Guerra do Rio – A farsa e a geopolítica do crime
Violência no Rio é fruto da omissão crônica do poder público
Foto: Marcos de Paula/AE |
O Rio de Janeiro está passando por uma situação criada pela má gestão de seus últimos governantes. A ausência do poder público nas favelas abriu espaço para o surgimento de um poder paralelo. Para o deputado federal carioca Chico Alencar (Psol), os atuais governos combatem de maneira errada esses criminosos. Insistem em intervir no varejo das armas e das drogas enquanto fazem vista grossa aos atacadistas. Enquanto a polícia faz ações espetaculares nos morros, os “traficantes burgueses” continuam a lucrar com as transações internacionais. Até porque “não havia nenhum barão das drogas naquela marcha tétrica da Vila Cruzeiro ao Alemão”.
Alencar vê como simplista a responsabilidade dada às Unidades Policiais Pacificadoras (UPPs) como a principal causa dos ataques ocorridos desde o domingo 20. Para ele, as UPPs são um início, mas como elas mesmo mostraram, não serão eficazes a longo prazo se não houver uma política estrutural junto. Leia abaixo a entrevista feita por telefone com o deputado que está no Rio para acompanhar de perto os acontecimentos dos próximos dias.
CartaCapital: Como você enxerga o que está acontecendo no Rio de Janeiro?
Chico Alencar: O diretor daquela cena que corre o mundo, de mais de 200 jovens, pobres, de baixíssima escolaridade, armados, atravessando àquela estrada, que liga uma comunidade pobre a outra, chama-se: omissão crônica do poder público. Quem arregimenta esses figurantes do mal é a política institucional, do clientelismo e da reprodução das áreas de abandono das grandes cidades. Evidente, nessa altura, que isso acabaria nessa situação dramática, que não vai durar muito tempo, como sabemos. É necessário combinar as ações estruturantes das políticas que nunca existiram no Rio de educação, saúde e urbanismo, para não ter uma sociabilidade de barbárie como há nessas comunidades pobres, com a ação imediata. Víamos ontem o contraste de vários homens de chinelo com armas de potencial letal enorme nas mãos. Quem lembra de alguma operação, seja nas fronteira do Brasil, do Estado do Rio de Janeiro, na Baia de Sepetiba ou na Baia de Guanabara interceptando comboios de armas e munição de maneira expressiva? Isso não acontece. O negócio transnacional das armas ninguém enfrenta.
CC: Isso mostra que os governos não agem no ponto exato, apenas na consequência do processo?
CA: Claro, agem muito mais na consequência do que na origem. Muito mais atacando o varejo armado das drogas do que nos grandes atacadistas. Claro que uma juventude sem perspectiva de vida, criada no ambiente da violência e de individualismo máximo que a sociedade de mercado estimula cria um caldo de cultura para esse tipo de situação. O interessante que nessas comunidades pobres, que são conviventes, mas não coniventes com o poder do tráfico ou das milícias igualmente criminosas, os políticos vão lá buscar votos periodicamente e muitos deles fazem acordos com os poderes locais. Na verdade é um conluio, uma cumplicidade que acabou levando a essa situação.
CC: Existe alguma solução?
CA: A esperança são a de autoridades, que respeito muito, como o secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e o secretario nacional de Segurança Pública, Roberto Balestra. Eles têm uma visão mais profunda sobre o problema e não são adeptos da política do extermínio dos bandidos. Os grupos armados se reproduzem muito rápido porque há uma profunda crise de valores na sociedade e de noção de país. É uma luta de todos contra todos. O monopólio da força pelo Estado só será legitimado e eficaz se de fato for poder público, ou seja, estiver a favor da sociedade e das maiorias sempre esquecidas. Temos hoje um Estado privatizado que vê os pobres das cidades como massa de manobra eleitoral e de negócios escusos.
CC: Há um avanço na política de segurança pública do Rio de Janeiro na gestão do Beltrame?
CA: Ele, ao contrário da tradição da cúpula de segurança e do ex-chefe de segurança Álvaro Lins, um emblema fortíssimo disso, não faz pacto com a corrupção. Atualmente, na cúpula, até por uma questão de sobrevivência, foram colocadas pessoas dignas. Isso não significa que acabou a corrupção na polícia. Ainda precisa de uma profunda reforma nas polícias, uma renovação, uma dignificação salarial, enfim, isso leva tempo, mas o Beltrame sempre deixou claro o respeito pelas populações dos morros. Embora, eu tenho que deixar claro, que em 2007 houve uma operação no mesmo complexo do Alemão que matou 23 pessoas, várias inocentes, algumas executadas sumariamente. Foi o Estado de barbárie entrando lá. E não adiantou absolutamente nada. Está lá uma área com o poderio entocado do tráfico. Esse tipo de ação espetacular é muito midiático, sensacionalista e ineficiente.
CC: E as UPPs?
CA: Elas representam o controle de apenas 2% do total de áreas dominadas fora do poder do Estado. Dominadas em sua maioria pelas milícias e também em boa parte pelo narcotráfico armado. Só 2% das áreas fora do controle do Estado foram, digamos “reconquistadas”. Mas pacificar não é ocupação militar. Se não houver, como não houve no Chapéu Mangueira, que é uma das UPPs mais antigas, políticas sociais, creches, atendimento de saúde, oportunidades de trabalho e espaços culturais, não resolverá o problema em profundidade. As UPPs só se realizam plenamente quando um conjunto de políticas sociais estiver sendo oferecido no morro como é oferecido em qualquer bairro do asfalto. É exagero também dizer que os ataques são apenas uma reação às UPPs, porque elas controlaram áreas do Rio de Janeiro turístico e olímpico, o que foi uma escolha política do Cabral. Claro que tem também uma insatisfação por perda de territórios, mas é um conjunto de fatores que provocaram essa reação dos traficantes, que deveria ser previsível por um serviço de Inteligência meramente decente. Não dá para prever que dois moleques vão incendiar um carro, isso é incontrolável, agora, uma previsão de que poderia haver essa orquestração, deveria estar nos cálculos, mas aparentemente houve uma surpresa do poder público com os ataques.
CC: E essa história das ordens terem saído dos presídios?
CA: É outro ponto importante que nos deixa indignados em aceitar que a ordem de articulação desse banditismo, que é tosco, iletrado e muito precário, por mais que as armas que tenham sejam poderosas, veio do Elias Maluco, do Marcinho VP, ou seja, dos presídios. Isso revela que a tal segurança máxima é muito débil porque se não consegue monitorar minimamente um advogado numa conversa ou bloquear um celular. Há muito mais do que crime organizado. Há um Estado desorganizado e dentro da própria institucionalidade do Estado um crime organizado em suas altas esferas.
CC: Há uma legitimação, nesse momento, do extermínio dos traficantes pela polícia do Rio?
CA: Acho que não. É uma expressão da opinião pública que não chegou à compreensão que o Estado não pode agir com os mesmos métodos dos bandidos. Ele tem o dever da racionalidade. Ao contrário do que aconteceu em 2007 no Alemão, a ocupação da Vila Cruzeiro, embora tenha acontecido a perda de uma menina de 14 anos por uma bala perdida, no geral, o confronto que se esperava, não aconteceu. Houve uma ação intimidatória, forte, mas o confronto foi pequeno em relação ao que poderia acontecer. Eles poderiam de imediato invadir o complexo do Alemão ou metralhar aqueles bandidos em fuga, mas não o fizeram porque há uma maior racionalidade, cautela e tática nessas ações. Além de uma maior preocupação com os direitos humanos, que é uma conquista nossa. Estou falando isso agora, mas nada me garante que nesse momento esteja acontecendo alguma atrocidade, gente desarmada sendo executada.
CC: Você anunciou que entrará com um pedido de investigação na comissão de Direitos Humanos da Câmara.
CA: Nós vamos formar uma comissão de acompanhamento, com vários deputados, para dialogar com o secretário nacional de Segurança Pública, com o ministério da Defesa e as autoridades locais do Rio de Janeiro. No sentido de acompanhar, inclusive, os recursos. Soube que no começo deste ano, o Programa Nacional de Segurança da Cidadania destinou 100 milhões de reais para o Rio. Iremos acompanhar como os recursos estão sendo utilizados para garantir uma ação que seja, no imediato, mais ponderada e efetiva, e a médio e longo prazo as políticas estruturantes. Se não cortar as fontes de abastecimento do crime pela sua cúpula que não está nos morros, porque não havia nenhum barão das drogas naquela marcha tétrica da Vila Cruzeiro ao Alemão, vai se estar sempre enxugando gelo de alguma maneira.
CC: Você chegou na quarta-feira ao Rio de Janeiro, vindo de Brasília, no meio de todos os problemas. Como estão as ruas da cidade?
CA: Eu dei uma circulada pela cidade. Eu moro numa rua, em Santa Tereza, onde ao lado dela, esses rapazes do crime passam na porta de casa, mas estão mais interessados no seu negócio, que tem muitos consumidores. O problema não é a droga, que é tão antiga quanto à sociedade humana, mas é a letalidade do negócio da droga e de seu armamentismo. Nas ruas há um ambiente de tensão. Qualquer carro que passa com a sirene ligada, como acabou de passar aqui no Largo do Machado, todo mundo olha assustado. Há uma discussão acalorada, porque o descontrole do poder público foi tão grande que qualquer muleque, estimulado pelo espírito de zoar mesmo, taca fogo em um carro. Ontem, desceram dois do Salgueiro, em área de UPP, e tocaram fogo em um ônibus. O curioso é acontecer em uma área dita “pacificada”, o que mostra que ainda tem uma relação psico-social com as populações marginalizadas, que enquanto elas não forem integradas na sociedade através da escola, cultura e no trabalho, ficam na marginalidade a disposição dessas movimentações. Atribui-se ao varejo armado das drogas um poder além do que tem de fato. Ele não terá grande fôlego se houver ação preventiva e policiamento ostensivo, mas o grande problema é estrutural, que continua criando espaço para apropriação pelo poder paralelo, que elege políticos, como no caso das milícias nessas eleições.
A crise no Rio e o pastiche midiático
Vila Cruzeiro, Rio de Janeiro |
Mulheres são destaque no V Fórum Social Pan-amazônico
Casa Feminista
Quilombolas
#FimdaViolenciaContraMulher
Mais sobre o IV FSPA em Ciranda Pan-Amazônicaa
Fundação Piratini promove seminário sobre TV e rádio públicas
Seminário no StudioClio no próximo dia 27, à tarde, discutirá a televisão e a rádio públicas.
Inauguração da Agência da Boa Notícia Guajuviras
Esse é um projeto inovador de jornalismo cidadão, uma iniciativa da secretaria de Segurança Pública com Cidadania (SMSPC), da Prefeitura de Canoas, que faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça. O objetivo é capacitar 240 jovens do bairro Guajuviras, em Canoas, para produzir conteúdos de comunicação cidadã, videodocumentários, boas notícias, programas de webtv e rádioweb, além de conteúdos multimídia para Internet. Os participantes terão à sua disposição uma sede com dois estúdios e salas de oficinas, assim como com equipamentos para a criação de conteúdos próprios e receberão formação em sete tipos diferentes de oficinas.
Uma equipe com 17 pesquisadores da Unisinos acompanha e avalia, conjuntamente com a equipe de técnicos municipais, o andamento dos trabalhos.
Contamos com VCS!
Um abraço,
Andrea de Freitas,
Coord. Observatório de Comunicação Cidadã - Agência da Boa Notícia Guajuviras,
Diretoria Pronasci,
Secretaria Municipal de Segurança Pública com Cidadania - Prefeitura Municipal de Canoas - RS.
Marcio Pochmann e o desenvolvimento no Brasil
Abaixo, a parte em que Pochmann discorre sobre os desafios a serem enfrentados, pensando-se no desenvolvimento brasileiro. Para assistir todos os videos, clique AQUI.
Conselho Curador da EBC abre consulta pública sobre programas de cunho religioso
A consulta foi motivada por reclamação de telespectadores enviada à Ouvidoria da empresa, tendo resultado em um parecer da Câmara de Educação, Cultura, Ciência e Meio Ambiente do Conselho Curador, que indicou a substituição dos atuais programas por um programa sobre o fenômeno da religiosidade no Brasil, de um ponto de vista plural, assegurada a participação a todas as religiões.
Atualmente, a TV Brasil exibe o programa “Reencontro”, produzido por igreja de orientação evangélica, aos sábados; e os programas “A Santa Missa” e “Palavras de Vida”, de orientação católica, aos domingos. Já a Rádio Nacional de Brasília transmite aos domingos celebração de missa de orientação católica. Tais programas são originários das emissoras que foram absorvidas pela EBC após a sua criação e a aprovação da Lei nº 11.652/2008, que regulamenta o Sistema Público de Comunicação.
A consulta terá a duração de 60 dias, se encerrando em 04 de outubro de 2010. Podem participar tanto pessoas físicas quanto organizações da sociedade civil, que devem enviar suas contribuições e os documentos necessários por via postal ou email.
Todas as informações sobre a Consulta Pública – como o edital publicado no Diário Oficial da União e o parecer da Câmara de Educação, Cultura, Ciência e Meio Ambiente sobre o tema – podem ser obtidas no link: http://www.ebc.com.br/conselho-curador/consulta-publica
Comunicação Social EBC
(61)3799 5231/5232
------------------
Desenho: Eugênio Neves
TV Brasil exibe hoje programa ao vivo com Marina Silva
Depois dos candidatos Dilma Rousseff e José Serra, é a vez do “3 a 1” entrevistar a candidata Marina Silva
A terceira rodada de entrevistas com os presidenciáveis do Programa 3 a 1 será exibido hoje. Às 22h, a candidata Marina Silva participa ao vivo da sabatina na TV Brasil. É a última entrevista da série que começou na quarta-feira com a candidata Dilma Rousseff. Ontem, foi a vez do candidato José Serra.
A ordem dos candidatos foi estabelecida por sorteio, realizado no dia 18 de junho, com a participação de representantes dos três candidatos.
A TV Brasil deixou o local de gravação ou transmissão ao vivo do programa á critério dos candidatos. Dilma Rousseff optou pela gravação no estúdio de Brasília na quarta-feira (22). Também neste dia, por questões de agenda, o candidato José Serra gravou na no estúdio da TV Brasil no Rio de Janeiro. Marina Silva foi a única que preferiu a participação ao vivo, nesta sexta-feira(23), às 22h, no estúdio de São Paulo (Av. Moffarrej,1200 - Vila Leopoldina).
O programa de entrevistas 3 a 1 é apresentado pelo jornalista Luiz Carlos Azedo, contando sempre com a participação de um jornalista da TV Brasil e outro convidado. Vai ao ar, semanalmente, às 22 horas de quarta-feira. A série com os presidenciáveis, excepcionalmente, foi veiculada durante três dias seguidos na programação.
Além de Azedo como apresentador, o programa conta com a participação, pela TV Brasil, da jornalista Tereza Cruvinel, e com um jornalista de outro veículo em cada um dos programas. Hoje, a jornalista convidada será Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico.
A íntegra de cada programa será publicada pela Agência Brasil (www.agenciabrasil.ebc.com.br). Os programas serão também retransmitidos, às 23 horas, pelas radios Nacional do Rio de Janeiro (AM-1.130kHz), Nacional de Brasilia (AM-980kHz)e Nacional da Amazônia (OC-11.780kHz).
Comunicação Social EBC
(61)3799 5231/5232
“Que Estado para que Igualdade?”
Declaração do Forum de Organizações Feministas
à Décima Primeira Conferência Regional sobre a Mulher
da América Latina e do Caribe - CEPAL
“Que Estado para que Igualdade?”
Excelentíssima Senhora Nilceia Freire,
Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres e
Presidenta da Mesa Diretora da Décima Primeira Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe.
Senhora Alícia Barcena Secretária Executiva da CEPAL
Senhora Sonia Montaño Diretora da Divisão de Gênero da CEPAL
Representantes dos Estados membros da Conferência
Representantes das agências do sistema das Nações Unidas
Representantes da Sociedade Civil.
sociedade igualitária com justiça social.
A TV Cultiva acaba de entrar no ar
Trata-se de uma Web TV: WWW.TVCULTIVA.COM.BR. A partir de agora, cursos, palestras e análises de conjuntura estarão disponíveis neste site, com gravações de 30 minutos. Muitos vídeos serão disponibilizados gratuitamente e outro tanto será comercializado por um custo muito baixo. Já disponibilizamos um curso sobre Gestão Participativa em Rede, metodologia criada para descentralizar gestões municipais, integrar secretarias, criar sistema de comunicação e planejamento participativos (do território para a unidade central de gestão municipal e tradução local dos programas gerais) e controle social. Também disponibilizamos um curso sobre reforma de Estado, administração e políticas públicas (incluindo análise sobre as propostas neoliberais, Estado Gerencial e modelos de gestão participativa. Cada curso composto por 10 aulas a 10 reais cada aula. O cursista receberá textos de apoio incluídos.
Em poucos dias, disponibilizaremos vídeos de análise de conjuntura e outros cursos. Também disponibilizamos palestras sobre bonapartismo e modernização conservadora, conceitos que André Singer (bonapartismo) e eu (modernização conservadora) para analisar o lulismo.
Em algumas semanas, disponibilizaremos um vídeo em que eu sou sabatinado pelos jornalistas Merval Pereira (O Globo), Paulo Passarinho (Rádio Bandeirantes RJ) e Roberta Zampetti (Rede Minas) a respeito do meu livro (Lulismo: da Era dos Movimentos Sociais à ascensão da Nova Classe Média), que será lançado dia 22 de junho.
Finalmente, criamos um espaço específico para consultoria online, para prefeituras, sindicatos, ongs, fundações, a partir de pagamento de mensalidade a preço reduzido. É possível reduzir em quase 90% o custo mensal de uma consultoria a partir deste recurso, com atendimento online, produção de material à distância, empregando o que há de mais contemporâneo e eficiente para atender com rapidez demandas específicas.
Aproveite. Deu um trabalhão imenso para criarmos esta inovação. Use e abuse.
Rudá Ricci
Governo Lula passa a mostrar contas a cada dia
As novas medidas de transparência no uso de verbas públicas foram divulgadas ontem à noite, em rede nacional de televisão, pelo ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, que qualificou a gestão transparente do dinheiro público como a melhor vacina contra a corrupção e o desperdício.
Antes, na solenidade em que anunciou a prestação de contas diária, pelo governo federal, Hage assinalou que “só um governo que não tem o que esconder do povo e que não tem compromisso com o erro” pode fazer o que o Governo Lula fez nos últimos sete anos em favor da transparência.
Sem citar nomes, o ministro criticou o governo do PSDB comandado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
“Não quero me deter em comparações com o passado. Mas é impossível deixar de lembrar que nada disso, ou praticamente nada disso, em matéria de transparência pública, existia antes de 2003”.
O endereço do governo federal para que os cidadãos fiscalizem o uso do dinheiro público é http://www.portaltransparencia.gov.br/
No âmbito dos municípios, as prefeituras daqueles que reúnem mais de 100.000 habitantes têm que começar hoje a divulgar informações pormenorizadas sobre a sua execução orçamentária e financeira. A desobediência à regra pode ser punida com a suspensão de repasses voluntários da União.
------------------------
E agora, Prefeito Fortunati, secretário especial [sic] da Copa de 2014, sendo obrigado a manter os gastos públicos ao alcance da população portoalegrense?
Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado
Encontro de discussão e planejamento da pesquisa, edição 2010
A Fundação Perseu Abramo (FPA), em parceria com o SESC, realizará uma nova pesquisa com vistas a atualizar as percepções das mulheres – e desta vez também dos homens – sobre as questões de gênero no Brasil.
Adotando procedimento utilizado em estudos anteriores (A Mulher Brasileira nos Espaços Público e Privado, em 2001; Perfil da Juventude Brasileira, em parceria com a Rosa Luxemburgo Stiftung, e Discriminação de Cor e Preconceito Racial no Brasil, em 2003; Idosos no Brasil – Vivências, Desafios e Expectativas na Terceira Idade, já em parceria com o SESC, em 2006; e Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil, com a RLS, em 2008), fazemos este contato para convidá-la/o a participar de um Encontro de Discussão e Planejamento da pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado 2010.
Ao ouvir estudiosos/as e atores sociais relevantes – desta vez, núcleos de estudos de gênero, representantes de entidades feministas ou que atuam a favor de suas causas – com vistas a recolher e sistematizar sugestões e preocupações que permitam o detalhamento e aprofundamento do alcance deste projeto pretende-se, a um só tempo, focar a investigação em questões que realmente importam, de forma a que seus resultados possam, logo adiante, contribuir para análises críticas e para a prática de intervenções sociais transformadoras.
A pesquisa aprovada contemplará dois levantamentos quantitativos, a serem realizados simultaneamente: um com 2.400 mulheres, representativo da população feminina com 15 anos de idade e mais, outro com 1.200 homens, representativo da população masculina – ambos distribuídos nacionalmente nas áreas urbanas e rurais de todas as regiões do país.
Em função do número de convidada/os, e tendo em vista a possibilidade de participação efetiva de toda/os na discussão, o encontro terá duas edições, com a mesma pauta, cada uma com a duração de um dia (cabe a/o convidada/o escolher o dia em que irá participar). Nas primeiras parte da manhã será feita a apresentação do projeto e do cronograma previsto, priorizando-se a discussão metodológica. A seguir e no período da tarde abrir-se-á a discussão sobre os eixos temáticos propostos, sugestão de questões para inclusão na pesquisa e sobre como formulá-las.
Discussão da pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado 2010
1. Participação ao vivo
Datas: 2ª feira, 07/06 ou 3ª feira 08/06/2010
Horário: das 9h30 às 17h30 (o almoço será oferecido pela FPA).
Local: Rua Francisco Cruz, 234 – V. Mariana, São Paulo
Auditório Sérgio Buarque de Holanda, sede da Fundação Perseu Abramo.
Solicitamos confirmação de presença, indicando o dia de sua preferência, até 25/05, através das seguintes vias:
E-mail: nop@fpabramo.org.br c/ cópia para gventuri@usp.br, nadja@venturiassociados.com.br
Fax: 011-2305.9892, com Nadja (manhã) ou Beth (tarde).
Obs: o projeto conta com alguma verba para passagens aéreas para quem não é do estado de SP. Como é pouca, pedimos às entidades parceiras, interessadas em enviar alguém ao encontro, que cubram as próprias despesas. Se isso não for possível, informar até 21/05 para que avaliemos a possibilidade de fornecer a passagem. Hospedagem e outras despesas não serão cobertas.
2. Participação pela web
Independentemente de comparecimento em uma das datas acima, com vistas ao acompanhamento do projeto em diferentes etapas de sua realização, solicitamos a toda/os que tenham interesse em participar deste projeto o envio de um e-mail até o dia 25/05 para que possamos cadastrá-los no Grupo de Discussão via web a ser aberto.
Os cadastrados receberão a lista dos demais participantes cadastrados no grupo, a pré-pauta temática que subsidiará os trabalhos do encontro, podendo também opinar, via web, sobre os eixos temáticos e questões a serem incluídos na pesquisa.
Esperamos contar com sua valiosa presença ao longo desse processo, podendo assim elevar a qualidade e alcance deste projeto.
Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Atenciosamente,
Gustavo Venturi
Assessor Técnico do NOP/ FPA
Mauro Lopez Rego
Gerente da GEP/DPD/DN/SESC
Marta Raquel Colabone
Gerente da GEDES/SESC SP
Fundação Perseu Abramo
R. Francisco Cruz 234 Vila Mariana, São Paulo SP, cep 04117-091, fone 5571-4299.
Visite nosso site: www.fpabramo.org.br