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RS: eleitos para a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa

RESULTADO DAS ELEIÇÕES: RIO GRANDE DO SUL
Fonte: TSE


Seções: 25.893
Seções Apuradas: 25.893 (100,00%)

Eleitorado: 8.107.550
Apurado: 8.107.550 (100,00%)
Abstenção: 1.204.648 (14,86%)
Comparecimento: 6.902.902 (85,14%)

Votos: 6.902.902
Brancos: 487.153 (7,06%)
Nulos: 191.306 (2,77%)
Válidos: 6.224.443 (90,17%)

DEPUTADO/A ESTADUAL

Seq. Nº Cand. Nome Candidato Partido / Coligação Qtde. Votos

1 11111 * SILVANA COVATTI PP 85.604 (1,38%)
2 15234 * MARCO ALBA PMDB - PMDB / PSDC 82.269 (1,32%)
3 11233 * PEDRO WESTPHALEN PP 72.910 (1,17%)
4 13655 * EDEGAR PRETTO PT 69.233 (1,11%)
5 45111 * LUCAS REDECKER PSDB - PRB / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B 69.043 (1,11%)
6 15200 * EDSON BRUM PMDB - PMDB / PSDC 67.397 (1,08%)
7 40125 * HEITOR SCHUCH PSB - PR / PSB / PC do B 66.591 (1,07%)
8 13400 * RAUL PONT PT 65.430 (1,05%)
9 13555 * MAINARDI PT 64.375 (1,03%)
10 13713 * VALDECI OLIVEIRA PT 64.163 (1,03%)
11 15500 * MÁRCIO BIOLCHI PMDB - PMDB / PSDC 63.932 (1,03%)
12 23023 * PAULO ODONE PPS - PRB / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B 63.919 (1,03%)
13 12001 * JULIANA BRIZOLA PDT - PDT / PTN 61.305 (0,98%)
14 23200 * LUCIANO AZEVEDO PPS - PRB / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B 59.466 (0,96%)
15 10300 * CARLOS GOMES PRB - PRB / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B 59.144 (0,95%)
16 14789 * LARA PTB 57.936 (0,93%)
17 15415 * GIOVANI FELTES PMDB - PMDB / PSDC 55.276 (0,89%)
18 15160 * GILBERTO CAPOANI PMDB - PMDB / PSDC 53.050 (0,85%)
19 12333 * SOSSELLA PDT - PDT / PTN 49.510 (0,80%)
20 11240 * ADOLFO BRITO PP 48.422 (0,78%)
21 13113 * STELA FARIAS PT 48.070 (0,77%)
22 13013 * ADÃO VILLAVERDE PT 47.758 (0,77%)
23 13010 * DANIEL BORDIGNON PT 46.828 (0,75%)
24 13003 * LUIS LAUERMANN PT 46.541 (0,75%)
25 11122 * FREDERICO ANTUNES PP 46.537 (0,75%)
26 12312 * GERSON BURMANN PDT - PDT / PTN 46.363 (0,74%)
27 14200 * CLASSMANN PTB 46.252 (0,74%)
28 15150 * ALEXANDRE POSTAL PMDB - PMDB / PSDC 45.631 (0,73%)
29 13631 * MIRIAM MARRONI PT 45.450 (0,73%)
30 11112 * FIXINHA PP 44.798 (0,72%)
31 13123 * MARISA FORMOLO PT 43.860 (0,70%)
32 13030 * TORTELLI PT 43.484 (0,70%)
33 12412 * ADROALDO LOUREIRO PDT - PDT / PTN 43.266 (0,70%)
34 12789 * ALCEU BARBOSA VELHO PDT - PDT / PTN 43.120 (0,69%)
35 11444 * CHICÃO PP 43.012 (0,69%)
36 11013 * MANO CHANGES PP 42.220 (0,68%)
37 15140 * MARIA HELENA SARTORI PMDB - PMDB / PSDC 38.958 (0,63%)
38 13131 * ALEXANDRE LINDENMEYER PT 38.740 (0,62%)
39 13813 * ANA AFFONSO PT 38.525 (0,62%)
40 45600 * DR. PEDRO PEREIRA PSDB - PRB / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B 38.268 (0,61%)
41 15170 * BOESSIO PMDB - PMDB / PSDC 37.971 (0,61%)
42 13630 * NELSINHO METALURGICO PT 37.483 (0,60%)
43 25000 * PAULO BORGES DEM 36.751 (0,59%)
44 45123 * ADILSON TROCA PSDB - PRB / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B 36.611 (0,59%)
45 12456 * DR BASEGIO PDT - PDT / PTN 36.071 (0,58%)
46 12233 * CIRO SIMONI PDT - PDT / PTN 35.477 (0,57%)
47 40400 * MIKI BREIER PSB - PR / PSB / PC do B 35.457 (0,57%)
48 14470 * RONALDO SANTINI PTB 35.029 (0,56%)
49 65123 * RAUL CARRION PC do B - PR / PSB / PC do B 34.791 (0,56%)
50 45345 * ZILA BREITENBACH PSDB - PRB / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B 34.676 (0,56%)
51 45678 * POZZOBOM PSDB - PRB / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B 33.474 (0,54%)
52 14114 * MARCELO MORAES PTB 32.535 (0,52%)
53 14714 * SPEROTTO PTB 32.458 (0,52%)
54 40040 * CATARINA PSB - PR / PSB / PC do B 32.035 (0,51%)
55 14000 * CASSIÁ CARPES PTB 30.817 (0,50%)



DEPUTADO/A FEDERAL

Seq.    Nº Cand.     Nome Candidato     Partido / Coligação    Qtde. Votos

1    6565    * MANUELA D AVILA    PC do B - PR / PSB / PC do B    482.590 (8,06%)
2    4040    * BETO ALBUQUERQUE    PSB - PR / PSB / PC do B    200.476 (3,35%)
3    1144    * LUIS CARLOS HEINZE    PP - PRB / PP / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B    180.403 (3,01%)
4    1401    * DANRLEI DE DEUS GOLEIRO    PTB - PTB / DEM    173.787 (2,90%)
5    1307    * PIMENTA    PT    153.072 (2,56%)
6    1313    * HENRIQUE FONTANA    PT    131.510 (2,20%)
7    1522    * OSMAR TERRA    PMDB - PMDB / PSDC    130.669 (2,18%)
8    1111    * COVATTI    PP - PRB / PP / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B    125.051 (2,09%)
9    1314    * MARCO MAIA    PT    122.134 (2,04%)
10    1301    * PEPE VARGAS    PT    120.707 (2,02%)
11    1502    * PERONDI    PMDB - PMDB / PSDC    112.214 (1,87%)
12    1221    * GIOVANI CHERINI    PDT - PDT / PTN    111.373 (1,86%)
13    1112    * JOSE OTAVIO GERMANO    PP - PRB / PP / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B    110.788 (1,85%)
14    1510    * MENDES RIBEIRO FILHO    PMDB - PMDB / PSDC    109.775 (1,83%)
15    1122    * RENATO MOLLING    PP - PRB / PP / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B    104.175 (1,74%)
16    1355    * MARCON    PT    100.553 (1,68%)
17    1300    * RONALDO ZULKE    PT    100.082 (1,67%)
18    1166    * AFONSO HAMM    PP - PRB / PP / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B    98.419 (1,64%)
19    1412    * SÉRGIO MORAES    PTB - PTB / DEM    97.752 (1,63%)
20    4545    * NELSON MARCHEZAN JUNIOR    PSDB - PRB / PP / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B    92.394 (1,54%)
21    1277    * ENIO BACCI    PDT - PDT / PTN    92.116 (1,54%)
22    1320    * ELVINO BOHN GASS    PT    90.096 (1,50%)
23    1345    * FERNANDO MARRONI    PT    87.103 (1,45%)
24    1414    * BUSATO    PTB - PTB / DEM    85.832 (1,43%)
25    1133    * JERONIMO GOERGEN    PP - PRB / PP / PSL / PSC / PPS / PHS / PSDB / PT do B    85.094 (1,42%)
26    2522    * ONYX    DEM - PTB / DEM    84.696 (1,41%)
27    1500    * ALCEU MOREIRA    PMDB - PMDB / PSDC    81.071 (1,35%)
28    1212    * VIEIRA DA CUNHA    PDT - PDT / PTN    76.818 (1,28%)
29    6510    * ASSIS MELO    PC do B - PR / PSB / PC do B    47.141 (0,79%)
30    4080    * STEDILE    PSB - PR / PSB / PC do B    41.401 (0,69%)
31    4020    * DR ALEXANDRE ROSO    PSB - PR / PSB / PC do B    28.236 (0,47%)

*O(s) candidato(s) [no caso, Maria do Rosario**] que aparece(m) com zero voto pode(m) não ter votação ou estar em uma das seguintes situações: indeferido com recurso ou indeferimento, renúncia ou falecimento após a preparação de urnas.

Acesso em 10/10/2010.
**Grifo nosso.
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Ato Público pelo direito à informação

Lembra o Saitica:

Elmar Bones (ex-editor do Coojornal) convida para ato público, 19 horas, pelo direito à informação e 25 anos do Jornal Já - Hoje, sexta-feira, dia 8/10, no Teatro Dante Barone, Assembléia Legislativa do RGS.

Participe!
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LANÇAMENTO DO MANIFESTO E PLATAFORMA SOCIOAMBIENTAL – ELEIÇÕES 2010

Por um outro modelo mais justo, fraterno e sustentável, que aponte para uma vida com dignidade e felicidade para todos!

O Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente -  MOGDeMA, espaço apartidário de articulação socioambientalista e que congrega organizações, cidadãos, movimentos sociais e sindicatos, juntamente com a Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente - APEDeMA, instância que congrega as entidades ecológicas do Rio Grande do Sul, convidam para ato de lançamento do Manifesto Socioambiental e Plataforma Socioambiental – Eleições 2010.

O lançamento público dos documentos acontece dia 23 de setembro, na Assembléia Legislativa/RS, Sala do Fórum Democrático

Data: 23 de setembro - Quinta-feira
Horário: 11 horas
Local: Sala de Reuniões do Fórum Democrático - Espaço Convergência - Térreo
Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul - Praça Marechal Deodoro, 101.

Convidam:
Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente – APEDeMA/RS
Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente - MOGDeMA
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PT quer saber quem liberou senha para espião do PSDB


Ayrton Centeno para Brasília Confidencial - 08/09/2010

Convencida de que o sargento César Rodrigues de Carvalho – que espionou o candidato petista ao governo gaúcho, Tarso Genro, além de outros políticos, jornalistas, advogados e delegados – atuou a mando de seus superiores no Governo Yeda Crusius (PSDB), a bancada do PT na Assembleia Legislativa pediu ontem ao Executivo que informe quem liberou a supersenha para o autor da violação. Apenas 20 pessoas teriam acesso à senha master, uma delas o sargento.

“É um Estado policialesco, autoritário”, criticou a deputada Stela Farias, uma das vítimas da espionagem feita pelo militar.

A oposição ao governo tucano quer saber também para que bolsos rumava o dinheiro arrecadado entre contraventores pelo sargento lotado na Casa Militar do Palácio Piratini.

“Sabemos que o dinheiro não ficava apenas com o sargento. Queremos saber com quem era dividido”, adiantou a deputada. Carvalho recolheria até R$ 40.000,00 mensais da contravenção.

Ela ainda observou que a bancada pedirá ao Ministério Público Estadual que transfira a custódia de Carvalho – preso em dependências da Brigada Militar – para a Polícia Federal, argumentando que ele é “uma peça-chave” e que sua integridade não pode correr riscos.

Para a deputada petista, a espionagem de adversários políticos através do Sistema de Consultas Integradas, instalado na sede do governo gaúcho, é antiga.

“É o método de um governo que se desmoralizou”, entende. Stela suspeita que Ricardo Lied, ex-chefe de gabinete de Yeda Crusius – flagrado em 2008 em grampo telefônico revelando a violação do sigilo de um ex-prefeito petista – seja parte do mesmo processo.

“Não podemos ser levianos, mas queremos puxar este fio e ver aonde vai levar”, comentou. Homem da confiança de Yeda, Lied, apesar da denúncia, foi mantido no cargo do qual se afastou apenas no mês passado.

Ex-presidente da CPI da Corrupção, que averiguou o sumiço de R$ 344 milhões dos cofres do Estado durante a gestão do PSDB, a deputada teve sua família ilegalmente investigada. O militar acessou até mesmo fotos e roteiros de seus três filhos, um deles de oito anos.

“O que uma criança representa de risco para o Estado?”, questiona Stela.

“Quando o promotor (Amilcar Macedo, responsável pelo processo) me contou isso, eu não acreditei. É um grande absurdo, uma coisa sem precedentes na história do Rio Grande”, reagiu.

No Legislativo gaúcho, o deputado Luis Augusto Lara (PTB) também teve seus dados violados. Lara tentou ser candidato ao governo do Estado, mas não teve respaldo. Seu partido foi parceiro disputado por várias siglas, mas acabou sem apoiar nenhuma delas.



“MUITO MAIS VÍTIMAS”

Inicialmente acusado de extorquir donos de bingo e bicheiros, o sargento César de Carvalho logo se tornou um personagem muito mais importante. Constatou-se que ele espionou, além de Tarso Genro, também vários diretórios do PT. Obteve ilegalmente dados sigilosos do senador Sérgio Zambiasi (PTB); do coordenador da campanha estadual do PT, ex-deputado Flávio Koutzii; do deputado federal Luis Carlos Busato (PTB) e do ex-vice-prefeito de Porto Alegre, Eliseu Santos, assassinado em fevereiro.

“Temos certeza de que muito mais gente foi vítima da mesma espionagem e outros nomes irão aparecer”, afirmou a deputada Stela Farias.

Nesta quinta-feira, Carvalho será ouvido no Foro de Canoas. Seu advogado, Adriano dos Santos Pereira, já adiantou que a intenção do cliente é de colaborar e que não assumirá responsabilidades que não são suas. Dois oficiais e dois civis vinculados ao Palácio Piratini estão sob investigação.

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Araponga do Piratini


Espionagem política
Para o PT, sargento agiu com a concordância do centro do governo

A bancada do PT está convencida de que o sargento Cézar Rodrigues de Carvalho, suspeito de ter violado o Sistema de Consultas Integradas da Polícia, não agiu sozinho. Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira (8), os deputados Raul Pont e Stela Farias afirmaram que há fortes indícios de que o esquema de espionagem não é novo e foi arquitetato por integrantes da cúpula do governo gaúcho. “Tudo leva a crer que a ação do sargento contava com o conhecimento do centro de governo e era acobertado por integrantes da Casa Militar”, afirmou a deputada Stela, uma das parlamentares que teve a vida bisbilhotada pelo militar.

Entre janeiro e agosto de 2009, o sargento teria realizado mais de 10 mil acessos, utilizando duas senhas – a comum e a máster, de caráter restrito. Entre os investigados, estão o ex-deputado Flavio Koutzii (PT), o deputado Luís Augusto Lara (PTB) e Stela, que presidiu a CPI da Corrupção. Os acessos às informações dos petistas ocorreram em outubro do ano passado, no ápice das investigações da comissão parlamentar de inquérito. “Chama a atenção o período em que os acessos foram realizados. Não é exagero concluir que as pesquisas tinham objetivos políticos, muito provavelmente de atemorizar parlamentares em pleno exercício de seus mandatos”, frisou Pont.

A arapongagem não se restringiu a vasculhar a vida de deputados, mas invadiu também a intimidade de seus familiares. Na segunda-feira (6), Stela foi alertada pelo promotor que cuida do caso, Amílcar Macedo, que seus três filhos, um deles de apenas oito anos de idade, também foram alvos de espionagem. “O papel da Casa Militar é o de garantir a segurança institucional da governadora. Dentro desta concepção, não há nada que justifique o monitoramento de uma criança de oito anos”, apontou Stela, que deverá nomear um advogado para acompanhar as investigações do caso.

Medidas

Os deputados do PT anunciaram também as medidas que deverão tomar em relação ao episódio. A primeira delas é de requerer que o colégio de líderes (instância que reúne os líderes de todas as bancadas da Assembleia Legislativa) exija esclarecimentos do governo. “Trata-se de uma prática inaceitável, cujo objetivo é o atemorizar deputados. Um parlamento livre não pode conviver com este tipo de ação governamental”, salientou Pont.

O deputado quer que o Executivo informe quem liberou a senha máster para que o sargento violasse o sistema. “É uma senha a que poucas pessoas têm acesso. Portanto, para saber quem a forneceu, não é preciso uma longa investigação. Basta vontade política de elucidar os fatos”, acredita.

O PT quer esclarecimentos também sobre o destino dos recursos provenientes da extorsão de contraventores. “Temos informações de que o dinheiro não ficava só com o sargento, mas era dividido. Queremos saber com quem”, apontou Stela.

A parlamentar anunciou, ainda, que a bancada irá solicitar ao Ministério Público a transferência de custódia do sargento da Brigada Militar para a Polícia Federal. “O sargento é peça chave para esclarecer os fatos. É preciso toda a garantia de preservação de sua integridade.”

Banrisul

O rombo de mais de R$ 10 milhões do Banrisul também deverá ser investigado pela bancada petista. A primeira providência dos parlamentares será solicitar ao Conselho Nacional de Justiça a avaliação da conduta do juiz militar Fernando Lemos, que presidiu o Banrisul e está sendo processado por gestão temerária do órgão. “Queremos saber se, nesta condição, ele pode ocupar a vaga de juiz do Tribunal Militar”, declarou Pont.

O PT deverá solicitar, ainda, a realização de uma audiência pública na Comissão de Serviços Públicos da Assembleia Legislativa para tratar do desvio de recursos do banco gaúcho.

Foto: Kiko Machado no RSurgente
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JORNAL JÁ: Como calar e intimidar a imprensa

Por Luiz Cláudio Cunha no Observatório da Imprensa - 31/8/2010



"Quando o mal é mais audacioso, o bem precisa ser mais corajoso." (Pierre Chesnelong, 1820-1894, político francês

Agosto, mês de cachorro louco, marcou o décimo ano da mais longa e infame ação na Justiça brasileira contra a liberdade de expressão.

É movida pela família do ex-governador Germano Rigotto, 60 anos, agora candidato ao Senado pelo PMDB do Rio Grande do Sul e supostamente alheio ao processo aberto em 2001 por sua mãe, dona Julieta, hoje com 89 anos. A família atacou em duas frentes, indignada com uma reportagem de quatro páginas, publicada em maio daquele ano em um pequeno mensário (tiragem de 5 mil exemplares) de Porto Alegre, o JÁ, que jogava luzes sobre a maior fraude da história gaúcha e repercutia o envolvimento de Lindomar Rigotto, filho de Julieta e irmão de Germano.

Uma ação, cível, cobrava indenização da editora por dano moral. A outra, por injúria, calúnia e difamação, punia o editor do JÁ e autor da reportagem, Elmar Bones da Costa, hoje com 66 anos. O jornalista foi absolvido em todas as instâncias, apesar dos recursos da família Rigotto, e o processo pelo Código Penal foi arquivado. Mas, em 2003, Bones acabou sendo condenado na área cível ao pagamento de uma indenização de R$ 17 mil. Em agosto de 2005 a Justiça determinou a penhora dos bens da empresa. O JÁ ofereceu o seu acervo de livros, cerca de 15 mil exemplares, mas o juiz não aceitou. Em agosto de 2009, sempre agosto, quando a pena ascendera a quase R$ 55 mil, a Justiça nomeou um perito para bloquear 20% da receita bruta de um jornal comunitário quase moribundo, sem anúncios e reduzido a uma redação virtual que um dia teve 22 jornalistas e hoje se resume a dois – Bones e Patrícia Marini, sua companheira. Cinco meses depois, o perito foi embora com os bolsos vazios, penalizado diante da flagrante indigência financeira da editora.

Até que, na semana passada, no maldito agosto de 2010, a família de Germano Rigotto saboreou mais um giro no inacreditável garrote judicial que asfixia o jornal e seu editor desde o início do Século 21: o juiz Roberto Carvalho Fraga, da 15ª Vara Cível de Porto Alegre, autorizou o bloqueio online das contas bancárias pessoais de Elmar Bones e seu sócio minoritário, o também jornalista Kenny Braga. Assim, depois do cerco judicial que está matando a editora, a família Rigotto assume o risco deliberado de submeter dois dos jornalistas mais conhecidos do Rio Grande ao vexame da inanição, privados dos recursos essenciais à subsistência de qualquer ser humano.

O personagem de Scorsese

Afinal, qual o odioso crime praticado pelo JÁ e por Elmar Bones que possa justificar tanta ira, tanta vindita, ao longo de tanto tempo, pelo bilioso clã Rigotto? O pecado do jornal e seu editor só pode ter sido o jornalismo de primeira qualidade, ousado e corajoso, que lhe conferiu em 2001 os prêmios Esso Regional e ARI (Associação Riograndense de Imprensa), os principais da categoria no sul do país, pela reportagem "Caso Rigotto – Um golpe de US$ 65 milhões e duas mortes não esclarecidas".

A primeira morte era a de uma garota de programa, Andréa Viviane Catarina, 24 anos, que despencou nua do 14º andar de um prédio na Rua Duque de Caxias, no centro da capital gaúcha, no fim da tarde de 29 de setembro de 1998. O dono do apartamento, Lindomar Rigotto, estava lá na hora da queda. Ele contou à polícia que a garota tinha bebido uísque e ingerido cocaína. Nenhum vestígio de álcool ou droga foi confirmado nos exames de sangue coletados pela criminalística. O laudo da necropsia diz que a vítima mostrava três lesões – duas nas costas, uma no rosto – que não tinham relação com a queda. Ela estava ferida antes de cair, o que indicava que houve luta no apartamento. Um teste do Instituto de Criminalística indicou que o corpo de Andréa recebeu um impulso no início da queda.

No relatório que fez após ouvir Rigotto, o delegado Cláudio Barbedo, um dos mais experientes da polícia gaúcha, achou relevante anotar: "[Lindomar] depôs sorrindo, senhor de si, falando como se estivesse proferindo uma conferência". Os repórteres que o viram chegar para depor, no dia 12 de novembro, disseram que ele parecia "um personagem de Martin Scorsese", famoso pelos filmes sobre a Máfia: Lindomar usava óculos escuros, terno azul marinho, calça com bainha italiana, camisa azul, gravata colorida e gel nos cabelos compridos. O figurino não impressionou o delegado, que incluiu na denúncia o depoimento de uma testemunha informando que Lindomar era conhecido como "usuário e traficante de cocaína" na noite que ele frequentava – por prazer e ofício – como dono do Ibiza Club, uma rede de quatro casas noturnas que agitavam as madrugadas no litoral do Rio Grande e Santa Catarina. Em dezembro, o delegado Barbedo concluiu o inquérito, denunciando Lindomar Rigotto por homicídio culposo e omissão de socorro.

Lindomar só não sentou no banco dos réus porque teve também uma morte violenta, 142 dias após a de Andréa. Na manhã de 17 de fevereiro, ele fechava o balanço da última noite do Carnaval de 1999, que levou sete mil foliões ao salão do Ibiza da praia de Atlântida, a casa mais badalada do litoral gaúcho. Cinco homens armados irromperam no local e roubaram a féria da noitada. Lindomar saiu em perseguição ao carro dos assaltantes. Emparelhou com eles na praia vizinha, Xangrilá, a três quilômetros do Ibiza. Um assaltante botou a arma para fora e disparou uma única vez. Lindomar morreu a caminho do hospital, com um tiro acima do olho direito. Tinha 47 anos.

O choque de Dilma

A trepidante carreira de Lindomar Rigotto sofrera um forte solavanco dez anos antes, com seu envolvimento na maior fraude da história gaúcha: a licitação manipulada de 11 subestações da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), uma tungada em valores corrigidos de aproximadamente R$ 840 milhões – 21 vezes maiores do que o escândalo do Detran que submeteu a governadora Yeda Crusius a um pedido de impeachment, quase três vezes mais do que os desvios atribuídos ao clã Maluf em São Paulo, quinze vezes maior do que o total contabilizado pelo Supremo Tribunal Federal para denunciar a "quadrilha dos 40" do mensalão do governo Lula.

Afundada em dívidas, a estatal gaúcha de energia tinha dificuldades para captar os US$ 141 milhões necessários para as subestações que gerariam 500 mil quilowatts para 51 pequenas e médias cidades do Rio Grande. Preocupado com a situação pré-falimentar da empresa, o então governador Pedro Simon (PMDB) tinha exigido austeridade total.

Até que, em março de 1987, inventou-se o cargo de "assistente da diretoria financeira" para acomodar Lindomar, irmão do líder do Governo Simon na Assembléia, o deputado caxiense Germano Rigotto. "Era um pleito político da base do PMDB em Caxias do Sul", confessaria depois o secretário de Minas e Energia, Alcides Saldanha. Mais explícito, um assessor de Saldanha reforçou a paternidade ao JÁ: "Houve resistência ao seu nome [Lindomar], mas o irmão [Germano] exigiu".

Com a chegada de Lindomar, as negociações com os dois consórcios das obras, que se arrastavam há meses, foram agilizadas em apenas oito dias. Logo após a assinatura dos contratos, os pagamentos foram antecipados, contrariando as normas estritas baixadas por Simon para evitar curtos-circuitos contábeis na CEEE. Três meses depois, a empresa foi obrigada a um empréstimo de US$ 50 milhões do Banco do Brasil, captado pela agência de Nassau, no paraíso fiscal das Bahamas. Uma apuração da área técnica da CEEE detectou graves problemas: documentos adulterados, folhas numeradas a lápis, licitação sem laudo comprovando a necessidade da obra. A sindicância da estatal propôs a revisão dos contratos, mas nada foi feito. A recomendação chegou ao governo seguinte, o de Alceu Collares (PDT), e à sucessora de Saldanha na pasta das Minas e Energia, uma economista chamada Dilma Rousseff. "Eu nunca tinha visto nada igual", diria ela, chocada com o que leu.

Dilma só não botou o dedo na tomada porque o PDT de Collares precisava dos votos do PMDB de Rigotto para ter maioria na Assembléia. Para evitar o risco de queimaduras, Dilma, às vésperas de deixar a secretaria, em dezembro de 1994, teve o cuidado de mandar aquela papelada de alta voltagem para a Contadoria e Auditoria Geral do Estado (CAGE), que começou a rastrear a CEEE com auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público. Dependendo do câmbio, o tamanho da fraude constatada era sempre eletrizante: US$ 65 milhões, segundo o CAGE, ou R$ 78,9 milhões, de acordo com o Ministério Público.

A denúncia energizou a criação de uma CPI na Assembléia, proposta pelo deputado Vieira da Cunha, líder da bancada do PDT em 2008 na Câmara Federal. Vinte e cinco auditores quebraram sigilos bancários e fiscais. Lindomar Rigotto foi apontado em 13 depoimentos como figura central do esquema, acusação reforçada pelo chefe dele na CEEE, o diretor-financeiro Silvino Marcon. A CPI constatou que os vencedores da licitação, gerenciados por Rigotto, apresentavam propostas "em combinação e, talvez, até ao mesmo tempo e pelas mesmas pessoas". O relatório final lembrava: "É forçoso concluir pela existência de conluio entre as empresas interessadas que, se organizando através de consórcios, acertaram a divisão das obras entre si, fraudando dessa forma a licitação". O JÁ foi mais didático: "Apurados os vencedores, constatou-se que o consórcio Sulino venceu todas as subestações do grupo B2 e nenhuma do B1. Em compensação, o Conesul venceu todas as obras do B1 e nenhuma do B1. A diferença entre as propostas dos dois consórcios é de apenas 1,4%".

O aval de Dulce

A quebra do sigilo bancário de Lindomar revelou um crédito em sua conta de R$ 1,17 milhão, de fonte não esclarecida. O relatório final da CPI caiu na mão de um parlamentar do PT, o também caxiense Pepe Vargas, primo de Lindomar e Germano Vargas Rigotto. Apesar do parentesco, o primo Pepe, hoje deputado federal, foi inclemente na sua acusação final: "De tudo o que se apurou, tem-se como comprovada a prática de corrupção passiva e enriquecimento ilícito de Lindomar Vargas Rigotto". Além dele, a CPI indiciou outras 12 pessoas e 11 empresas, botando no mesmo balaio nomes vistosos como Camargo Corrêa, Alstom, Brown Boveri, Coemsa, Sultepa e Lorenzetti. No final de 1996, a Assembléia remeteu as 260 caixas de papelão da CPI ao Ministério Público, de onde nasceu o processo n° 011960058232 da 2ª Vara Cível da Fazenda Pública em Porto Alegre. Os autos somam 30 volumes e 80 anexos e mofam ainda na primeira instância do Judiciário, protegidos por um inacreditável "segredo de justiça". Em fevereiro próximo, o Rio Grande do Sul poderá comemorar os 15 anos de completo sigilo sobre a maior fraude de sua história.

Esta incrível saga de resistência e agonia do JÁ e de Bones provocada pela família Rigotto foi contada, em primeira mão, neste Observatório, em 24 de novembro de 2009 ("O jornal que ousou contar a verdade"). No dia seguinte, uma quarta-feira, Rigotto telefonou de Porto Alegre para reclamar ao autor que assina aquele e este texto.

– Isso ficou muito ruim pra mim, Luiz Cláudio, pois o Observatório é um formador de opinião, muito lido e respeitado. Ficou parecendo que eu estou querendo fechar um jornal. Eu não tenho nada a ver com isso. O processo é coisa da minha mãe. Foi a minha irmã, Dulce, que me disse que a reportagem era muito pesada, irresponsável. Eu nem conheço este jornal, este jornalista...


– Rigotto, a dona Julieta não é candidata a nada. O candidato és tu. A reportagem do JÁ tem implicações políticas que batem em ti, não na tua mãe. E acho muito estranho que, passados oito anos, tu ainda não tiveste a curiosidade de ler a reportagem que tanta aflição provoca na dona Julieta. Se tu estás te baseando na avaliação da Dulce, devo te alertar que ela não entende xongas de jornalismo, Rigotto! Esta matéria do Bones é precisa, calcada em fatos, relatórios, documentos e conclusões da CPI e do Ministério Público que incriminam o teu irmão. Não tem opinião, só informação. O teu processo...


– Não é meu, não é meu... É da minha mãe...


– Isso é o que diz também o Sarney, Rigotto, quando perguntam a ele sobre a censura que cala O Estado de S.Paulo. "Isso é coisa do meu filho, o Fernando"...


– Eu fico muito ofendido com esta comparação! Eu não sou o Sarney, não sou!...


– Lamento, mas estás usando a mesma desculpa do Sarney, Rigotto.


– Luiz Cláudio, como resolver isso tudo com o Bones? A gente pode parcelar a dívida e aí...


– Rigotto, tu não estás entendendo nada. O Bones não quer parcelar, não quer pagar um único centavo. Isso seria uma confissão de culpa, e ele não fez nada errado. Pelo contrário. Produziu uma reportagem impecável, que ganhou os maiores prêmios. Eu assinaria essa matéria, com o maior orgulho. Sai dessa, Rigotto!

Coincidência ou não, um dia depois do telefonema, na quinta-feira, 26, Rigotto convocou uma inesperada coletiva de imprensa em Porto Alegre para anunciar sua retirada como possível candidato ao Palácio Piratini, deixando o espaço livre para o prefeito José Fogaça.

O modelo de Roosevelt

Naquela mesma quarta-feira, 25 de novembro, a emenda ficou pior que o soneto. O advogado dos Rigotto, Elói José Thomas Filho, botou no papel aquela mesma proposta indecente que ouvi do próprio Germano Rigotto, confirmando por escrito ao editor a idéia de parcelar a indenização devida de R$ 55 mil em 100 (cem) módicas prestações. Diante da altiva recusa de Bones, o advogado pareceu incorporar a doutrina do big stick de Theodore Ted Roosevelt (1901-1909), popularmente conhecida como "lei do tacape" e inspirada pela frase favorita do belicoso presidente estadunidense: "Fale com suavidade e tenha na mão um grande porrete". O suave advogado Thomas Filho escreveu então para Bones: "... em nova demonstração de boa-fé, formalizamos nossa intenção em compor amigavelmente o litígio acima, bem como a possibilidade [sic] de nos abstermos de ajuizar novas demandas judiciais...".

Certamente para tranquilizar o filho candidato, o advogado reafirmava na carta a Bones que a ação contra o jornal era movida "unicamente" por dona Julieta, que buscava na justiça o ressarcimento pelo "abalo moral" provocado pela reportagem do JÁ, que misturava "irresponsavelmente três fatos diversos que envolveram a figura do falecido". Ou seja, dona Julieta Rigotto, que entende de jornalismo tanto quanto os filhos Dulce e Germano, não consegue perceber a obviedade linear de uma pauta irresistível para qualquer repórter inteligente: o objetivo relato jornalístico sobre um homem público – Lindomar – morto num assalto pouco antes de ser julgado pelo homicídio culposo de uma prostituta e pouco depois de ser denunciado no relatório de uma CPI, redigido pelo primo deputado, pela prática comprovada de "corrupção passiva e enriquecimento ilícito" na maior fraude já cometida contra os cofres públicos do Rio Grande do Sul. Mas, na lógica simplória da mãe dos Rigotto, uma coisa não tem nada a ver com a outra...

Para garantir o tom "amigável" entre as partes, o advogado de dona Julieta propôs a Bones os termos de uma retratação pública, suave como um porrete, enfatizando três pontos:

1. "Dona Julieta nunca teve a intenção de fechar o jornal";

2. "a ação não é promovida pela família Rigotto, mas apenas por dona Julieta";

3. "retirar o jornal de circulação, para estancar a propagação do dano".

Tudo isso, incluindo o ameno confisco de um jornal das bancas em pleno regime democrático, segundo o tortuoso raciocínio do advogado, serviria para "tutelar a honra e a imagem de seu falecido filho". Neste longo, patético episódio, que intercala demonstrações de coragem e altivez com cenas de pura violência, fina hipocrisia ou corrupção explícita, ficou pelo caminho o contraste de atitudes que elevam ou rebaixam. Diante da primeira ação criminal de dona Julieta na Justiça, o promotor Ubaldo Alexandre Licks Flores ensinou, em novembro de 2002:

"[não houve] qualquer intenção de ofensa à honra do falecido Lindomar Rigotto. Por outro lado, é indiscutível que os três temas [a CEEE e as duas mortes] estavam e ainda estão impregnados de interesse público".

O orgulho de Enedina

Apesar da lucidez do promotor, o caso tonitruante da CEEE não ecoa nos ouvidos surdos da imprensa gaúcha, conhecida no país pela acuidade de profissionais talentosos, criativos, corajosos. Nenhum grande jornal do sul – Zero Hora, Correio do Povo, Jornal do Comércio, O Sul –, nenhum colunista de peso, nenhum editorialista, nenhum blog de prestígio perdeu tempo ou tinta com esse tema, que nem de longe parece um assunto velho, batido ou nostálgico. O que lhe dá notória atualidade não é o ancestral confronto entre a liberdade de expressão e a prepotência envergonhada dos eventuais poderosos de plantão, mas a reaparição de seus principais personagens no turbilhão da corrida eleitoral de 2010.

Germano Rigotto, o líder governista que emplacou o filho de dona Julieta na máquina estatal, é hoje o candidato do maior partido gaúcho ao Senado Federal. A ex-secretária Dilma Rousseff, que ficou estarrecida com o que leu sobre as fraudes de Lindomar Rigotto na CEEE, é apontada pelas pesquisas como a futura presidente do Brasil, numa vitória classificada pelo renomado jornal inglês Financial Times como "retumbante". Tarso Genro, o ex-comandante supremo da Polícia Federal, que executou as maiores operações contra corruptos da máquina pública, lidera a corrida ao governo gaúcho e, certamente, tem os instrumentos para saber hoje o que Dilma sabe desde 1990. O primo Pepe Vargas, que mostrou isenção e coragem no relatório da CPI sobre a maior fraude da história do Rio Grande, é candidato à reeleição, assim como o deputado federal que inventou a CPI, Vieira da Cunha.

É a lógica perversa do interesse eleitoral que explica o desinteresse até dos principais adversários de Rigotto na disputa pelo Senado. O candidato do PMDB está emparedado entre a líder na pesquisa da Datafolha, a jornalista Ana Amélia Lemos (PP) – que subiu de 33% em julho para 44% na semana passada – e o candidato à reeleição pelo PT, senador Paulo Paim – que cresceu de 35% no início do mês para 38% agora. Rigotto caiu de 43% para 42% no espaço de três semanas. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, Ana Amélia bate Rigotto por 47% a 39%. Seus oponentes desprezam o potencial explosivo do "Caso CEEE" porque todos sonham em ganhar o segundo voto dos outros candidatos, o que justifica a calculada misericórdia e o piedoso silêncio que modera a estratégia de adversários historicamente tão diferentes e hostis como são, no Rio Grande do Sul, o PT, o PMDB e o PP.

O que é recato na política se transforma em omissão nas entidades que, ao longo do tempo, marcaram suas vidas na luta pela democracia e pela liberdade de expressão e no repúdio veemente à ditadura e à censura. Siglas notáveis como OAB, ABI, SIP, Fenaj e Abraji brilham pelo silêncio, pela omissão, pelo desinteresse ou pelo trato burocrático do caso JÁ vs. Rigotto, que resume uma questão crucial na vida de todas elas e de todos nós: a livre opinião e o combate à prepotência dos grandes sobre os pequenos, apanágio de toda democracia que se respeita.

A OAB e seus advogados, no Rio Grande ou no Brasil, que impulsionaram a queda de um presidente envolvido em denúncias de corrupção, não se sensibilizam pela sorte de um pequeno jornal e seu bravo editor, punidos por seu desassombrado jornalismo e mortalmente asfixiados pelo cerco econômico surpreendentemente avalizado pela Justiça, que deveria proteger os fracos contra os fortes – e não o contrário.

A inerte Associação Brasileira de Imprensa jamais se pronunciou sobre as agruras de Bones e seu jornal. Só em setembro de 2009, um mês após a denúncia sobre o bloqueio judicial das receitas do JÁ, é que a Fenaj e o Sindicato dos Jornalistas do RS trataram de fazer alguma coisa: uma nota gelada, descartável, manifestando solidariedade à vítima e lamentando a decisão "equivocada" da Justiça. A Associação Riograndense de Imprensa, que em 2001 conferiu à reportagem contestada do JÁ o seu maior prêmio jornalístico, só quebrou o seu constrangedor silêncio ao ser cobrada publicamente por este Observatório, em novembro passado. Todos os membros da brava Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo têm a obrigação de conhecer a biografia de Elmar Bones, que nos anos de chumbo pilotou o CooJornal, um mensário da extinta Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre (1976-1983) que virou referência da imprensa nanica que resistia à ditadura.

Bones chegou a ser preso, em 1980, pela publicação de um relatório secreto em que o Exército fazia uma autocrítica sobre as bobagens cometidas na repressão à guerrilha do Araguaia. Algo mais perigoso, na época, do que falar na roubalheira operada pelo filho de dona Julieta na CEEE... No site da Abraji, a entidade emite sua opinião em quatro notas, nos últimos dois anos. Critica o sigilo eterno de documentos públicos, defende o seguro de vida para repórteres em zona de risco, repudia um tapa na cara que uma repórter de TV do Centro-Oeste levou de um vereador e, enfim, faz uma vigorosa, firme, veemente manifestação a favor da liberdade de expressão... no México. Ao pobre JÁ e seu editor, lá no sul do Brasil, nenhuma linha, nada.

A poderosa Sociedade Interamericana de Imprensa, que reúne os maiores veículos das três Américas, patrocina uma influente Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação, hoje sob a presidência de um jornal do Texas, o San Antonio Express News. Entre os 26 vice-presidentes regionais, existem dois brasileiros: Sidnei Basile, do Grupo Abril, e Maria Judith de Brito, da Folha de S.Paulo. Envolvidos com os graves problemas da Paulicéia, eles provavelmente não podem atentar para o drama vivido por um pequeno jornal de Porto Alegre. Mas, existem outros 17 membros na Comissão de Liberdade da SIP, e dois deles bem próximos do drama de Bones: os gaúchos Mário Gusmão e Gustavo Ick, do jornal NH, de Novo Hamburgo, cidade a 40 km da capital gaúcha. Nem essa proximidade livra as aflições do JÁ e seu editor do completo desdém da SIP.

Este monumental cone de silêncio e omissão, que atravessa fronteiras e biografias, continua desafiando a sensibilidade e a competência de jornais e jornalistas, que deveriam se perguntar o que existe por trás do amaldiçoado caso da CEEE, que afugenta em vez de atrair a imprensa. A maior fraude da história do Rio Grande, mais do que uma bomba, é uma pauta em aberto, origem talvez da irritação dos Rigotto contra o editor e o jornal que ousaram jogar luz nessa história mal contada. Os volumes empoeirados deste megaescândalo continuam intocados nas estantes da Justiça em Porto Alegre, protegido por um sigilo inexplicável que só pode ser útil a quem mente e a quem rouba, não a quem luta pela verdade e a quem é ético na política, como fazem os bons repórteres e como devem ser os bons políticos.

O bom jornalismo não é aquele que produz boas respostas, mas aquele que faz as boas perguntas – e as perguntas são ainda melhores quando incomodam, quando importunam, quando constrangem, quando afligem os consolados e quando consolam os aflitos.

A emoção é a última fronteira de quem perde os limites da razão. Elmar Bones tinha ganhado todas as instâncias do processo criminal, quando um juiz do Tribunal de Justiça, na falta de melhores argumentos, preferiu se assentar nos autos impalpáveis do sentimento para decidir em favor da mãe de Germano Rigotto:

"Não há como afastar a responsabilidade da ré pelas matérias veiculadas, que atingiram negativamente a memória do falecido, o que certamente causou tristeza, angústia e sofrimento à mãe do mesmo (...)".

Dona Julieta Rigotto, viva e forte aos 89 anos, ainda sofre com a honra e a imagem maculadas de seu falecido filho, Lindomar.

Dona Enedina Bones da Costa tinha 79 anos quando morreu, em 2001, poupada assim da tristeza, angústia e sofrimento que sentiria ao ver o drama vivido agora por seu filho, Elmar. Mas ela teria, com certeza, um enorme, um insuperável orgulho pelo filho honrado e corajoso que trouxe ao mundo e ao jornalismo.

Imagem: Rede Brasil Atual via RSurgente
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Seminário analisa cobertura da imprensa gaúcha e nacional

O Seminário "Mídia Livre x Mídia Corporativa: nas Entrelinhas da Comunicação" foi um verdadeiro sucesso de público, tanto presencial quanto virtual. Transmitido ao vivo pela Rádio Web Putzgrila, o debate realizado [no dia 22/06] a Assembleia Legislativa, contou com a
audiência de mais de 2,5 mil internautas, atingindo além de outros estados - como Paraná, São Paulo e Minas Gerais - países como Estados Unidos e México.

Organizado pela Secretaria de Formação Política do PT-POA, o evento teve como objetivo discutir os rumos da imprensa no Rio Grande do Sul e no Brasil. Elmar Bones, do Jornal JÁ, Marco Aurélio Weissheimer, do Blog RSUrgente, e Maria Helena Weber, Profª. Dra. da Faculdade de Comunicação da UFRGS trouxeram importantes contribuições para a análise do tema. A mediação ficou a cargo de Cláudia Cardoso, do Blog Dialógico.

Cláudia abriu os trabalhos ressaltando que estamos vivendo um período importante em matéria de acesso à informação. Em função das novas tecnologias, avalia, é possível buscar outros mecanismos de conhecimento. "Há uma proliferação do próprio público, que antes apenas recebia a informação, agora está criando suas próprias mídias populares e produzindo conteúdo também", disse ela.
"Mídia se encaminha para outra derrota ao não querer reconhecer crescimento da Dilma"

Elmar Bones falou das derrotas que a grande mídia tem sofrido ao tentar coagir a opinião pública. Citou como exemplo a campanha que fizeram contra o governo Lula na questão do mensalão. "A intenção da mídia era derrubar o governo, desmoralizar. Mas o fato é que Lula saiu praticamente ileso, tanto que se reelegeu em seguida", afirmou.

O jornalista acredita que isso tenha acontecido por duas razões: pelas características pessoais do presidente Lula e pela ajuda dos movimentos sociais. "Esse apoio que teve dos movimentos sociais o blindou contra a farsa da mídia", disse Elmar, prevendo nova derrota com a candidatura de Dilma Rousseff.

"Desde o início se posicionaram contra. É um questionamento 'anti', que objetiva desgastar. Não vejo o debate das ideias", analisou. Para ele, a mídia não consegue sequer reconhecer o que as pesquisas estão mostrando: "Dilma subindo e Serra caindo".

Ao analisar o cenário estadual, Elmar lembrou da cobertura feita com relação ao projeto de lei que prevê a venda do terreno da Fase. "Trata-se de outra derrota", afirmou. A imprensa sempre tratou o assunto como se fosse uma reformulação da Fase.

"A Zero Hora fez praticamente uma campanha pela venda do terreno. Mas a reação aconteceu: tanto pelos moradores do terreno, quanto pela campanha organizada na Internet. Ou seja, mesmo a mídia mantendo a defesa o projeto naufragou. Este é mais um exemplo concreto da situação que vivemos. Esses grupos ainda são hegemônicos, mas estão sofrendo um desgaste muito grande".

Para o diretor da JÁ Editores, responsável pela publicação do jornal JA Bom Fim/Moinhos e pela Revista JÁ, a mídia não vai mudar se não surgirem alternativas concretas que as façam perder audiência e levem a mudar seus próprios métodos. "A mudança que precisa acontecer na comunicação é muito profunda: falo de método de trabalho, de organização, de relação dos trabalhadores. Isso só vai acontecer se nós tivermos fora das grandes empresas experiências de comunicação que tragam novos caminhos", finalizou.

Jornalismo cidadão

"É hora de a gente abandonar esse conceito de mídia alternativa, que esta muito ligado à ditadura militar". Foi com esta frase que Weissheimer iniciou sua intervenção. De acordo com ele o que se vê hoje é o surgimento de um "jornalismo cidadão", onde blogueiros e twitteiros fazem comunicação de qualidade diariamente.

Responsável pelo blog RS Urgente, Marco endossou os comentários feitos anteriormente por Elmar Bones sobre a cobertura envolvendo o terreno da Fase. Ele recordou a forma como o movimento de blogueiros se engajou na campanha pelo veto ao projeto, trazendo ao debate a informação de que a área do terreno representava a metade do Morro Santa Tereza.

"Quando surgiu esta informação o debate mudou, porque não se tratava mais de qualquer terreno. Isso representou uma guinada na disputa política e simbólica", avaliou, acrescentando que esse tipo de experiência já é uma realidade no Rio Grande do Sul. "Do ponto de vista midiático, não custou um centavo essa informação. Nossa mobilização municiou toda uma luta, agregou valor político ao debate e provou que não se trata mais de uma intervenção alternativa. É um espaço consolidado".

Segundo o jornalista, "blogueiros não são mais átomos isolados. Trata-se de um grupo construindo um futuro coletivamente. Uma força midiática e política concreta". Outro exemplo recente da força midiática através das redes sociais, segundo Marco, diz respeito à campanha organizada contra o narrador da Rede Globo Galvão Bueno no twitter.

Embora o otimismo, Marco não acredita no fim da mídia corporativa. "Nosso desafio daqui em diante é - além de denunciar - produzir informação de qualidade e de interesse público. O caso da Fase é um exemplo disto".

Dispersão da informação

O embasamento teórico da discussão ficou para o final, com a intervenção de Maria Helena Weber, Profª. Dra. da Faculdade de Comunicação da UFRGS. Ela falou da preocupação que tem com a dispersão da informação, que hoje é individualizada.

Questionou, também, as estruturas de comunicação dos 3 poderes - legislativo, judiciário e executivo -, que, de acordo com Maria Helena, são imensas e geraram um conceito chamado mídia das fontes, onde o jornalista ao invés de questionar, se abastece dessas informações. "Idéia de um grande leviatã, onde o Estado poderoso é que tem a capacidade de interagir com o cidadão".

Ela finalizou afirmando não ser tão otimista quanto ao futuro da imprensa. De acordo com a professora, "a grande mídia está refazendo o seu modo de se comunicar e por isto está enfrentando um grande embate e está sendo obrigada a seguir este grande processo".

Por Tatiana Feldens - Asscom PT-POA

Foto: Blog do Adeli

Tatiana Feldens
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Contatos: 7811 5754 / 3211 4888
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Seminário Nas Entrelinhas da Comunicação


Visando debater os rumos da imprensa em nível estadual e nacional, a Secretaria de Formação Política do PT-POA promove no próximo dia 22 de junho, às 19h, no Plenarinho da Assembleia, o seminário "Mídia Livre x Mídia Corporativa: nas Entrelinhas da Comunicação".

Trata-se de mais iniciativa do Diretório Municipal na busca pela reflexão sobre o caráter informativo e formativo que a imprensa tem sobre a sociedade.

"Queremos discutir o papel dos meios de comunicação no Rio Grande do Sul e no Brasil. Sabemos que há uma inovação muito grande com a internet, que possibilitou a democratização da informação. Mas também sabemos que as mídias tradicionais ainda são preponderantes e elas, por sua vez, ao invés de informar, afirmam como se fossem verdades as notícias", analisa o Secretário de Formação Política, Assis Brasil.

O Seminário será aberto ao público e contará com 3 palestrantes: Marco Aurélio Weissheimer, do Blog RS Urgente, Elmar Bones, do Jornal JÁ e Maria Helena Weber, Profª. Dra. Da Faculdade de Comunicação da UFRGS. A mediação ficará a cargo de Cláudia Cardoso, do Blog Dialógico.

Serviço
O que: Seminário de Comunicação
Quando: 22 de junho
Hora: 19h
Onde: Plenarinho da Assembleia
Outras informações: 3211 4888


Tatiana Feldens
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Fases

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Sobre patrolas


Destes deputados e deputadas da base governista, apoiadore$/apoiadora$ do desgoverno Yeda Rorato Cru$iu$ [PSDB/PRBS], marcado pela truculência, deveríamos esperar algo diferente do que manifestação com linguagem violenta? Claro que não!

Agora, lembrem senhora$ e senhore$ que habitam a ALERGS por conta do voto que, além de patrolar a população mobilizada, moradora ou não do Morro Santa Teresa, estarão patrolando a Justiça, como poderá ser lido neste documento aqui, assinado pelo Desembargador Leo Lima, nada mais, nada menos, do que o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul! Um ofício em resposta ao memorial escrito pela Dep. Est. Stela Farias [PT] e Dep. Est. Raul Carrion [PCdoB] e Raul Pont [PT], que pode ser lido aqui.

Tomara que a resposta a este desaforo, a esta virulência, seja dada nas urnas. Tem muita gente boa, arriscamos a dizer que de partidos da direita inclusive, aguardando seu voto para deputada e deputado estadual e federal este ano. Ei povo! Ajude a qualificar a legislatura na Assembleia, livrando-a de oportunistas deste naipe, que ignoram o bom senso [deixando a questão ideológica de lado nesta hora]!

Tentem imaginar o que será o Morro Santa Teresa com construções como essas, abaixo, em que estudo do economista Mauro Salvo alerta para a evolução do mercado imobiliário de Porto Alegre com vistas a identificar sua vulnerabilidade à ocorrência de ilícitos financeiros no que tange a utilização do setor com intuito de lavar dinheiro de origem criminosa. Ou seja, qualquer precipitação, correria na aprovação de uma lei, que sequer destina as verbas da venda para a descentralizada da FASE, poderá suscitar dúvidas em relação à seriedade de quem "patrola" a população mobilizada riograndense contra essa venda...


Artes: Henrique Wittler
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Câmara de Porto Alegre é contrária à urgência na votação do Projeto da Fase


O plenário da Câmara Municipal aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (2/6), a moção de solidariedade às comunidades e à retirada de urgência do projeto PL 388/09, que tramita na Assembleia Legislativa do RS e autoriza o Governo do Estado a vender ou permutar área pública destinada à implantação de unidades descentralizadas de atendimento a jovens infratores.

A proposição é da vereadora Sofia Cavedon que destacou em seu pronunciamento de que “a cidade de Porto Alegre não pode concordar com o pedido de urgência para votação de um projeto que vende uma área nobre da capital, sem ao menos ser consultada”. “Qual a posição da Câmara de Vereadores? Qual a posição do Prefeito? Qual a posição dos moradores da região? É interesse público da cidade a desalienação desta área pública e a densificação ainda maior daquela região? Que recursos para descentralização da Fase podem ser obtidos se tiver projeto, o que não existe!”, questionou a vereadora.

Sofia lembrou ainda que no local moram inúmeras famílias das comunidades Vila Gaúcha, Vila Figueira, Vila Santa Rita, Vila Ecológica e União Santa Tereza, e também da recomendação do Ministério Público, de imediata retirada do regime de urgência do PL 388, que está para ser votado na próxima terça-feira (08), na Assembleia Legislativa.

O projeto autoriza a Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) a alienar ou permutar imóvel situado na Av. Padre Cacique.

Fonte: Sofia Cavedon – 9953.7119
Foto: Livia Stumpf/CMPA
Porto Alegre, 02 de Junho de 2010.
Jorn. Marta Resing/5405
Ass. Comunicação
Verª Sofia Cavedon/PT
9677.0941
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Todos no Brique da Redenção!


CONVITE!

No sábado 29/05/2010 e no domingo 30/05/2010, à partir das 9h30min, todos ao Brique da Redenção para participar da Campanha "O Morro é Nosso".

Haverá panfleteação e coleta de assinaturas contra a venda do Morro Santa Teresa, contra o PL 388/09.

O PL 388/09 autoriza o governo Yeda a alienar a sede da FASE na Av. Padre Cacique em Porto Alegre a qual ocupa a maior parte do Morro Santa Teresa.

PARTICIPE! ENVIE MENSAGENS PARA OS DEPUTADOS ESTADUAIS CONTRA O PL 388/09!
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Terreno da Fase: MP recomenda retirada da urgência do PL


Recomendação do Ministério Público, de que seja imediatamente retirado o regime de urgência do PL 388, que autoriza a Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) a alienar ou permutar imóvel situado na Av. Padre Cacique, foi feita nesta terça-feira (25) pelo promotor Luciano Faria de Brasil.

A informação é da vereadora Sofia Cavedon, que participou da reunião no MP para tratar do tema. Segundo ela os moradores da Vila Gaúcha, Vila Figueira, Vila Santa Rita, Vila Ecológica e União Santa Tereza, comunidades que habitam o local e, portanto, serão retiradas caso o terreno seja vendido, comemoram a decisão tomada pela Promotoria de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística.

Conforme a vereadora, o promotor Luciano Brasil afirmou no encontro que existem problemas legais para a realização da venda, sendo que já existe uma ação, do próprio MP, exigindo que seja realizada a regularização fundiária da região, dando direito de uso as famílias que lá já residem.

A recomendação foi encaminhada à governadora Yeda Crusius, aos secretários estaduais da Justiça e Casa Civil, e para o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Giovani Cherini.

Projeto

O projeto de lei 388 tramita na Assembleia Legislativa desde dezembro do ano passado. Sua essência, é uma autorização ao governo do Estado para vender ou permutar uma área pública de aproximadamente 74 hectares (o dobro do Parque da Redenção), num dos pontos mais valorizados de Porto Alegre – para viabilizar a implantação de nove unidades descentralizadas de atendimento a menores infratores.

São Cerca de 4 mil famílias que moram nas vilas, diz Sofia. A área tem 74 hectares, fica em uma zona nobre da Capital e bem próxima ao estádio Beira-Rio.

Fonte: Sofia Cavedon – 9953.7119
OBS: Caso o celular estiver fora de área, contatar pelo 8471.0607 (Sandra).
Porto Alegre, 25 de maio de 2010.
Jorn. Marta Resing
Ass. Comunicação
Verª Sofia Cavedon/PT
9677.0941

Foto: Eduardo Seidl
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