Ferreira Gomes e a eleição mais fraudulenta de Fortaleza

Daniele Bezerra - danielebezerra@oi.com.br
(…) O sentimento é de indignação, de estarrecimento e sede de justiça.  Muitos podem pensar que tudo isso é discurso de perdedor, de quem não tem  humildade para perder nas urnas, como dizem  aqueles que vilipendiaram o poder de escolha do cidadão,  alguns colunistas políticos que, certamente, não estiveram nas ruas para acompanhar as eleições, e ainda outros que, mesmo sendo do PT, não se deram conta da gravidade dos acontecimentos.  A questão não é perder, nem ganhar. Quantas e tantas eleições o Partido dos Trabalhadores perdeu e quantas e tantas outras venceu. Inclusive agora, no pleito da cidade de São Paulo, que  foi o exemplo mais exponencial de que mesmo à contragosto da imprensa nada imparcial deste país, o PT elegeu o seu prefeito. Além do mais, o  partido  aumentou o número  de prefeituras. Mas voltemos à questão: E Fortaleza?
Uma breve história para os deputados Artur Bruno e Zé Aírton.
Em 28 de outubro de 2012, Fortaleza foi o cenário da eleição mais fraudulenta que já presenciei.  Acordei cedo, com o coração pulando nervoso e fui fiscalizar a eleição no bairro Vila União. O que vi acontecendo, de tão escancarado, deixou-me, por vezes em dúvida: Isso pode? 
Lá presenciei o bairro sendo invadido por carros de luxo, bem cedo, guiados por homens e mulheres, patricinhas e mauricinhos com a camisa canarinha, não aquela do futebol, mas a outra, a do candidato que nos mostrava que haveria um jogo, todavia bem mais sujo do que se esperava. E assim o foi. Vi passarem mini carreatas, compra de votos, boca de urna, intimidação aos que não votavam no candidato Roberto Cláudio, e quando eu fotografava as cenas, os que assim agiam nem se acanhavam, ouvi por diversas vezes que podia fotografá-los, no mais alto tom de zombaria.
Num determinado momento conseguimos fazer o flagrante de um carro jogando material do candidato dos Ferreira Gomes em frente ao colégio que era zona eleitoral. Conseguimos trazer os únicos dois policiais que lá estavam para autuarem em flagrante o motorista do carro. E assim foi feito. Durante o caminho, perguntei aos policias aonde estava o contingente nas ruas que ninguém  via. O Cabo da polícia me informou que o Governador havia aquartelado os policias, mandando um  número bem pequeno para as ruas e àqueles que pegassem os “amarelinhos”  seriam transferidos.
Todavia, a minha maior  perplexidade não se deu nas ruas, mas na Polícia Federal, local onde passei do final da manhã às 16h30min. Vi ônibus vindo de Redenção com “amarelinhos” preso, major sendo preso por boca de urna, outras altas patentes da polícia indo soltar. Enfim, o movimento foi frenético. Lá assisti às cenas mais tristes da arrogância ferreirista.  Cid Gomes intimidando policiais que haviam feito a prisão dos “jogadores” amarelinhos e liberando-os..     Todavia, a cena mais patética e deprimente foi quando o Roberto Cláudio passou por uma moça que estava com uma blusa vermelha e estendeu-lhe a mão para cumprimentá-la, em puro tom de deboche. A moça percebendo a ironia, não deu-lhe a mão e o prefeito eleito de Fortaleza lhe disse: “Estou sendo educado! Se você fosse uma das nossas sairia daqui agora!” Saindo em seguida, junto ao governador do estado, ambos sorrindo. Neste momento fiquei imaginando quantas pessoas  estão sendo e seriam governadas por gente tão acanalhada. Que postura era aquela do  governador e do prefeito eleito?  Mas  infelizmente, naquele momento também, tive a intuição de que eles ganhariam a eleição. A pose de ambos, acompanhados de outras “autoridades”, como o Eunício Oliveira, era a de quem já sabia qual seria o resultado do pleito.
Fui para casa no final do dia e cansada dormi logo. Na manhã seguinte acordei literalmente sem voz, típico de quem engoliu um sapo! Um sapo não, um pinguim!


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Socialismo desigual


Eduardo Campos (mão levantada) possível adversário de Dilma em 2014 como candidato ou vice de Aécio Neves (PSDB)
PSB cresce Brasil afora, mas no Acre é sufocado à sombra do PT


O Partido Socialista Brasileiro (PSB) foi a legenda que mais saiu fortalecida nestas eleições municipais. O partido do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se torna a cada dia uma potência em ascensão, representando uma ameaça para os planos petistas com a reeleição de Dilma Rousseff.  Apesar de integrar a base de Dilma, Eduardo Campos mantém “namoro” às escondidas com Aécio Neves, possível candidato do PSDB à presidência em 2014.

Apesar deste bom momento no plano nacional, o PSB no Acre está sem capacidade de crescimento, sufocado pela centralização do PT. Nesta eleição o partido elegeu apenas um prefeito. Doutor Roney foi eleito em Plácido de Castro tendo o PT na chapa. Na capital o partido estava no palanque de Marcus Alexandre, e manteve seus dois vereadores na Câmara Municipal: Marcelo Jucá e Professor Roger.

Em Xapuri os socialistas decidiram encarar o PT e lançaram candidatura sola com Wagner Menezes. O partido precisou pagar o castigo de romper com o prefeito Bira Vasconcelos (PT), que perdeu a reeleição para o tucano Marcinho Miranda. A aliança PSB/PSC ficou em terceiro lugar na terra de Chico Mendes.

Na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) o partido tem apenas um deputado, Manoel Morais. Fora estes quadros o partido sofre com a falta de lideranças. Os socialistas estão acomodados na estrutura do Estado e prefeitura com a distribuição de cargos. O PSB, assim como o PCdoB, está sempre à sombra do PT, sem nenhuma capacidade de voo solo por seus cargos no governo.

A se confirmar uma possível dobradinha PSB-PSDB na disputa pela presidência, o partido ficará em situação desconfortável no Acre. Tucanos acreanos já mostraram interesse em buscar em Brasília o apoio do partido em 2014 caso Aécio Neves e Eduardo Campos oficializem o casamento. O apoio renderia minutos importantes na propaganda eleitoral do rádio e TV. Até lá, muita água ainda vai passar pelo rio Acre.      
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A sinuca americana


Os Estados Unidos advertiram o governo de Israel contra seu projeto de ataque preventivo às instalações nucleares do Irã, conforme noticiou The Guardian, em sua edição de 4ª feira. O aviso não foi das autoridades civis de Washington, e, sim, dos comandantes das tropas militares norte-americanas em operação na região do Golfo – o que, ao contrário do que se pode pensar, é ainda mais sério. O argumento dos militares é o de que esse ataque, além de não produzir os efeitos desejados – porque o Irã teria como retomar o seu programa nuclear – traria dificuldades políticas graves aos aliados ocidentais na região, sobretudo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes – de cujo abastecimento direto depende a 5ª. Frota e as bases das forças terrestres e aéreas que ali operam.

Embora as dinastias árabes pró-ocidentais temam o poderio militar do Irã, temem mais a insurreição de seus súditos, no caso de que se façam cúmplices de novo ataque a outro país muçulmano. Nunca é demais lembrar que os Estados Unidos e a Europa dependem também do petróleo que passa pelo golfo e atravessa o Canal de Suez, controlado pelo Egito.

Há, nos Estados Unidos – e, entre eles, alguns estrategistas do Pentágono – os que pensam ser hora de ver em Israel um país como os outros, sem a aura mitológica que o envolve, pelo fato de servir como lar a um povo milenarmente perseguido e trucidado pela brutalidade do nacional-socialismo. Uma coisa é o povo – e todos os povos têm, em sua história, tempos de sacrifício e de heroísmo, embora poucos com tanta intensidade quanto o judeu e, hoje, o palestino – e outra o Estado, com as elites e os interesses que o controlam.

Nenhum outro governo – nem mesmo o dos Estados Unidos – são tão dominados pelos seus militares quanto o de Israel. Eminente pensador judeu resumiu o problema com a frase forte: todos os estados têm um exército; em Israel é o exército que tem um Estado.

O Pentágono acredita que uma guerra total contra o Irã seria apoiada pelos seus aliados da região, mas os observadores europeus mais sensatos não compartilham o mesmo otimismo. A ofensiva diplomática de Israel na Europa, em busca de apoio para - em seguida às eleições norte-americanas - uma ação imediata contra Teerã, não tem surtido efeito. Londres avisou que não só é contrária a qualquer ação armada, mas, também, se nega a permitir o uso das ilhas de Diego Garcia e Ascenção (cedidas pela Inglaterra para as bases ianques no Oceano Índico), como plataforma para qualquer hostilidade contra o país muçulmano.

Negativa da mesma natureza foi feita pela França, que, conforme disse François Hollande a Netanyahu, não participará, nem apoiará, qualquer iniciativa nesse sentido. É possível, embora não muito provável, que Israel conte com Ângela Merkel. Israel tem esperança na vitória de Romney, e a comunidade israelita dos Estados Unidos se encontra dividida. Os banqueiros e grandes industriais de armamento, de origem judaica, trabalham com afã para a derrota de Obama. E há o temor de que, no caso da vitória republicana, os israelitas venham a aproveitar o esvaziamento do poder democrata para o ataque planejado.

Além disso, Netanyahu não tem o apoio unânime entre os militares de seu país para esse projeto. Amy Ayalon, antigo comandante da Marinha, e dos serviços internos de segurança, o Shin Bet, disse que Israel não pode negar a nova realidade nos países islâmicos: “Nós vivemos – avisa – em novo Meio Oriente, onde as ruas se fortalecem e os governantes se debilitam”. E vai ao problema fundamental: se Israel quer a ajuda dos governos pragmáticos da região, terá que encontrar uma saída para a questão palestina. É esta também a opinião, embora não manifestada com clareza, do governo de Obama, de altos chefes militares americanos, e dos círculos mais sensatos da comunidade judaica naquele país.

O fato é que os Estados Unidos se encontram em uma situação complicada. Eles não têm condições militares objetivas para entrar em nova guerra na região, sem resolver antes o problema do Iraque e do Afeganistão. Seus pensadores mais lúcidos sabem que invadir o Irã poderá significar a Terceira Guerra Mundial, com o envolvimento do Paquistão no conflito e, em movimento posterior, da China e da Rússia. Washington, na defesa de seus interesses geopolíticos, deu autonomia demasiada a Israel, armando seu exército e o ajudando a desenvolver armas atômicas. Já não conseguem controlar Tel-Aviv.

Estarão dispostos, mesmo com o insensato Romney, a partir para uma terceira guerra mundial? No tabuleiro de xadrez, se trata de “xeque ao Rei”; na mesa de bilhar, de sinuca de bico.
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J. CAMARGO É O MAIOR PERDEDOR NESSA ELEIÇÃO??

A oposição em Colombo, liderada pela candidata eleita Beti Pavin, ligada ao governador do estado Beto Richa (PSDB) poderá assumir a prefeitura de Colombo pela primeira vez na história de Colombo por decisão da justiça, segundo Beti Pavin, ela luta na justiça contra grupos poderosos que tentam barrar a sua posse em janeiro de 2013.
Essa foi uma campanha marcada por apelações e embargos judiciais e mesmo após a eleição a briga na justiça tem novos capítulos a cada dia, porém não são divulgados.
O grupo da situação do atual prefeito J. Camargo, usou e abusou durante a campanha de uma linha dura no discursos e nos ataques contra a candidata do PSDB, buscando uma maneira fácil de eleger o  sucessor, mas perdeu espaço por não saber identificar o melhor candidato.
Percebamos, por exemplo, que o prefeito abriu mão de sua imagem já um tanto desgastada, aliás incorporou o foco querendo levar ao eleitor “a contradição” da combatividade no trato da boa politica, mas hoje se obriga a abrigar a cumplicidade com a perda da eleição. 
Durante a campanha esse blog procurou respeitar o candidato Zé Vicente e seu Vice Helder Lazarotto, pois o povo era contra a administração do atual prefeito e não aos candidatos a  prefeito, porém isso não valeu para a maioria dos vereadores de sua base que não conseguiram a reeleição, de um grupo de 10 aliados, apenas  3 escaparam da "capação" e voltam em 2013.


"A rigor, o papel da Oposição quando assumir é mesmo fuçar, contestar quem está o poder, até porque a inexistência desse componente significaria não querer dar o troco político. Tomemos por base a questão dos gastos públicos, das tarifas, investimentos, e algumas resposta que o povo não teve direito ao acesso das  informações". 

Espero que agora no poder, o discurso oposicionista seja verdadeiro, mesmo porque a vitória de Beti é fruto de um  amplo e representativo apoio da sociedade. Tal situação “deixada pelo atual prefeito no trato com a cidade, caiu como uma luva” nas mãos da oposição, podendo agora avançar nas políticas em favor da sociedade. 
"“Voltar atrás foi a solução encontrada pelos eleitores Colombense". Pois bem, no decorrer dos dias que vamos estar em recesso nesse blog, vamos analisar muitos os aspectos da política e criticas dos vários candidatos.
Antes vamos deixar uma pergunta no ar: O maior perdedor nessa eleição foi o atual prefeito J. Camargo ??.
Jota não poderia mais ser reeleito !!, já a performance do seu candidato Zé Vicente e Helder reproduz a situação que vive a cidade!!  O que dizem os vereadores  derrotados e os partidos aliados da  base do prefeito??
A verdade é que o povo mais uma vez reeditou uma grande vitória obtidas em lutas históricas adicionadas de experiências bem sucedidas.
"O que diria o único e respeitado  comentarista político de Colombo, Helio Costa".






"Trocando em miúdos, o tom do discursos e os ataques foi um tiro no pé... Logo, serviu para estourar mais uma grave crise envolvendo o grupo da situação em caso de uma segunda eleição".

QUEM VIVER VERÁ !!!


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