Torturador da ditadura era segurança do bicheiro que comprou cobertura de Roberto Marinho. Ih, vão se desculpar de novo?



Já publiquei aqui que o triplex da Avenida Atlântica (a rua da praia de Copacabana - para os que não conhecem o Rio), onde Roberto Marinho comemorava seus réveillons, foi vendido para o banqueiro de bicho Aniz Abraão David (na imagem acima, ironizado pelo Jornal Extra, das Organizações Globo, em outra matéria), o poderoso chefão da Escola de Samba Beija Flor.

Por si só, essa venda demonstra a hipocrisia das Organizações Globo, que faz pose de defensora da moral e dos bons costumes por um lado, enquanto sonega imposto e negocia com bicheiro por outro.

Mas, hoje, o jornal das Organizações denuncia que um torturador da famosa Casa da Morte da ditadura (e eles eram escolhidos a dedo) era segurança de Anísio (como o bicheiro é conhecido) e sua família.

Pois o bicheiro e o torturador frequentavam a alta sociedade do Rio, como informa a reportagem:

O círculo de amizades, que envolvia autoridades militares e pessoas da alta sociedade, aliado às vitórias no carnaval, deu à Anísio uma visibilidade que ajudou a blindar seus negócios na contravenção.

Faltou dizer que esse "círculo de amizades" inclui a família Marinho.

Fica a questão: Como separar o dinheiro sujo de sangue dos homicídios (também denunciados num antigo editorial do Globo) do usado para comprar o triplex do fundador da Rede Globo?


Madame Flaubert, de Antonio Mello

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Sérgio Cabral: Caso Amarildo só está sendo investigado 'porque nós temos uma UPP na Rocinha'. Pirou




Do governador Sérgio Cabral sobre o caso Amarildo, em O Globo:

Foi um caso triste, mas que a investigação, a punição e a ação só podem acontecer, da forma como está ocorrendo, porque nós temos uma UPP na Rocinha. [Fonte]

Governador Cabral, acorde, é o oposto: a UPP da Rocinha NÃO está solucionando o caso Amarildo. A UPP da Rocinha É A CAUSA do caso Amarildo, responsável pela tortura, morte e sumiço do corpo do pedreiro, segundo investigação da sua própria polícia.

E, por falar nisso, Cadê o Amarildo?


Madame Flaubert, de Antonio Mello

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Um único Brasil e dois projetos em disputa



Por Jeferson Miola*
Com o fim da peregrinação esotérica e “sonhática” de Marina Silva, fica provisoriamente desanuviado o cenário eleitoral de 2014.

Como vem acontecendo em todas as eleições presidenciais desde o fim da ditadura militar, em 2014 o povo brasileiro novamente elegerá uma opção entre dois projetos e duas visões de país inteiramente distintas entre si. Será outra vez uma polarização sem matizes, sem relativismos, sem “terceiras-vias” e sem subterfúgios. Uma confrontação, enfim, de duas perspectivas frontalmente diferentes para o Brasil.

Como em todas as seis eleições passadas, o PT constituirá um dos dois polos em disputa. Em 1989, Lula disputou palmo a palmo com Collor, somente sendo derrotado por um golpe sujo da Rede Globo. Nas eleições seguintes, o PT polarizou a disputa da Presidência com Lula [em 1994, 1998, 2002 e 2006] e com Dilma, em 2010. Venceu em três ocasiões e perdeu em duas.

Do outro lado da polarização, o PSDB e o condomínio reacionário por ele dirigido. Esse partido, com uma plumagem falsamente moderna e socialdemocrata, capitaneou o conservadorismo neoliberal com forte tom reacionário, racista e baseado nas oligarquias regionais daquele Brasil da Casa Grande e da Senzala. Venceu duas e perdeu três.

Com a decisão de Marina de unir-se ao PSB, as eleições de 2014 terão três candidaturas com potencial de disputa [além de outras periféricas]: Dilma, Aécio Neves e Eduardo Campos. Embora sejam três candidaturas principais, a disputa se dará, porém, somente em torno a dois projetos e a duas perspectivas antagônicas para o Brasil.

A pantomima de ingresso de Marina e outros “sonháticos” no PSB [com hino cantado e bandeira nacional ao fundo do palco] não deixa dúvidas sobre o objetivo da decisão: “acabar com a hegemonia e o chavismo do PT no governo” [Jornal O Globo de 06/10/2013].

Nos discursos dela e do Eduardo Campos, abundaram referências contra o que consideram “a velha política”, a “velha República” e outras baboseiras do gênero. Na pantomima, Marina e Eduardo destacaram a importância de conhecidos personagens: Gilmar Mendes, o líder do PSDB no TSF, e Pedro Simon, o “grande brasileiro”, aquele seletivo cobrador de pênaltis sem goleiro, que se notabiliza por escolher a corrupção que pretende combater – normalmente a dos inimigos.

Soa como ironia a manifestação moralista e religiosa de Marina, que ganhou projeção nacional e mundial como petista e Ministra da “velha república” de Lula até 2009. E é irônico para o PSB, partido que consolidou sua construção no governo do PT da “velha política” até poucos dias, e que hoje conta nos seus quadros com oligarcas do que passaram a considerar a “Nova República”, como a família Bornhausen [os racistas que propugnaram o fim da “raça dos petistas”] e o “moderno” Heráclito Fortes. A lista de “novos”, “puros” e “superiores”, em nome do pragmatismo, seguramente deve ser ainda maior e não deverá surpreender.

No instante imediato, o gesto de Marina poderá fortalecer Eduardo Campos - a mídia já está produzindo uma narrativa conveniente. Mas, ao mesmo tempo, complica a vida de Aécio, que corre o risco da estagnação.

Até agora, a principal beneficiária desse jogo é Dilma, por uma razão muito simples. Em 2010 Marina foi creditada com 19 milhões de votos, teoricamente de oposição ao PT, mesmo que se considere aquela votação como produto de uma tremenda maquinação da mídia para assegurar o segundo turno eleitoral entre Dilma e Serra.

Com a retirada de Marina das eleições, os 19 milhões de votos, se existissem, ficariam “órfãos”, por outra simples razão: somente tem voto o candidato a Presidente. Candidato a Vice-Presidente não tem voto, ainda que possa oferecer base parlamentar e tempo de televisão para uma aliança eleitoral, o que também não é o caso de Marina, que não tem partido constituído.

As dificuldades se assomam do lado das candidaturas conservadoras de Eduardo Campos/Marina e de Aécio Neves/DEM.

Para se credenciar ao segundo turno contra Dilma, Eduardo será obrigado a flertar ainda mais à direita para tirar votos de Aécio. Terá de fazer mais que simplesmente atrair a famiglia Bornhausen, Heráclito Fortes e se coligar com Ana Amélia no RS e com outros 20 tucanos nos estados. Ele terá de recitar o receituário neoliberal da ortodoxia econômica para saciar os desejos do capital financeiro. E parece estar disposto a isso, ainda que não saiba se isso será remédio ou veneno.

Aécio, por outra parte, tem de demonstrar ser maior que sua sombra Serra, o que passará a ser uma contingência complexa nos próximos meses.

A situação é de dificuldades maiores para a oposição de direita. Nos próximos meses saberemos se Eduardo será Marina ou se Aécio será José Serra. Os atuais titulares da disputa pela oposição, se não demonstrarem viabilidade, poderão ser substituídos por seus suplentes. Tudo em nome do anti-petismo.

Por enquanto, Dilma sai na frente, com perspectiva real de vitória no primeiro turno.


(*) Jeferson Miola (foto)  é analista político.

Via http://cartamaior.com.br

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Enquanto capa da Época (da Globo) destaca galinha pintadinha, capa da É PORCA (do Blog) é dos tucanos ladrõezinhos



Agora, dê uma olhada na capa descarada da revista Época, que não dá destaque algum ao escândalo do meio bilhão de reais desviados dos cofres públicos de SP pelos governos tucanos. Esconde os tucanos ladrõezinhos e vai de galinha pintadinha.

Época não nega que é um veículo das Organizações Globo, sempre na contramão do Brasil, ao longo da história. Cotas, ProUni, Getúlio, Lula...


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Moradora sobre médicos cubanos no interiorzão do Ceará: 'Meu Deus, isso é muito bom, nunca imaginei que pudesse acontecer'

Os médicos cubanos, inscritos na primeira etapa do programa Mais Médicos do Ministério da Saúde, chegaram a 11 cidades do Interior do Ceará levando consultas de atenção básica à população de áreas isoladas na zona rural. Em menos de 15 dias, os profissionais conquistaram a confiança e o reconhecimento dos moradores que vivem em localidades onde nunca havia atendimento médico ambulatorial regular.

(...) Dedicado, atencioso e com 20 anos de experiência em atenção básica de saúde em Cuba e na Venezuela, Ivan Rodriguez recebe avaliação positiva dos moradores. "Aqui nunca veio um médico e construíram esse posto há cinco anos, mas só tinha profissional de Enfermagem", disse o agricultor Valdemar Felipe de Souza.

(...) No início da tarde desta quinta-feira, Ivan Rodriguez fez duas visitas domiciliares. É a quinta em apenas uma semana. "Aqui na comunidade nunca trabalhou um médico e imagina vir um aqui na minha casa. Meu Deus, isso é muito bom, nunca imaginei que isso pudesse acontecer", disse a aposentada, Francisca Moreira de Carvalho que foi consultado no alpendre de casa. Diariamente, os médicos cubanos percorrem centenas de quilômetros entre a sede do município e a UBS. Chegam por volta das 9 horas e só saem às 17 horas. Não há limite de consultas. "Nós cubanos somos prestativos e viemos aqui para trabalhar, para atender as pessoas pobres, que necessitam dos nossos serviços", disse Ivan Rodriguez. Esses profissionais deixaram família, mulher e filhos, em Cuba, e vieram ser solidários ao povo brasileiro. [Leia íntegra aqui]

Sobre este polêmico (para os médicos brazucas) tema, publiquei aqui Por que prefiro ser tratado por médicos brasileiros. Ou não:

Eu prefiro ser tratado por médicos brasileiros, embora 54,5%  dos 2400 formandos que fizeram a prova do Conselho Regional de Medicina de SP não atingiram a nota mínima. O pior é que os erros se concentraram em áreas básicas. Mesmo assim vão poder exercer a profissão e atender aos infelizes que caírem em suas reprovadas mãos. Mas eu não moro em São Paulo.

Prefiro médicos brasileiros, porque eles são coisa nossa. Por exemplo, a gente liga pra marcar consulta e a telefonista do doutor pergunta: - é particular ou plano? Se for plano, empurram sua consulta lá pra frente. Particular, eles dão um jeitinho. Coisa nossa.

Prefiro médicos brasileiros, porque quando chego ao consultório, fico esperando mais de uma hora pra ser atendido. É porque eles são bonzinhos, gostam de atender a todo mundo, e sabem que ali, no calor apertado da sala de espera, sempre pode rolar uma conversa agradável sobre sintomas e padecimentos com outros médicos. E a socialização é muito importante. Sem contar que podemos adquirir informação, com a leitura daquela Veja em que Airton Senna e Adriane Galisteu ainda estão namorando. Ah, tempo bom! É coisa nossa.
(Continue lendo)



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