Globo foi arrolada. Por que nem foi processada? Só Fraude explica


Em destaque, a Globopar, a mesma dos processos bilionários com a Receita


O inquérito 2245 do Ministério Público Federal, enviado ao relator ministro Joaquim Barbosa pelo então procurador-geral da República Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, com denúncias sobre o chamado mensalão do PT, incluía entre os que teriam praticado malfeitos junto ao Banco Rural, outras empresas e pessoas [página 90 e imagem reproduzida acima], incluindo a Globo Comunicações e Participações, a Globopar dos processos bilionários com a Receita:

A vistoria realizada pelo Banco Central no Banco Rural demonstrou que essa instituição financeira estava envolvida em uma série de operações ilegítimas, contabilizadas de forma a mascarar a verdadeira natureza da operação, encobrindo a prática de operações vedadas e também de lavagem de dinheiro resultante de crimes contra o sistema financeiro nacional.

Além das operações ilícitas desenvolvidas com as empresas SMP&B e Graffiti, e com o Partido dos Trabalhadores, acima narradas, o PT 0501301503 também revela outras situações caracterizadoras de práticas fraudulentas envolvendo, principalmente, operações com as seguintes pessoas físicas e jurídicas:

- Moinho de Trigo Santo André S/A;
- Banktrade Agrícola Imp. Exp.;
- Tupy Fundições Ltda.;
- Globo Comunicações e Participações;
- ARG Ltda.;
Ministro Barbosa, por que a Excia que relatou o caso não incluiu a Globo no processo?

Para baixar a íntegra do processo 2245, clique aqui.


Madame Flaubert, de Antonio Mello

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Para Kátia Abreu não existe trabalho escravo no agronegócio, mas 'agricultores de boa-fé' que desconhecem legislação trabalhista




Numa entrevista à Folha e ao UOL, comandada pelo jornalista Fernando Rodrigues, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) disse que há muito preconceito contra o agronegócio no Brasil. Um dos maiores, segundo ela, é aquele que diz que o agronegócio se utiliza muitas vezes de trabalho escravo.

Agora, daí a dizer que no Brasil existem escravocratas, que fazem de má-fé, não, poderá ter alguma coisa isolada, que nós não representamos, que nós não defendemos e que nós nos recusamos a estar próximo a essas pessoas. Nós defendemos pessoas de boa-fé, que ainda podem desconhecer a lei, o equívoco e, principalmente, estarem em uma fronteira do País onde se quer tem as mesmas condições de conforto e de viabilidade até para o próprio patrão. [Fonte]

Essa declaração da senadora me fez recordar de uma entrevista com um policial aqui do Rio de Janeiro, Mariel Mariscot, se não me falha a memória ao Pasquim, onde ele, perguntado sobre quantas pessoas teria matado disse: "Eu não mato ninguém. Eu só faço o furo. Quem mata é Deus".

Confira no vídeo abaixo o que esses "agricultores de boa-fé" fazem com seus trabalhadores.




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Presente e futuro




Por Janio de Freitas*

Visão política é a capacidade de olhar para o momento presente e, em vez dele, ver o futuro.

Tudo indica que Marina Silva e Eduardo Campos voltaram os olhos para o futuro e viram apenas um momento do presente.

Em um só lance, os dois plantaram fartos problemas para sua adaptação mútua, em meio a igual dificuldade de seus grupos. Políticos costumam ter flexibilidade circense, mas não é o caso, por certo. Bem ao contrário.

Nem mesmo o pessoal do PSB cita o nome do partido por inteiro, há muito tempo: fazê-lo exigiria mencionar a palavra "Socialista". O que se sabe das ideias do próprio Eduardo Campos não é muito mais do que se sabe de Marina Silva. Em relação aos dois sabe-se, porém, o suficiente para perceber a inconciliação quase completa. Não cabe mais dizer que o PSB seja partido "de esquerda", nem se pode dizer isso de Eduardo Campos. Mas conservadores, o partido e seu presidente não são, nem podem sê-lo, por exigência da ambição eleitoral que expõem.

Marina Silva tem mais de esfinge que de política (sem alusão a certa semelhança de traços básicos). Se não há clareza de como a ex-candidata à Presidência pensa o país e seus problemas, ao menos se dispõe de uma percepção básica, na medida em que uma dedicação religiosa intensa exprime uma concepção bastante mais ampla. E ao deixar o catolicismo para tornar-se evangélica dedicada, Marina Silva integrou-se a uma corrente de notório conservadorismo. Demonstrado, inclusive, em extensão política, nas posições e atos de sua bancada no Congresso, com frequentes referências nos meios de comunicação.

Imaginar que tamanha diferença, digamos, conceitual caminhe para a conciliação, em nome de conveniências políticas imediatistas, exige esquecer o início da questão: as conveniências políticas dos dois são as mesmas e concorrentes entre si. Sustentadas, de uma parte e de outra, em graus equivalentes de pretensão e mal contido autoritarismo.

Com este pano de fundo, veremos o que se passará diante das posições de ambos invertidas na chapa do PSB em comparação com as pesquisas. Os seguidores de Marina nem esperam por próximas pesquisas, já entregues à campanha pela cabeça da chapa. As simpatias dos dois grupos vão mostrar o que são, de fato, quando se derem as verdadeiras discussões sobre liderança, temas de campanha, respostas às cobranças do eleitorado, a batalha.

A história das eleições, mesmo a recente, já legou exemplos suficientes de que acordos, garantias, alianças e comunhões são passíveis de também desmanchar-se no ar. É só bater um ventinho mais conveniente para um dos lados. Eduardo Campos sabe disso, o que significa que o festejado entendimento com Marina representa, para ele, múltiplos riscos. Entre os quais, até o desgaste político decorrente da simples dificuldade de convivência, descoberta agora por vários (ex-)entusiastas da Rede Sustentabilidade.

Marina Silva, ao passar de uma posição de liderança para a duvidosa inserção em partido alheio e com líder-candidato definido, na melhor hipótese fez uma jogada no escuro sob a luz do dia. Ao menos terá tempo para sair pelo país explicando ao seu eleitorado o que quer dizer sustentabilidade, um nome de partido à altura da incompetência com que foi tratado por seus sustentadores.

*Janio de Freitas (foto) e jornalista.

(Publicado originalmente no site do jornal FSP)

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Hasta Siempre, Comandante!



*Hasta Siempre - de  Carlos Puebla - canta: Joan Baez

Aprendimos a quererte
Desde la histórica altura
Donde el sol de tu bravura
Le puso un cerco a la muerte.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Tu mano gloriosa y fuerte
Sobre la historia dispara
Cuando todo santa clara
Se despierta para verte.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Vienes quemando la brisa
Con soles de primavera
Para plantar la bandera
Con la luz de tu sonrisa.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Tu amor revolucionario
Te conduce a nueva empresa
Donde esperan la firmeza
De tu brazo libertario.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Seguiremos adelante
Como junto a ti seguimos
Y con Fidel te decimos:
Hasta siempre comandante.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
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Se Paulo Coelho só conhece 20 da lista de 70 autores convidados a Frankfurt, o problema é da lista ou dele? Confira a lista




Paulo Coelho disse que decidiu não ir à Feira de Livros de Frankfurt, em que o Brasil é homenageado, porque "dos 70 escritores convidados, eu conheço apenas 20, então os outros 50 nunca ouvi falar. Presumo que sejam amigos de amigos de amigos. Nepotismo. O que me incomoda mais: EXISTE uma nova e excitante cena literária brasileira. Mas a maioria desses jovens autores não está nessa lista. (...) Então, por protesto, eu DECIDI não ir mais para Frankfurt" [Fonte].

A seguir, a lista dos autores:

Adélia Prado (Minas Gerais)
Adriana Lisboa (Rio de Janeiro)
Affonso Romano de Sant’Anna (Minas Gerais)
Age de Carvalho (Pará)
Alice Ruiz (Paraná)
Ana Maria Machado (Rio de Janeiro)
Ana Miranda (Ceará)
André Sant’Anna (Minas Gerais)
Andrea del Fuego (São Paulo)
Angela Lago (Minas Gerais)
Antonio Carlos Viana (Sergipe)
Beatriz Bracher (São Paulo)
Bernardo Ajzenberg (São Paulo)
Bernardo Carvalho (Rio de Janeiro)
Carlos Heitor Cony (Rio de Janeiro)
Carola Saavedra (Rio de Janeiro)
Chacal (Rio de Janeiro)
Cíntia Moscovich (Rio Grande do Sul)
Cristovão Tezza (Santa Catarina)
Daniel Galera (Rio Grande do Sul)
Daniel Munduruku (Pará)
Eva Furnari (São Paulo)
Fábio Moon e Gabriel Bá (São Paulo)
Fernando Gonsales (São Paulo)
Fernando Morais (Minas Gerais)
Fernando Vilela (São Paulo)
Ferréz (São Paulo)
Flora Süssekind (Rio de Janeiro)
Francisco Alvim (Minas Gerais)
Ignácio de Loyola Brandão (São Paulo)
João Almino (Rio Grande do Norte)
João Gilberto Noll (Rio Grande do Sul)
João Ubaldo Ribeiro (Bahia)
Joca Reiners Terron (Mato Grosso)
José Miguel Wisnik (São Paulo)
José Murilo de Carvalho (Minas Gerais)
Laurentino Gomes (Paraná)
Lelis (Minas Gerais)
Lilia Moritz Schwarcz (São Paulo)
Lourenço Mutarelli (São Paulo)
Luiz Costa Lima (Maranhão)
Luiz Ruffato (Minas Gerais)
Manuela Carneiro da Cunha (Portugal – São Paulo)
Marçal Aquino (São Paulo)
Marcelino Freire (Pernambuco)
Maria Esther Maciel (Minas Gerais)
Maria Rita Kehl (São Paulo)
Marina Colasanti (Rio de Janeiro)
Mauricio de Sousa (São Paulo)
Michel Laub (Rio Grande do Sul)
Miguel Nicolelis (São Paulo)
Nélida Piñón (Rio de Janeiro)
Nicolas Behr (Mato Grosso)
Nuno Ramos (São Paulo)
Patricia Melo (São Paulo)
Paulo Coelho (Rio de Janeiro)
Paulo Henriques Britto (Rio de Janeiro)
Paulo Lins (Rio de Janeiro)
Pedro Bandeira (São Paulo)
Roger Mello (Distrito Federal – Brasília)
Ronaldo Correia de Brito (Ceará)
Ruth Rocha (São Paulo)
Ruy Castro (Minas Gerais)
Sérgio Sant’Anna (Rio de Janeiro)
Silviano Santiago (Minas Gerais)
Teixeira Coelho (São Paulo)
Veronica Stigger (Rio Grande do Sul)
Walnice Nogueira Galvão (São Paulo)
Ziraldo (Minas Gerais)
E,você, leitor, o que acha? O problema da falta de representatividade é do MinC ou das leituras de Paulo Coelho? Quantos desses autores você conhece?


Madame Flaubert, de Antonio Mello

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