“LEY DE MEDIOS” NO BRASIL? GLOBO FAZ POLITICA, diz Marco Aurelio, assessor de Dilma

Marco Aurélio Garcia

Do “247”, no "Viomundo"

“No momento em que a “Globo” se mostra receosa em relação a uma eventual proposta para democratizar a comunicação, Marco Aurélio Garcia a acusa de partidarismo. “Quando você tem uma emissora que dedica 19 minutos do seu principal noticiário para fazer um resumo do mensalão às vésperas do segundo turno … não é uma questão que passa batido para nós”; comandada por Ali Kamel, emissora diz que “só faz jornalismo”...

A “Rede Globo”, assim como os principais meios de comunicação do País, estão unidos contra uma eventual proposta que parta do governo para democratizar os meios de comunicação, a exemplo do que ocorreu com a “Ley de Medios” argentina, que entra em vigor em 7 de dezembro. “Globo”, “Abril”, “Folha” e “Estado” já dedicaram reportagens contra o que acusam ser um golpe contra a democracia.

Nesse contexto, o assessor para Assuntos Internacionais da presidência da República, Marco Aurélio Garcia, entrou no debate. E acusou a “Globo” de agir de forma partidária.

Leia na coluna de Mônica Bergamo, da “Folha”:

CLIMA

“Marco Aurélio Garcia, assessor de assuntos internacionais do governo Dilma Rousseff, é direto ao criticar a mídia no julgamento do mensalão: “É isso: eu estou falando da TV Globo”, disse ele em entrevista à rádio “BandNews FM” no domingo das eleições. “Houve, concretamente, uma tomada de posição por parte de analistas”, o que, segundo ele, vai além dos limites de órgãos de concessão pública. “Vamos ser claros: não estou me referindo a jornais, mas a órgãos de concessão pública.”

CLIMA 2

Garcia referiu-se ao resumo que o “Jornal Nacional” fez do mensalão no dia 23 de outubro, quando mais da metade de seus 32 minutos foi dedicada a um balanço do julgamento. “Quando você tem uma emissora que dedica 19 minutos do seu principal noticiário para fazer um resumo do mensalão às vésperas do segundo turno (…) Não é uma questão que passa batido para nós.”

CLIMA 3

Procurada pela coluna, a TV Globo diz que “não tem lado e só fez jornalismo”.

FONTE: do blog “247”; transcrito no portal “Viomundo”  (http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/globo-faz-politica-diz-assessor-de-dilma.html). [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
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O PASSADO DE CELSO DE MELLO

Celso de Mello e Saulo Ramos, Ministro da Justiça no governo Sarney

UM DECANO EM IV ATOS: “HISTÓRIAS SUPREMAS”

Por Igor Felippe, colunista do blog “Escrevinhador”

ATO I: O VOTO

“Chamou a atenção a virulência empregada pelo decano do STF, ministro Celso de Mello, para condenar o denominado núcleo político da "Ação Penal 470", o chamado "Mensalão".

O rigor – ou a insensatez ? – do decano do STF levou o jornalista Luis Nassif a afirmar:

Nada se equipara à irresponsabilidade institucional do ministro Celso de Mello”.

Vejam algumas frases vociferadas pelo safo ministro – safo no sentido usado pelo ministro Marco Aurélio de Mello quando se refere ao ex-presidente Lula:

“Esses delinquentes ultrajaram a República. É o maior escândalo da história”.
“Nunca presenciei caso em que o crime de quadrilha se apresentasse, em meu juízo, tão nitidamente caracterizado”.
“Esta estabilidade se projeta para mais de dois anos, 30 meses. Eu nunca vi algo tão claro”.
“Vítimas, senhor presidente, somos todos nós, ao lado do Estado. Vítimas de organizações criminosas que se reúnem em bandos”.
“O que eu vejo nesse processo são homens que desconhecem a República” – “o objetivo dos acusados era dominar o sistema político brasileiro, de forma “inconstitucional”.
“Os fins não justificam a adoção de quaisquer meios, especialmente quando tais meios se apresentam em conflito extensivo com a Constituição e as leis da República”.
“Estamos a condenar não atores políticos, mas protagonistas de sórdidas artimanhas criminosas”.

Para que se exista "quadrilha", afirma o decano, “basta que seja uma associação permanente, de trabalho comum, combinado”.

Celso de Mello ainda comparou um partido político, o PT, que governa o país desde 2003, às organizações criminosas do Comando Vermelho (CV) e do Primeiro Comando da Capital (PCC).

ATO II: O PASSADO RECENTE

Houve uma verdadeira orgia na distribuição de concessões públicas de emissoras de rádio e TV durante o governo Sarney (1985-89) – o ministro das Comunicações era Antonio Carlos Magalhães, que tinha na Secretaria-Geral Rômulo Villar Furtado, homem de confiança da “Globo” no cargo desde 1974.

O coletivo “Intervozes”, no documento “Concessões de Rádio e TV: onde a democracia ainda não chegou”, publicado em novembro de 2007, afirmou:

Em três anos e meio – de 15/03/85 a 5/10/88 -, Sarney distribuiu 1.028 outorgas, sendo 25% delas no mês de setembro de 1988, que antecedeu a promulgação da Constituição”.

O objetivo da orgia é esclarecido no próprio documento: “Com raras exceções, os beneficiados foram parlamentares que receberam as outorgas em troca de apoio político a projetos de Sarney, especialmente para a extensão do mandato do presidente para cinco anos” (grifos meus).

A FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), em 1 março de 1988 – portanto antes da promulgação da Constituição Federal - já denunciava: “há evidente vinculação entre o aumento do número de outorgas e a criação do “centrão”. E, mais recentemente, com a compra de votos de Constituintes pelo Executivo, que a imprensa atualiza diariamente com novas denúncias” – grifos meus .

ATO III: ONDE ESTAVA CELSO DE MELLO NESSE PERÍODO?

No início do governo Sarney, Celso de Mello era secretário de Saulo Ramos na Consultoria-Geral da República. Depois, quando Saulo Ramos se tornou ministro da Justiça daquele governo, Celso de Mello continuou sendo seu principal assessor.

Celso era o grande filtro técnico, o especialista capaz de dar vestimenta técnica às teses mais esdrúxulas de Saulo. (…) E, como recompensa, ganhou a indicação para Ministro do STF”, escreveu Nassif.

Parenteses: por que será que, na página do decano no site da Wikipédia, é ignorado que Celso de Mello prestou serviços ao governo Sarney? Lá consta: “Celso de Mello foi formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e membro do Ministério Público do Estado de São Paulo desde 1970 até ser nomeado para a Suprema Corte”. Seria um “esqueçam o que eu fiz”, assemelhado ao “esqueçam o que escrevi”?

ATO IV: E AGORA, DECANO?

Compra de votos dos constituintes?

Formação de uma base parlamentares de apoio ao governo Sarney, chamada de “centrão”?

Uso das concessões de rádios e TV em troca de apoio aos projetos do governo?

Obtenção de um mandato presidencial de cinco anos, depois de ter sido eleito para o exercício de quatro anos? Nesse episódio, quem estava ao lado do Estado? Quais foram as vítimas desse conluio?

Por que os políticos protagonistas dessa sórdida artimanha criminosa não foram denunciados e punidos? Onde estão os “delinquentes que ultrajaram a República” durante o processo constituinte?

Senhor decano, data vênia, faço uso de suas palavras: “Nunca presenciei caso em que o crime de quadrilha se apresentasse, em meu juízo, tão nitidamente caracterizado”.

Resta apenas uma dúvida: senhor ministro, o seu voto hoje endereçado ao PT já estava escrito em 1988?

FONTE: escrito por Igor Felippe, colunista do blog “Escrevinhador”. O autor é jornalista, editor da “Página do MST”, pertence ao conselho político do jornal “Brasil de Fato” e ao conselho do “Centro de Estudos Barão de Itararé”. Artigo postado no blog “Escrivinhador”  (http://www.rodrigovianna.com.br/colunas/em-campo/o-decano-em-iv-atos.html). [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
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DESNACIONALIZAÇÃO E REVOLUÇÃO

Por Adriano Benayon


“Desde há séculos, o Brasil carece de governo autônomo, capaz de promover o progresso econômico e social. A independência proclamada em 1822 não se traduziu em autonomia real, pois o País atravessou o Império e os primeiros anos da República sob tutela financeira e política da Inglaterra, até o final da Primeira Guerra Mundial, e do império anglo-americano desde então.

2. Os lampejos de autonomia duraram pouco, logo apagados por intervenções da oligarquia mundial. Assim, nos anos 1840 com a “tarifa Alves Branco”, uma tentativa de viabilizar o surgimento de indústrias nacionais. Também, com os empreendimentos abrangentes do Barão de Mauá, dos anos 1850 aos 1880, e com iniciativas limitadas, como a fábrica de linhas de Delmiro Gouveia em Alagoas, 1912-1917.

3. Os avanços na redução da dependência econômica foram contidos ou anulados pela dependência política. E essa decorreu da subordinação da economia agrária e exportadora de bens primários aos interesses comerciais e industriais de potências estrangeiras.

4. Quando Getúlio Vargas promoveu maior grau de autonomia nacional - de 1934 a 1945 e de 1951 a 1953 - as potências hegemônicas - coadjuvadas pelas “classes conservadoras” locais e pela mídia venal – montaram complôs para desestabilizar e derrubar o governo.

5. Como Vargas antes, João Goulart, em 1962-1963, não se precaveu diante das maquinações imperiais, tarefa difícil em regime “democrático” no qual o poder financeiro determina o processo político.

6. Mesmo sendo escassa a proteção tarifária e a não-tarifária, e operassem no Brasil vários cartéis e grandes empresas estrangeiras, surgiram numerosas indústrias de capital nacional substituidoras de importações na segunda metade do Século XIX e na primeira do Século XX.

7. Cito quatro livros que o demonstram: Warren Dean, “A Industrialização de São Paulo” (1880-1945); Edgard Carone, “O Centro Industrial do Rio de Janeiro e sua Importante Participação na Economia Nacional” (1827-1977), ed. Cátedra, Rio 1978; Delso Renault, 1850-1939 “O Desenvolvimento da Indústria Brasileira”, SESI; Eli Diniz, “Empresário, Estado e Capitalismo no Brasil 1930-1945”, ed. Paz e Terra, SP 1978.

8. O próprio Vargas só restringiu investimentos estrangeiros em poucos setores e demorou a notar o volume das remessas de lucros ao exterior, o que está longe de ser único dos prejuízos que eles causam à economia.

9. As potências imperiais realizaram seus objetivos a partir de Café Filho, fantoche dos entreguistas civis e militares (1954). JK, eleito em 1955, pelos votos getulistas, ampliou os benefícios ao capital estrangeiro.

10. Daí, não terminou mais a escalada de desnacionalização, não obstante se terem criado estatais na área produtiva –privatizadas de forma vergonhosa a partir de 1990 [pelos governos Collor e FHC/PSDB/DEM]- tendo o Estado feito também investimentos nas infraestruturas econômica e social.

11. O poder público subsidiou as transnacionais, e esmagou empresas nacionais.

12. Resultado: em 1971, o capital estrangeiro já controlava setores importantes: mercado de capitais 40%; comércio externo 62%; serviços públicos 28%; transportes marítimos 82%; transporte aéreo externo 77%; seguros 26%; construção 40%; alimentos e bebidas 35%; fumo 93,7%; papel e celulose 33%; farmacêutica 86%; química 48%; siderurgia 17%; máquinas 59%; autopeças 62%; veículos a motor 100%; mineração 20%; alumínio 48%; vidro 90%.

13. Em 1971, o estoque de investimentos diretos estrangeiros (IDEs) não chegava a US$ 3 bilhões. Em 2011, atingiu US$ 669,5 bilhões.

14. O montante de 2011 é 40 vezes maior que o de 1971 atualizado para US$ 16, 6 bilhões. No período, o PIB, em dólares corrigidos, só se multiplicou por 6.

15. Os IDEs referem-se só às empresas com maioria de capital estrangeiro, não aos “investimentos estrangeiros em carteira” (participações no capital de empresas e aplicações em títulos públicos e privados). Esses acumularam US$ 597 bilhões até 2011. Os empréstimos, US$ 190 bilhões. A soma dá quase US$ 1,5 trilhão.

16. É fácil emitir dólares do nada e com eles comprar ativos. Mais: grande parte dos IDEs é reinvestimento de lucros, e quantia muitíssimo maior que a dos ingressos foi remetida ao exterior a título de lucros, dividendos, juros, afora os ganhos camuflados em outras contas do balanço de transações correntes. Disso, originou-se a dívida pública, fator de empobrecimento e de dependência.

17. A desnacionalização prossegue galopante. Conforme a “Pesquisa de Fusões e Aquisições” da consultoria KPMG, 247 empresas foram adquiridas por transnacionais de janeiro a setembro de 2012. Em todo o ano de 2011, haviam sido 208. De 2004 para cá, foram 1.247.

18. Em 2012, destacam-se: tecnologia da informação (33); serviços para empresas (20); empresas de internet (19); supermercados, açúcar e álcool (35); publicidade e editoras (10); alimentos, bebidas e fumo (10); mineração (9); óleo e gás (8); educação (7); shopping centers (7); imobiliário (7).

19. Ainda mais estarrecedora que a avassaladora ocupação da economia brasileira é a persistência na mentalidade de que os investimentos estrangeiros beneficiam a economia.

20. Não houve evolução, desde os anos 50 e 60, no entendimento da realidade. Continuam sendo escamoteadas as causas do enorme atraso tecnológico do País e disto tudo: pobreza, insegurança, infraestrutura lastimável, desagregação social, desaparelhamento da defesa e cessão de territórios a pretexto de proteção ao ambiente e a indígenas.

21. O impasse da economia brasileira, prestes a desembocar em dificuldades ainda maiores, sob o impacto da depressão nos países centrais, decorre das percepções errôneas, subjacentes às recomendações da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina da ONU) e à política “desenvolvimentista” de JK.

22. Estas foram as falsas premissas, ainda não atiradas ao lixo, como deveriam ter sido há muito tempo:

1) a industrialização como meta em si mesma, independentemente da composição nacional ou estrangeira e do grau de concentração do capital;
2) o capital estrangeiro tido por necessário para suprir pretensa insuficiência local de recursos.

23. As políticas decorrentes dessas ideias redundaram na desindustrialização e na descapitalização do País. Ignora-se a experiência histórica – sempre confirmada - de nunca ter existido real desenvolvimento em países nos quais predominem os investimentos estrangeiros.

24. Recorde-se que, de 1890 a 1917, ano da débâcle na guerra e da revolução, o volume de investimentos estrangeiros na Rússia foi cerca de três vezes superior ao do capital nacional.”

FONTE: escrito por Adriano Benayon, doutor em economia e autor do livro “Globalização versus Desenvolvimento”, editora Escrituras, SP. Postado por Castor Filho no blog “Redecastorphoto”  (http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2012/11/desnacionalizacao-e-revolucao.html). [Trecho entre colchetes adicionado por este bblog 'democracia&política'].
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“OPTO” – TECNOLOGIA NACIONAL NO ESPAÇO E DEFESA

“A empresa OPTO Eletrônica SA eleva a novos patamares a tecnologia nas áreas de espaço e defesa. É a principal fornecedora de optrônicos para as forças armadas brasileiras e referência no ramo na América Latina.

Sede da OPTO Eletrônica, no bairro S. Felícia, São Carlos-SP

A OPTO recebeu, no dia 22 de outubro, a visita do ministro da Defesa Celso Amorim, acompanhado de uma comitiva do Ministério e de integrantes do Comando da Aeronáutica. Os visitantes percorreram as instalações da unidade e conheceram equipamentos produzidos pela companhia nas áreas médica, aeroespacial e de defesa. “As contribuições da OPTO para a sociedade brasileira são extraordinárias”, afirmou o ministro.

ESPAÇO

Os integrantes do Ministério e oficiais foram recebidos pela alta direção da OPTO. A visita teve como objetivo conhecer o segundo modelo de vôo da câmera de imageamento para satélite MUX, que seguirá para a China e irá equipar o satélite sino-brasileiro CBERS-4.

A câmera de imageamento para satélite MUX é considerada, por especialistas independentes, como marco da engenharia nacional. Trata-se da primeira câmera no gênero inteiramente desenvolvida e produzida no País. O equipamento, feito na matriz da OPTO, em São Carlos, coloca o Brasil entre os 10 países do mundo a dominar a tecnologia de imageamento aeroespacial. De nome MUX (de multiespectral), a câmera é destinada ao monitoramento ambiental e gerenciamento de recursos naturais.

A MUX pesa mais de 120 kg e é capaz de fazer imagens com 20 metros de resolução do solo, a mais de 750 km de altitude. Desconsiderando a curvatura da Terra e as nuvens (para exemplificar), seria como se, de São Carlos/SP, fosse possível enxergar um ônibus em Brasília/DF. A faixa de largura imageada, extensão do território visto em uma linha na imagem, é de 120 km de largura.

A primeira câmera MUX foi enviada pela OPTO Eletrônica à China, em março deste ano. Ela irá equipar o satélite sino-brasileiro CBERS 3. O satélite CBERS 3 tem lançamento programado para este mês de novembro e será levado à órbita por meio do foguete chinês “Longa Marcha”.

Foram construídas versões sucessivas de protótipos, denominadas modelos de engenharia, de qualificação e de voo (modelo final) da câmera MUX. O modelo de qualificação, por exemplo, foi exaustivamente testado (como em provas extremas de choque e vibração). O objetivo da bateria de testes e ensaios foi assegurar que o projeto (e consequentemente o equipamento) suporta as cargas de lançamento e as condições de temperatura, radiação e vácuo no espaço, além de verificar se ele atende aos requisitos de envelhecimento e compatibilidade eletromagnética com os outros sistemas do satélite, mantendo sempre o melhor desempenho funcional.

O ministro Celso Amorim demonstrou apreço pelas inovações produzidas dentro da companhia. “A contribuição da OPTO, por todas as coisas que eu vi nas aplicações médicas, na área de defesa, com o satélite de observação da Terra que nós temos em parceria com a China, são contribuições extraordinárias. O que a OPTO faz é estratégico para o País, sobretudo do ponto de vista da [área de] Defesa.”

DEFESA E SEGURANÇA PÚBLICA

Entre os equipamentos produzidos pela OPTO para a área de Defesa, estão as “Espoletas Ativas de Proximidade” dos Mísseis Ar-Ar Piranha MAA-1 (homologado desde 1998), do MAA-1B, e do Míssil Antirradiação MAR. Esses sistemas têm a função de detectar a presença do alvo dentro do alcance da cabeça de guerra do míssil. A OPTO também desenvolveu a óptica da “Unidade de Apontamento e Guiamento” (UAG) e sistema de imagem termal (EITMSS, com uso de detectores refrigerados criogenicamente) do Míssil Solo-Solo MSS-1.2, a pedido do Exército Brasileiro.

A empresa integra, ainda, o projeto de desenvolvimento do Imageador Infravermelho (seeker) do Míssil de 5ª Geração A-Darter, competidor direto do AIM-9X (EUA), IRIS-T (Consórcio Europeu) e do ASRAAM (Inglaterra). O projeto é fruto de parceria entre o Brasil e a África do Sul. Há, ainda, o Monóculo Termal VDNX-1, considerado um dos mais leves e compactos do mundo – podendo ser acoplado a capacetes e vários armamentos –, indispensável no combate ao tráfico de drogas em regiões de fronteira, por exemplo.

A área Aeroespacial e de Defesa da OPTO conta com modernas instalações para montagem, integração de subsistemas, realização de testes ópticos de precisão, além de ampla gama de instrumentos para desenvolvimento de avaliações e validação de sistemas optoeletrônicos embarcados, que asseguram a conformidade com os padrões e protocolos mais rigorosos do setor.

Ao final da visita, o ministro recebeu uma homenagem dos funcionários da companhia, por meio de uma placa (afixada ao lado da Sala Limpa da empresa), e de uma reprodução desta em miniatura, presenteada ao ministro.”

FONTE: site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/bid/noticia/8398/OPTO-–-Tecnologia-Nacional-no-Espaco-e-Defesa). [Imagem do google acrescentada por este blog 'democracia&política']
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Guerra ao Irã: CUIDADO! OS “ESPECIALISTAS” ESTÃO CHEGANDO!

“Se você é político norte-americano, deseja começar guerra contra o Irã e também deseja ser reeleito, você tem problemas. Depois de mais uma década de guerras, pesquisas mostram [1] que, dos dois lados, entre Republicanos e Democratas, os eleitores querem menos intervenção militar em terras distantes. Contudo, também há pesquisas que mostram [2] que uma mínima maioria consideraria a ideia de apoiar uma guerra contra o Irã se se descobrisse que o país estivesse construindo armas nucleares.

Essa deve ser a explicação para ainda haver tanta gente [3] favorável a mais guerras, políticos e jornalistas, [4] que não se cansam de repetir que o país está(ria) cansado de saber que, sim, o Irã está(ria) construindo armas nucleares. E, por causa dessa martelação incansável, há pesquisas que mostram que muitos norte-americanos creem piamente que, sim, o Irã está(ria) construindo as tais armas.

Nada, contudo, mais longe da verdade. Apesar de matéria, semana passada, no “New York Times” [5] sobre a usina Fordo, no Irã, insistir ainda em criar o fantasma de um Irã nuclear, a verdade é que: (a) a Agência Internacional de Energia Atômica [6] e (b) todo o aparato de inteligência dos EUA já disseram que não há prova alguma, até agora, de que o Irã esteja construindo armas nucleares.

Mapa aerofotogramétrico de instalações nucleares do Irã

O próprio “Times” [7] informava, há alguns meses, sob a manchete “Agências da inteligência dos EUA não veem qualquer movimento na direção de o Irã construir armas nucleares”; e o jornal também informava que “avaliação feita pelas agências de espionagem dos EUA confirmam amplamente informes de 2007, segundo os quais o Irã abandonou, já, há anos, seu programa de armas nucleares”. Na sequência, o mesmo “Times” acrescentava que “essa avaliação foi amplamente reafirmada num [documento] 2010 “National Intelligence Estimate”; e permanece como avaliação consensual das 16 agências de inteligência dos EUA”.

Nos meses vindouros, na medida em que a ideia de guerra plena contra o Irã vai-se tornando mais real e mais central na política dos EUA, essas informações de inteligência provavelmente serão desmentidas. Simultaneamente, muitos começarão a perguntar-se por que os EUA estarão iniciando mais uma guerra “preventiva” no Oriente Médio, se os espiões norte-americanos são tão incompetentes e nossa inteligência tão trapalhona.

O debate, se chegar a esse ponto, conseguirá, provavelmente, corroer ainda mais o já menos que morno apoio que tem hoje a guerra com o Irã. O que nos levará de volta ao problema inicial dos políticos pró-guerra – como conseguirão continuar a defender a ideia de mais guerra?

Como já apareceu em recente entrevista com um dos principais congressistas da Comissão de Segurança Nacional, a resposta é: eles farão o diabo para convencer o país de que guerra não é guerra, recurso sempre útil quando não há argumento que ajude a promover guerra altamente impopular. É o que já se vê nesse vídeo da CNN, pouco divulgado, de entrevista com o presidente (Republicano) da Comissão de Inteligência da Câmara de Deputados Mike Rogers. [ver em 8]

Mike Rogers

Como “ThinkProgress” alerta [9], a única notícia, naquele vídeo, é que Rogers começa a introduzir na discussão geral um argumento vicioso, a saber: que bombardear o Irã nos levará “a um passo da guerra”.

Vê-se aí uma tendência perturbadora, porque esse linguajar orwelliano é assustadoramente semelhante ao usado pelo governo Obama, quando tentava convencer a nação de que a guerra da Líbia não seria guerra. Daquela vez, a palavra-golpe foi “ação militar cinética [10]; agora, passaríamos a viver “a um passo da guerra”. Mas, nos dois casos, as palavras têm o significado que têm em discursos à moda “1984” de Orwell: “guerra é paz ou, no mínimo, não é guerra-guerra-mesmo-prá valê”.

O motivo superevidente desse golpe de mão é conseguir capar completamente qualquer participação democrática, nas decisões sobre segurança nacional – um dos ideais sempre presentes entre os princípios fundantes da democracia norte-americana. Afinal de contas, se a guerra já não está classificada como guerra... o presidente fica dispensado até de fingir que precisa de autorização do Congresso – que a Constituição exige – para envolver o país em conflitos militares.

A exigência de que o Congresso autorize ou não o presidente a envolver o país em guerras foi incluída na Constituição, desde o início, especificamente para assegurar que haja, pelo menos, algum debate público, nas decisões sobre guerra e paz. Mas... se já não se fala oficialmente de “guerra”, Washington pode fazer o que dê na telha de alguém lá, sem sequer ser obrigada a perguntar se o país quer o mesmo que Washington quer."

NOTAS DE RODAPÉ

[1] 25/10/2012, Los Angeles Times, Paul Richter em: “Most Americans want less foreign involvement, polls show”
[2] Idem Nota [1]
[3] 17/9/2012, ThinkProgress, Bem Ambruster em: “Misinformation On Iran’s Nuclear Program Pervades Sunday Talk Shows”
[4] 12/10/2012, The Guardian, Glenn Greenwald em: “Martha Raddatz and the faux objectivity of journalists”
[5] 25/10/2012, New York Times, David E. Sanger e William J. Broad em: “Iran Said to Nearly Finish Nuclear Enrichment Plant”
[6] 23/3/2012, ThinkProgress, Eli Clifton em: “Reuters: U.S. Intelligence Agencies Confident That Iran Hasn’t Restarted Nuclear Weapons Program”
[7] 24/2/2012, New York Times, James Risen e Mark Mazzetti em: “U.S. Agencies See No Move by Iran to Build a Bomb”
[8] 24/10/2012, ThinkProgress, CNN vídeo a seguir:



[9] 24/10/2012, ThinkProgress, Bem Ambruster em: “GOP Rep Says Strike On Iran’s Nuclear Facilities Would Not Be An Act Of War”
[10] 24/3/2011, Político, Jonathan Allen, em: “Kinetic military action” or “war”?

FONTE: escrito por David Sirota, no “Salon”, sob o título original “War with Iran: The spin begins”. Artigo traduzido pelo “pessoal da Vila Vudu” e postado por Castor Filho no blog “Redecastorphoto”  (http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2012/10/guerra-ao-ira-cuidado-os-especialistas.html).
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