Declarações infelizes dos deputados Artur Bruno e José Airton

Escrito por Deodato Ramalho - advogado e eleito vereador de Fortaleza
Vejo agora na coluna Vertical do jornal O POVO duas declarações de dois dos nossos deputados federais Petistas, dos meus estimados amigos Artur Bruno e Zé Airton, que, se confirmadas, são um insulto ao partido, aos nossos militantes e aos postulados da democracia. O primeiro, simplificando, diminuindo os gravíssimos fatos da eleição de domingo, que, na verdade, não se resumiu a compra de votos, mas a um processo intimidatório com a utilização da força do dinheiro e da máquina pública, que mobilizou milhares de pessoas para fazer a mais escancarada, pesada e agressiva boca de urna; o segundo, coloca a história do Partido dos Trabalhadores no mesmo balaio de partidos oportunistas que, passada a eleição, adere de mala e cuia a quem ganhou. O companheiro Zé Airton deveria lembrar de 2002... Além do mais, querer o prefeito "eleito" Roberto Cláudio a adesão do PT é o mesmo que já começar muito mal com a sua base político-ideológica (não coloca como base os eleitores que votaram pela força da compra e da intimidação), declaradamente antipetista e que, com certeza, não aceitará esse primeiro golpe. Meu amigo deputado Artur Bruno a máxima "ao vencedor, as batatas" se refere a campos de batalha sem regras, sem limites. Na democracia existem regras estabelecidas, que, uma vez rompidas, pede-se a devolução das batatas. Adalberto Alencar Rafael Tomyama Elmano de Freitas Jameson Igor Vota Elmano Elmano Daniel Pagliuca Cynthia Studart Albuquerque Guilherme Sampaio Perfil Lotado Chico Neto
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MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO REBATE CRÍTICAS DE PROTECIONISMO

“O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, rebateu na quarta-feira (31) críticas dos países desenvolvidos de que "o Brasil adote medidas protecionistas no comércio exterior". Segundo o ministro, o Brasil tem acionado com mais agilidade e eficiência os mecanismos de defesa comercial, porque aumentaram as práticas desleais no mercado internacional.

Deve continuar e até aumentar esse tipo de crítica porque é uma reação esperada dos países desenvolvidos que enfrentam enormes dificuldades em seus próprios territórios e precisam desesperadamente desembarcar em mercados como o brasileiro. Dizer que é protecionismo os processos antidumping é desconhecer as regras mais elementares da OMC [Organização Mundial do Comércio]”, disse, após participar de reunião de balanço do “Plano Brasil Maior”.

Segundo Pimentel, o Brasil vai defender de forma legítima seu mercado das práticas ilegais. “Poucos mercados são tão afluentes e abertos como o brasileiro. O Brasil tem alto coeficiente de importação, por isso ele é tão cobiçado, o que não vamos admitir são práticas predatórias e desleais de comércio internacional. A essas práticas reagimos dentro das normas da OMC”, avaliou.

Pimentel participou de reunião para avaliar o “Plano Brasil Maior”, lançado em agosto de 2011. O plano é dividido em três grandes blocos e um deles prevê medidas de estímulo às exportações e defesa comercial. Os demais têm ações para redução dos custos de trabalho e do capital e de estímulo ao desenvolvimento das cadeias produtivas.”



FONTE: da Agência Brasil; transcrito no portal “Vermelho”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=197851&id_secao=1).
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Argentina: INSTRUÇÕES PARA PREPARAR PANELAÇO

“Povo” no Cacerolazo, contra a restrição à compra de dólares

“O ato de 8 de novembro que vem sendo convocado pelas redes sociais é organizado em minúcias (a recomendação de vestuário, por exemplo, tem por objetivo impedir imagens de senhoras e senhores elegantes batendo panelas de grife), e faz parte de uma polarização cada vez mais aguda insuflada tanto por grandes conglomerados do agronegócio, dos grandes grupos de comunicação, dos segmentos mais conservadores da Igreja Católica e dos setores mais recalcitrantes da direita mais radical.

O artigo é de Eric Nepomuceno

Conforme 2012 se encaminha para a reta final, aumenta a tensa polarização vivida na Argentina – e valentemente insuflada pelos grandes grupos da comunicação, acastelados ao redor dos jornais Clarín e La Nación – entre partidários e adversários do governo da presidente Cristina Kirchner e, principalmente, entre os que apoiam e os que criticam o projeto de país implantado a partir de 2003, com a chegada ao poder do falecido presidente Néstor Kirchner e levado adiante pela sua viúva.

A guerra aberta travada entre o grupo Clarín e o governo tem data para o embate decisivo, que poderá ser o derradeiro: 7 de dezembro, a primeira sexta-feira do mês. Nesse dia, e a menos que até lá a Justiça mude de ideia e de rumo, expira a liminar concedida ao grupo, que deverá cumprir o que determina a Lei de Meios, aprovada pelo Congresso por maioria absoluta, com amplo apoio inclusive da oposição. Ou seja: terá de ‘desenvestir’, eufemismo para se desfazer de parte substancial de suas licenças para cumprir o que estabelece a nova legislação. A lei estabelece limite máximo de 24 licenças de rádio e canais de televisão a cabo. Atualmente, o grupo Clarín detém 270, controla 47% do mercado, e delas obtém 70% de sua receita. É compreensível que tenha anunciado que não cumprirá a lei.

Antes do 7 de dezembro, porém, há outra data anunciada para mais um confronto aberto entre seguidores e críticos do governo: a quinta-feira, 8 de novembro. Para esse dia, está sendo convocado, pelas redes sociais – que na Argentina têm grande peso específico –, uma nova manifestação nas ruas de Buenos Aires e das principais cidades do país, tendo como foco central a Praça de Maio e a Casa Rosada, sede do governo.

Até agora, e sobretudo a partir do panelaço ocorrido em setembro e que reuniu mais de 200 mil manifestantes em todo o país (dos quais, pelo menos, a metade em Buenos Aires), defendia-se a tese de que se tratava de ‘manifestações espontâneas’, como se não fosse algo milimetricamente organizado. Já não tem mais jeito de se defender essa versão: um muito bem azeitado mecanismo de difusão e preparação divulgado pela internet mostra que a coisa é muito bem organizada. Tanto é assim que existe recomendação, até mesmo, para o tipo de roupa a ser usada (camiseta branca, calças escuras, tênis ou sapatos confortáveis) e instruções claras para as palavras de ordem.

E é aí que o suflê ameaça desandar no forno. Há quem proponha que se grite ‘Basta às drogas’ e quem queira reivindicar ‘Educação sexual para a juventude’, quem defenda um sonoro ‘Basta de querer doutrinar nossos filhos’, quem reivindique ‘Basta de impunidade’, sem se referir exatamente a qual. Não há nenhuma recomendação para temas que sobressaíram no panelaço do dia 13 de setembro, como a reivindicação ao 'direito de comprar dólares'.

Outras recomendações são interessantes, como a de não falar com a imprensa, para evitar ‘que os meios oficialistas’ desvirtuem as declarações espontâneas dos manifestantes, ou a de evitar ‘protagonismos pessoais’, referência direta a Yamil Santoro, que teve a peregrina ideia de participar do ato de setembro totalmente nu. Foi preso, é claro, mas usufruiu um momento fugaz de fama.

Os partidos políticos insistem em querer se manter à margem, mas trata-se de tentativa frustrada. O PRO, do prefeito de Buenos Aires e potencial candidato às eleições presidenciais de 2015, Mauricio Macri, pretende não aparecer, mas em muitas das páginas de internet e das redes sociais que convocam o ‘ato espontâneo’ algumas de suas estrelas são especialmente enfáticas.

Tudo isso seria curioso e pitoresco, se não fosse possível uma constatação nítida: o ato é organizado em minúcias (a recomendação de vestuário, por exemplo, tem por objetivo impedir imagens de senhoras e senhores elegantes batendo panelas de grife enquanto reclamam contra sabe-se lá o quê), é parte de uma polarização cada vez mais aguda insuflada tanto por grandes conglomerados do agronegócio, dos grandes grupos de comunicação, dos segmentos mais conservadores da Igreja Católica e dos setores mais recalcitrantes da direita mais radical, os mesmos que protestam com veemência contra a aplicação da Justiça aos responsáveis e aos cúmplices do terrorismo de Estado implantado durante a mais recente ditadura militar (1976-1983) que sacudiu o país.

Cristina Kirchner enfrenta uma série de problemas, a começar pela forte desaceleração da economia e da crescente dificuldade para obter divisas e honrar seus compromissos em dólares, para não mencionar uma inflação galopante que seu governo teima, de maneira tão torpe como obstinada, em negar. Numa população extremamente politizada, o risco de exacerbar tensões é muito alto, e essa polarização tem se acentuado nitidamente este ano.

Depois do panelaço anunciado com antecipação e organizado em detalhes, resta ver qual será a reação do governo. Haverá um intervalo curto de tempo –um mês – até a grande batalha contra o grupo que controla, praticamente em regime de monopólio, os meios de comunicação do país. Ou seja: há muita tensão, e tensão enorme, no ar.”

FONTE: escrito por Eric Nepomuceno no site “Carta Maior”  (http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21177) [Imagem do Google e sua legenda adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
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RELAÇÕES DOS EUA COM O MUNDO ÁRABE MUDARÃO

Robert Fisk

VENÇA QUEM VENCER, OBAMA OU ROMNEY: AS RELAÇÕES DOS EUA COM O MUNDO ÁRABE MUDARÃO


Por Robert Fisk, escritor e jornalista inglês, em “Information Clearing House”, no jornal do Reino Unido “The Independent”

“Depois dos gestos e palavras de amor eterno de Obama-Romney a Israel, semana passada, os árabes puseram a pensar para decidir, com calma, qual dos dois candidatos seria melhor para o Oriente Médio. Parece que preferirão Barack Obama; mas o problema – como sempre – é o fato triste, patético, obscenamente óbvio, de que essa decisão não fará nem um átomo de diferença.

George Bush invadiu o Iraque depois de dar permissão a Ariel Sharon para prosseguir na colonização da Cisjordânia ocupada. Obama caiu fora do Iraque, ampliou a guerra de aviões-robôs, os drones, na fronteira Paquistão-Afeganistão e depois meteu o rabo entre as pernas, quando Benjamin Netanyahu informou-o de que nem se discutiria qualquer possibilidade de Israel retirar-se para as fronteiras de 1967. Em vez de ordenar “Sim, Israel se retirará”, como presidente forte e independente, Obama lá ficou, encolhido em sua poltrona na Casa Branca, enquanto o Primeiro-Ministro de Israel lhe dizia, com todas as letras, que a Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU – o próprio fundamento do inexistente “processo de paz” – era letra morta.

Desde então, Mitt Romney, que parece entender tanto de Oriente Médio quanto aquele pastor texano que queimou um Corão, só faz repetir que os palestinos “não têm interesse algum em fazer a paz” e até hoje ainda não conseguiu explicar satisfatoriamente por que, em 2005, como governador de Massachusetts, mostrava-se tão interessado em instalar escutas clandestinas em mesquitas. Assim sendo, só resta desejar boa sorte aos árabes.

Mas a verdade é que o próximo presidente não terá liberdade para definir qualquer política independente para o Oriente Médio. O amancebamento com Israel continuará – a menos que Israel ataque o Irã e arraste os EUA para mais uma guerra no Oriente Médio.

De novidade, isso sim, é que, pela primeira vez na história dos EUA, o candidato que consiga ser eleito presidente terá de lidar com um novo mundo árabe, com um novo mundo muçulmano.

O "Despertar Árabe" na Praça Tahrir no Cairo, Egito (Junho/2012)

O ponto crítico é que o “Despertar Árabe” (acabemos, por favor, para sempre, com a conversa de “primavera”) manifesta a voz de gente que exige ser tratado com dignidade. Há aí também muçulmanos não árabes – e que outra coisa seria, senão isso, a minirrevolução dos Verdes iranianos, depois das últimas eleições no Irã?

E devem-se somar os milhões de muçulmanos que vivem na parte do mundo que nós ainda gostamos de chamar de Oriente Médio – que nada parece ter de “médio”, para quem viva lá – e que, agora, também planejam tomar decisões próprias, baseados nos próprios desejos, não nos desejos dos sátrapas ex-presidentes e dos patrões dos sátrapas, em Washington. La Clinton continua sem dar sinais de ter percebido isso. Obama talvez veja. Romney? Aposto que não acertaria o nome de nenhuma das nações da região, no mapa, exceto um, claro.

Ao contrário do que o ocidente crê, que os árabes estariam lutando por “democracia”, a batalha e a tragédia do Oriente Médio hoje – e seja qual for o saldo da revolução “soft” na Tunísia ou da carnificina na Síria – acontecem em torno da palavra “dignidade”, sobre o direito de, como ser humano, dizer o que deseja que seja feito a quem ele decida dizer, e nunca mais admitir que um déspota se apresente como proprietário de um país inteiro (desde que autorizado a tanto pelos EUA) e trate, países e cidadãos, como se fossem sua propriedade privada.

Sim, revoluções são confusas. A revolução egípcia não saiu como se pensou que sairia. A Líbia está rachando ao meio. A Síria é um cataclismo. Mas o povo árabe, afinal, começou a falar e, doravante, os árabes saberão exigir que seus presidentes e primeiros-ministros obedeçam aos seus desejos, não a ordens de Washington ou de Moscou.

Diferentemente da crença cara aos Romneys, para os quais haveria déficit de valores civilizacionais entre os árabes – que perderiam de longe para os valores da civilização de Israel – os povos do Oriente Médio estão comprovando exatamente o contrário. É processo lento, negócio demorado: todos os leitores que, neste momento, leem este artigo já estarão mortos, ou muito velhos, antes que a “revolução” árabe se complete.

Mas os tempos em que presidentes dos EUA davam instruções aos potentados do Oriente Médio sobre o que dizer e fazer, esses tempos estão acabando. Ainda demorará para que venha abaixo o regime saudita, com todas as outras bombas de gasolina espalhadas pelo Golfo. E é preciso dizer que a tragédia dos palestinos, provavelmente, está e sempre esteve no coração do Despertar Árabe.

Enoch Powell

Infelizmente, os palestinos são os únicos que não se beneficiam das revoluções árabes. Já não resta terra suficiente, aos palestinos, para que tenham Estado seu. Aí está um fato acima de qualquer enrolação (rig. above peradventure [1])(como dizia Enoch Powell [2]).

Quem ainda duvida, compre passagem e voe até Israel e olhe para a Cisjordânia. Não há mais espaço para os palestinos; essa é a tragédia real que os presidentes dos EUA, sejam quais forem, têm de encarar nos anos futuros.”

NOTAS DE TRADUÇÃO

[1] Orig. “[acima de] peradventure”. Termo arcaico, em desuso. A expressão “Acima de peradventure” significa “acima” ou “à prova” de qualquer argumento real ou inventado, e até, como os tradutores preferiram, “acima de qualquer enrolação”. Tradução tentativa. Todos os comentários, correções e sugestões são bem-vindos.
[2] Enoch Powell (1912-1998). Deputado conservador, ministro da Saúde da Grã-Bretanha nos anos 60. Foi poeta e linguista. Famoso por um discurso “Rios de sangue”, de 1968, contra a entrada de imigrantes na Inglaterra, considerado racista (em inglês).”

FONTE: escrito por Robert Fisk em “Information Clearing House”, no “The Independent”, sob o título original “Regardless of whether Obama or Romney wins, America's relations with the Arab World will change”. Postado no blog “Redecastorphoto” traduzido pelo “pessoal da Vila Vudu”  (http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2012/10/venca-quem-vencer-obama-ou-romney-as.html).
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Bigardi: "Desejo de mudança se tornou esperança em Jundiaí"

Eleito com a maior votação da história das eleições municipais, o deputado estadual do PCdoB-SP, Pedro Bigardi, conquistou no último domingo (28) a Prefeitura de Jundiaí com 139.614 votos. Em entrevista ao Vermelho, o prefeito eleito afirmou que a campanha de 2012 foi a mais especial de sua vida. 

Mariana Viel

“Não foi apenas o voto, mas o carinho e a esperança que a cidade tem nas nossas propostas. Percebemos em cada olhar uma vontade de que as coisas sejam melhores. Essa é mais uma possibilidade de transformarmos as vidas das pessoas.”

Pedro explicou que a expressiva votação – que totalizou 65,57% dos eleitores de Jundiaí – é fruto da vontade de mudança da população da cidade. “Antes de a campanha começar fizemos uma pesquisa qualitativa na cidade e percebemos que a população queria mudança, mas tinha um certo receio de uma mudança que não fosse responsável ou boa para a cidade.”

Ele disse que o trabalho liderado por sua equipe e pelos representantes dos partidos que integraram a coligação Jundiaí para Todos (PCdoB, PSD, PT, PSL e PPL) foi mostrar para a população a responsabilidade com que promoveriam essas mudanças. “Jundiaí tem uma riqueza, uma estrutura, um histórico de investimentos que é bom, mas está travado. O que fizemos na campanha foi passar justamente o que a gente tinha de melhor que é a minha experiência, a maturidade, o momento que estou vivendo, a união entre os partidos que nos apoiaram. Conseguimos mostrar para a população que iríamos fazer as mudanças que eles queriam, mas com uma responsabilidade muito grande. E isso pegou. No final da campanha percebemos uma euforia impressionante na cidade. O que era desejo de mudança se transformou em uma grande euforia em favor da esperança.”

Programa de governo e participação popular

A construção de um programa de governo com propostas sólidas e com a participação de especialistas, técnicos e moradores de todas as regiões da cidade foi um dos fatores mais importantes para viabilizar a vitória. “Nosso programa de governo foi construído com a participação direta de quase duas mil pessoas. Fomos os únicos que fizeram reuniões amplas com o envolvimento de toda a comunidade. Nesse processo surgiram muitas pessoas interessantes em todas as áreas – do povo, das igrejas, do empresariado e de todos os demais setores da cidade. Aquilo foi ganhando consistência porque as propostas que a gente apresentava tinham relação direta com a realidade.”

“Na saúde, por exemplo, mostramos que iríamos organizar o sistema de saúde a partir das Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), do governo federal e a população entendeu isso. Apresentamos o Programa Brasil Carinhoso, da presidenta Dilma Rousseff, sobre construção de creches e explicamos como implantaríamos esse programa para a população. Assumimos também a responsabilidade de discutir a questão da segurança pública a partir de uma Secretaria e com uma proposta de descentralização da Guarda Municipal e comunicação entre as forças policiais. O processo foi muito rico e as propostas ficaram muito afinadas com o que pensa a sociedade”.

Uma das principais características que fazem de Jundiaí uma cidade de grande expressão no estado de São Paulo é a industrialização e a diversificação de produtos e serviços. No entanto, ele destacou a necessidade de investimentos que aprofundem esse processo de desenvolvimento.

“Jundiaí tem a diversidade no seu desenvolvimento econômico. Com isso, quando há uma crise em um setor, os outros compensam. Na questão tecnológica ainda faltam investimentos em pesquisa, a criação de um centro tecnológico, a Universidade Pública. Queremos que no nosso governo isso aconteça de fato.”

PCdoB forte

A conquista da Prefeitura de Jundiaí mostrou também o fortalecimento regional do Partido e a capacidade política de aglutinar forças em torno de novos projetos. “O PCdoB tem uma grande história de luta no Brasil e no mundo. Nosso Partido agora aparece também como uma grande força na região. No estado de São Paulo essa é a maior cidade que vamos governar.”

Depois de conquistar o apoio de cinco partidos no 1º turno das eleições – quando o candidato comunista também obteve um índice histórico, com 48,98% dos votos – , a campanha de Pedro ampliou sua influência política no 2º turno com a adesão do PMDB, do PSOL e do PTN.

Na Câmara Municipal, a principal base do governo de Pedro será composta pelos vereadores eleitos Rafael Purgato (PCdoB), Paulo Malerba, Gerson Sartori e Marilena Negro (PT). “Com todo respeito pelos demais, esses quatro vereadores eleitos pela nossa coligação são muito bons. O Rafael, por exemplo, é um cara formado no Partido e muito ideológico. Já estamos conversando com os outros vereadores para criar uma base de sustentação muito forte na Câmara.”

Lula em Jundiaí

Um dos momentos mais emocionantes da campanha, segundo o prefeito eleito, foi a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da deputada estadual Leci Brandão (PCdoB). “Fizemos uma campanha perfeita, mas a vinda de Lula a Jundiaí foi o momento mais bonito do segundo turno. Foi muito especial subir no palanque e ver que várias gerações de luta do PCdoB e do PT estavam reunidas. Eram pessoas de todas as idades e isso foi muito emocionante.”

“Me emocionei muito com a presença da Leci e não contive as lágrimas – por tudo que vivemos na Assembleia, pela amizade que construímos e por tudo que ela representa para o Partido e para o movimento social. Ela representa o povo e o povo estava reunido ali. Emoção igual apenas na comemoração da vitória.”

Pedro assegurou que fará um governo de diálogo com os governos estaduais e federais. E disse que pretende também buscar apoios dentro da própria Assembleia. “Relaciono-me muito bem com os deputados, gosto muito da Assembleia e quero continuar vindo aqui. Os prefeitos vêm muito pouco aqui. O governo do estado é o cofre, mas a Assembleia é um poder muito interessante e importante nesse processo. Vou fazer uma gestão junto à Assembleia, ao governo do estado, e também junto ao governo federal. A Leci não vai ficar livre de mim”.
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