O horário político eleitoral continuou hoje no Jornal Nacional, em mais um capítulo da perversa história da Globo, onde a manipuladora empresa tentou interferir em eleição. Ontem, o SBT mostrou imagem nítida de uma bolinha de papel atingindo o candidato. Hoje, o JN sustenta que houve um segundo objeto atirado 15 minutos após o primeiro, e mostra imagens feitas por celular de um repórter da Folha. Pateticamente, ainda chama Ricardo Molina, o perito pop da Globo, que já vendeu seus serviços para o casal Nardoni e o goleiro Bruno. A reportagem do JN pode ser vista
aqui. O vídeo do repórter da Folha,
aqui. Vamos comparar alguns detalhes:
O JN afirma que uma forma arredondada no lado esquerdo da cabeça de Serra seria uma bobina de fita crepe, versão apresentada pela campanha do PSDB. Este é o único frame onde há algo assim assemelhado. Não parece exatamente com uma bobina, mas com uma esfera. O que seria?
Na mesma imagem ampliada, embora com grande distorção, podemos perceber que ela é formada por grandes retângulos. Isso se deve a um efeito em imagens com alta compressão, como as de vídeo por celular. O padrão é o JPEG, que ao comprimir a imagem resulta em algumas áreas um
efeito chamado de artefato. Percebe-se que o claro acima da cabeça de Serra pertence ao fundo. Não é uma bobina, nem uma esfera. Vendo a sequência, tudo fica mais evidente.
Frações de segundo antes, e já vemos distorções na careca de Serra.
Adiante, outras distorções.
Um frame antes da imagem congelada pelo JN e não há sinal de nenhum objeto jogado.
Frações depois, e nada de objeto. Ele não veio dos lados, nem de cima, impossível que viesse de baixo. Impossível ser registrado apenas em um frame.
Segue a sequência e o vice, Índio da Costa, sorri. Atitude que não combina com quem afirmou que o objeto atirado tinha dois quilos. Hoje, no Jornal da Record, Serra foi mais modesto, disse que tinha "apenas" meio quilo.
Onde está o objeto atirado? Ele só aparece em um único frame, aos 0.06s do vídeo. Certamente um bem orientado profissional, em mesa de edição, escolheu pinçar um frame para contar a história que a Globo desejava para ajudar Serra. Ela começou, na verdade, de trás para frente. Aos 0.17s do vídeo, Serra coloca a mão na cabeça. Use um cronômetro para perceber que é um longo tempo para alguém reagir a uma dor. Nem falando nos quilos do objeto que foi afirmado. Vendo o vídeo, tentou-se criar um fato, com uma única e sofrível imagem.
Ficará registrado na longa história da Globo, e de um candidato a péssimo ator, que sobrevive até hoje apenas nas variadas mentiras, sempre com a ajuda desta venal mídia.