Camiseta Wittgenstein/silêncio preta (Uma estampa às sextas)

Após a camiseta Wittgenstein/silêncio branca, eis a camiseta Wittgenstein/silêncio preta, graças ao Rei da França.

O corte do pano é bacana, em formato de T mesmo. A estampa pode ser fundo preto cara branca, como mostrado acima, ou fundo branco e cara preta, como na camiseta original branca.

Os tamanhos disponíveis são P, M, G, GG e XG. O preço é 30 reais. Contato pelo email animot@BAALgmail.com, tirando o "BAAL", deixando só @gmail.com.

PS - o pessoal da filosofia dos arredores costuma pronunciar "Wittgenstein" como Vitguenstain. :)
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Cubanos sem acesso ao SourceForge por causa dos EUA (Geek)

No discurso de posse, Obama disse que os EUA estenderiam a mão aos povos que abrissem os punhos.

No entanto, o que se vê é o quadro de sempre: EUA agredindo quem está de mãos estendidas, pedindo há décadas o fim do embargo.

Por ter arquivos hospedados nos EUA, o SourceForge se alinhou ao bloqueio estadunidense a Cuba. Agora cubanos estão impedidos de baixar arquivos de código livre hospedados no SourceForge. Eles já estavam impedidos de contribuir com códigos abertos.

Isso vai contra a proposta da Open Source Initiativa, a qual rejeita a discriminação de pessoas, grupos e áreas de atividade.

Via BarrapuntoAlifa.

PS - O pessoal do SourceForge explicou que tomou a decisão contra a vontade, para não ir em cana. Obrigado @marcospiros!
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O INCRÍVEL RAP DO CASOY

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Um gramsciano a serviço da união dos povos


Demorei uns dias para escrever esse texto. Sem demagogia. Fiquei um tempo em estado de choque, sem ânimo para definir o que dizer.

Quarta-feira, 20 de janeiro, soube da morte de Giorgio Baratta. Poucos brasileiros sabem quem foi ele. Era conhecido e admirado por marxistas gramscianos, com quem mantinha relações estreitas, aqui no Brasil e em diversas partes do mundo. A todos encantava com sua ironia fina, seu conhecimento enciclopédico, sua admiração incondicional por Gramsci – uma admiração que não o cegava nem o fechava em tolos dogmatismos. O seu sempre foi um Gramsci aberto, plural, em busca de atualização, condição indispensável para que continuasse a ser útil para o esforço de compreensão do mundo. “O mundo grande, terrível e complicado”, como costumava falar Giorgio, exige muita tenacidade, muito empenho e muita flexibilidade. Gramsci era, para ele, o principal marxista equipado para este movimento de compreensão.

Giorgio morreu aos 72 anos, de câncer, contra o qual lutou obstinadamente nos últimos meses. Estive com ele em janeiro de 2009, em Roma, data da foto reproduzida acima. Depois, conversamos por e-mail algumas vezes. Nunca me passou pela cabeça que poderia estar doente, depois daquela tarde fria em que passeamos pelas ruelas do Trastevere. Na ocasião, Giorgio me pediu para lhe enviar um exemplar do meu livro sobre Joaquim Nabuco, As desventuras do liberalismo, porque achava que se o lesse iria conhecer melhor o Brasil. Meses depois, numa troca de e-mails, ele me lembrou do pedido. Respondi que enviaria o livro com enorme prazer, assim que saísse a segunda edição, revisada e atualizada, prometida pela Paz e Terra para fevereiro de 2010. Se eu soubesse...

Ele amava o Brasil. Com sinceridade. Vivia em busca de pontes que ligassem italianos e brasileiros, Nápoles e Bahia, Itália, África e Brasil. Seu livro Le rose e i quaderni (2000) foi traduzido e publicado no Brasil (As roas e os cadernos (RJ, DP&A, 2007). É uma excelente amostra do programa teórico, político e cultural a que se dedicou Baratta.

Em agosto de 2008, publiquei neste blog um texto sobre ele, tentando resumir sua vasta atividade cultural e sua rica personalidade intelectual.

Giorgio ensina filosofia na Universidade de Urbino, Itália. Marxista erudito, de imaginação larga e fôlego inesgotável, dedicou-se a uma batalha incansável para agitar idéias, unir povos e experiências e produzir cultura de esquerda. Sua relação com o pensamento de Gramsci foi intensa e original. Ele não era um estudioso em busca do verdadeiro Gramsci, mas sim um teórico que desejava usar Gramsci para interpretar as urgências do presente.

Esteve entre os fundadores da International Gramsci Society e era presidente da IGS Itália. Fundou e dirigiu a network Immaginare l’Europa e a associação cultural Terra Gramsci, na Sardenha. Foi um organizador cultural ativo e também um artista, que se envolveu com a música, o teatro e o cinema. Concebeu, produziu e/ou dirigiu dois filmes: Gramsci l’ho visto cosí, direção de Gianni Amico, e New York e il mistero di Napoli. Viaggio nel mondo di Gramsci raccontato da Dario Fo.

Além de As Rosas e os Cadernos, seus últimos livros foram Antonio Gramsci in contrappunto (2007) e Leonardo tra noi (2007), ambos publicados por Carocci editore. Colaborou com vários verbetes no Dizionario gramsciano 1926-1937, que acaba de ser publicado na Itália.

No site da IGS Itália, podem ser vistas as dezenas de manifestações de pesar que foram feitas por ocasião de sua morte.

Giorgio Baratta deixará saudade.

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A Chapa "Arroz sem sal"!


O governo brasileiro já sente a necessidade de imprimir nas suas ações a vertente da realidade e tentar com isso conter a onda de desconfiança que começa a ter corpo no pensamento da população. A forte propaganda não vai encobrir o sucateamento da infraestrutura brasileira que está a olhos vistos com os últimos acontecimentos na maioria das áreas, seja da saúde, estradas, educação, portuária e outras de sua obrigação em manter e desenvolver.

A busca de um confronto com a administração FHC dá mostras sérias de sinais de “tiro pela culatra”. O único grande trunfo de peso está nos programas sociais de apoio a população de baixa renda tendo como carro chefe o Programa Bolsa Família que na verdade tem como seu “pai” o oponente FHC. É verdade que o presidente elevou a participação de numerosas famílias ao acesso ao consumo e melhoria de suas condições de vida via esse suporte de donativos. Isto se deu dentro de um cronograma estabelecido desde a criação dos programas sociais bolsa escola, vale gás, bolsa alimentação e outros e que no atual governo foram agrupados e recebeu o nome de “Bolsa Família”’. Este, obrigatoriamente, assim como os do FHC melhorado pelo atual governo, terá que ser mantido e aperfeiçoado pelos demais governos subsequentes, seja lá de que partido ou ideologia for. Esta “criatura” de bondades gerada por FHC só tende a se agigantar em um país pobre e de má formação cultural.

Pelo lado das realizações, pouco ou quase nada está terminado em se tratando de obras. O PAC 1 está a desejar com meros 31% de suas obras concluídas. Não por falta de dinheiro, espero e pelo menos é o que diz a mídia nacional. A única certeza que se tem é que dentre as causas do atraso é sem sombra de dúvida a incompetência de gestão dos administradores federais, resultado do loteamento de cargos aos aliados governamentais tais como Sarney e os “currupacos” da vida. Essa ausência de competência no governo, está obrigando o presidente a gerar um novo PAC como forma de criar novo fato político eleitoral. Cria a esperança de que o futuro gere situações de satisfação presente nos aliados e na população. fazendo-a crer que o Programa de Aceleração do Crescimento em andamento seja obra já consolidada e que o PAC 2, um novo despertar para a Nação brasileira. Para complicar ainda mais a situação, o presidente está promovendo a desobediência das normas éticas e legais com relação as obras de polos petroquímicos paralisados pela descoberta de irregularidades. Em busca de dinheiro e apoio de governadores para a campanha da sua criatura, está patrolando tudo.

Com o programa de defesa das Forças Armadas, projeto do governo FHC não operacionalizado por falta de dinheiro, procura dar impacto de guardião do povo e das riquezas do Brasil. É um programa audacioso para os cofres do País, mas necessário, não restam dúvidas. O problema é não comprar “gato por lebre” e o gato nesse caso fala o idioma francês. Para os militares a lebre é sueca. É muito sintomático que o presidente vem adiando a decisão para uma oportunidade em que qualquer problema neste caso da compra dos aviões só aconteçam após outubro, mês das eleições.

Um outro acontecimento que tem incomodado o presidente é com relação a energia. Problemas com geração e transmissão e ainda com a boca do Lobão. Apesar de ter discursado em Copenhague durante o Fórum das mudanças climáticas o presidente é defensor de uma das fontes energéticas mais poluentes do planeta, os combustíveis fósseis, derivados do petróleo. Sumiu de sua agenda a defesa do etanol brasileiro, um programa de salvação nacional e da dependência desses poluentes combustíveis. O pré-sal, às custas da saúde do povo, vai gerar dinheiro para tirar o Brasil do grupo de semi desenvolvidos ou emergentes como gostam os governantes e economistas.

Nesta questão temos dois aliados benéficos. Um é que o mundo está em busca de energia alternativa e esse processo é irreversível, fato que coloca em cheque em futuro próximo a viabilidade econômica do petróleo como fator de renda e ganhos para tantos investimentos sonhados pelo presidente. O outro é que os custos da prospecção do petróleo no pré sal são altos demais e o retorno, ante a projeção de viabilidade financeira, passa a ser pouco interessante e de muito risco.

Pelo lado da construção de uma chapa para concorrer a sua sucessão, e que possa se identificar com o presidente, está se mostrando difícil e de pouca esperança nos resultados esperados. É notória a incompatibilidade de Dilma Rousseff com a política ainda mais somada a simpatia e ao vigor emocional e expressivo de Michel Temer. Será uma chapa “arroz sem sal”. Não há nenhuma história ou atuação política na vida pessoal da candidata que possa impulsioná-la ao sucesso de uma eleição presidencial. Colocar sua vida de guerrilheira como fato nobre é desmerecer o conhecimento até porque não havia em sua proposta ideológica a liberdade, mas sim, um regime de força via orientação soviética e cubana, bem mais rígido que o regime militar existente. Acredito que nem oferecendo o paraíso, como já ofereceram ao povo em Araraquara/SP, vá dar certo. É o desespero do presidente.


Raphael Curvo*

Jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pela Cândido Mendes-RJ


PROSA E POLÍTICA

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