Dilma sente repulsa pelo golpista Joaquim Barbosa

Sobre a foto de Dilma e Joaquim Barbosa no velório de Niemeyer 
Presidenta vs. golpista
Sorriso unilateral
De uma coisa não se pode acusar Dilma: de hipocrisia. É flagrante, é torrencial, é irreprimível o mal estar que a figura de Joaquim Barbosa provoca nela, como mostra a foto que o fotógrafo Gustavo Miranda, da Agência Globo, captou no velório de Oscar Niemeyer.

É o olhar de alguém que está oscilando entre o desprezo e o ódio, e que provavelmente se tenha visto na contingência de calar o que sente.

Que detalhes conhecerá Dilma das andanças de Barbosa por apoio político para ser nomeado para o STF?  Ou será que ela não perdoa o que julga ser deslealdade e ingratidão de JB perante o homem a quem ambos devem o cargo, Lula?

Interessante examinar o rosto de JB no encontro. Ali está um sorriso de quem espera aprovação, compreensão, atenção – ou pelo menos um sorriso de volta, ainda que protocolar e falso.

Mas não.

O que ele recebe de volta é um olhar glacial, uma mensagem clara da baixa opinião de Dilma sobre ele. Parece estar acima das forças de Dilma fingir que não sente o que sente, ainda que por frações de segundo. A fotografia não vai para o álbum de lembranças de nenhum dos dois.

A franqueza por vezes desconcertante é uma característica de quem, como ela, não fez carreira na política. Fosse uma política, esta foto não existiria, não pelo menos deste jeito singular,  e seria uma pena porque esta é uma das imagens que decerto marcarão a República sob Dilma, de um lado, e Barbosa, de outro.

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Alckmin aposta na burrice e corta verbas para inteligência policial

É triste, mas o recado que o governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) passa é este: se prepare para receber mais trotes de dentro dos presídios paulistas, mais arrastões em edifícios e restaurantes de São Paulo, mais toques de recolher sob ordens da facção criminosa PCC, mais sequestros relâmpagos, mais assédio do tráfico de crack sobre crianças, mais ações criminosas nas ruas, e os policiais que se virem para preservar suas vidas.

O governador tucano cortará no orçamento de 2013 verbas do setor de inteligência policial, mesmo diante da escalada dos ataques do PCC, que ameaça a vida dos policiais e aterroriza a população.

O corte chega a ser de 63% na área de inteligência da Polícial Civil, o que significa a continuidade do processo de sucateamento, com a perda da capacidade investigativa. A Polícia Militar também não escapou: perderá 13% no orçamento.

A área de inteligência visa cortar o mal pela raiz, ao prevenir ações criminosas antes de acontecerem, ao desbaratar organizações criminosas, ao apreender carregamentos de armas e drogas, ao combater a infiltração do crime organizado na segurança pública através de maus policiais. É responsável também por mapear os locais e horários onde há maior incidência de crimes, de forma a orientar o patrulhamento eficiente pelas rondas.

Quando bem gerido, cada centavo aplicado no setor de inteligência, evita gastos muito maiores em confrontos armados e, mais importante, salva vidas.

O governador tucano rasga seu próprio discurso ao cortar estas verbas. Recentemente o tucano prometeu concentrar esforços nessa área. (Com inofrmações da Rede Brasil Atual)
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Prefeito, Leonardo Rego, reformou sede da Prefeitura, mas Centro Administrativo tão prometido ainda não saiu do papel.


A imprensa oficial já começou a anunciar para o próximo sábado (08) a solenidade em que o Prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rego (DEM), entregará à população a reforma da sede da prefeitura local.

A cerimônia ocorrerá logo após a procissão com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município.

Embora reconheçamos o empenho do atual prefeito em querer dar uma "cara nova" à sede do Poder Executivo, uma perguntinha básica faz-se necessária neste momento tão pujante para a nossa cidade:

Prefeito, cadê o tão falado e propagado Centro de Múltiplo Uso (que inclusive serviria para abrigar diversas secretarias do município como forma de facilitar o atendimento ao cidadão pau-ferrense) que foi exaustivamente anunciado como uma obra grandiosa a ser entregue pela sua gestão?

Lembro-me bem que a Câmara de Vereadores chegou a aprovar um Projeto de Lei de autoria do Poder Executivo para a construção do novo centro administrativo, mas parece que para a obra (repetidamente) prometida sair do papel, o novo prefeito (Fabrício Torquato) terá que fazer!

Pelo visto, estamos diante de mais um caso típico onde se encaixa perfeitamente a velha máxima: 

"Já que não tem tu, vai tu mesmo!
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OS "CAMINHOS" [de FUX] PARA O ALTO

Do portal “Conversa Afiada”:

Não consta que, entre os demais ministros [além de Joaquim Barbosa], haja histórico assemelhado às deduções negativas provocadas, sem o pretender, pelo relato de Luiz Fux.

Saiu na “Folha de São Paulo” [apesar de ser jornal direitista militante tucano] o seguinte artigo de Janio de Freitas:

OS CAMINHOS PARA O ALTO

“A repercussão do relato feito pelo ministro Luiz Fux, do périplo de anos até obter sua nomeação para o Supremo, tem incluído uma dedução incabível, por distorcer negativamente o regime atual mais do que seria justo fazê-lo.

À parte os seus possíveis componentes não apenas formais, o percurso do ministro Luiz Fux foi a sua maneira, não a regra, de ir do desejo à realização. E não é regra porque não há um percurso comum aos ministros. Vale o chavão: cada caso é um caso.

Não estou entre os capazes de descrever em minúcias, verdadeiras ou não, o que levou à nomeação de cada um dos ministros em exercício. Mas sei que não é correto debitar as nomeações, por exemplo, das ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber à intensidade das respectivas buscas de apoios políticos e empresariais. Para a nomeação da primeira, ainda que tivesse mais adeptos, decisiva foi a indicação feita por Sepúlveda Pertence, em sua aposentadoria antecipada no Supremo. A segunda foi, acima de tudo ou tão só, escolha da própria Dilma Rousseff.

[OBS deste ‘democracia&política’: Em caso semelhante ao de Luiz Fux, segundo recentemente veio a público, Joaquim Barbosa pediu a José Dirceu interferência junto a Lula para a sua indicação (Condenável caso de "tráfico de influência", segundo a imprensa tem tratado nos casos análogos da "Operação Porto Seguro"). Barbosa teve êxito. Foi nomeado. Contudo, ainda não houve a sua confissão, como a de Fux. Ver:  http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2012/12/escandalo-descoberto-trafico-de.html].

P.S: “Ele falou para mim que tinha estudado o processo, que o processo não tinha prova nenhuma, que era um processo sem fundamento e que ele tomaria uma posição muito clara". (Gilberto Carvalho, secretário geral da Presidência, sobre conversa com Luiz Fux antes de sua indicação como ministro do STF). Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Não consta, nem remotamente, que entre os demais ministros haja histórico assemelhado às deduções negativas provocadas, sem o pretender, pelo relato de Luiz Fux.

É certo que, sem estar no confronto de influências, ninguém sobe degrau algum em Brasília. Nisso há razão bastante para a mudança do sistema de nomeações ao Supremo. Mas não a principal, que é a adoção verdadeira da separação de Poderes, como fundamento do regime democrático. Não tem sentido a escolha dos componentes do Supremo pelo presidente da República, mesmo submetida à (aparente) apreciação do Senado.

Nem adiantaria efetivar tal mudança apenas para o Supremo. Mais graves são as vulnerabilidades do atual sistema quando se trata de nomeações para outros tribunais, como o Superior Tribunal de Justiça. E no nível de desembargador, aí então é que as ambições e os interesses –políticos e outros– tornam mínimas as chances de legitimidade das escolhas e designações.”

Esperar que a mudança se dê, no entanto, não se sustenta, nem como visão do futuro distante.”

FONTE: portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/12/06/janio-de-freitas-os-caminhos-para-o-alto/). [Imagem e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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JUSTIÇA É COISA SÉRIA (sobre o Ministro Fux)

“O portal ‘Conversa Afiada’ reproduz texto de Mauro Santayana, extraído do ‘JB online’:


JUSTIÇA É COISA SÉRIA

Por Mauro Santayana

“Vamos deixar a um canto o julgamento da Ação 470. Trata-se de um fato consumado. Ao julgar os réus daquele processo, o Supremo Tribunal Federal passou a ser julgado – não pelos meios de comunicação, que o têm aplaudido; não pelos setores da classe média do Sul e do Sudeste, que se sentem ressarcidos moralmente, com a condenação de correligionários de um apedeuta nordestino, operário metalúrgico, que conseguiu eleger-se e governar o país. Para todos esses, o Supremo foi o Areópago dos tempos míticos, com os juízes sob a presidência, invisível, mas infalível, da deusa Atena. Mas há quem examine a situação com outros olhos.

O jornalista mineiro José das Dores Vital acaba de publicar um ensaio delicioso, “Como se faz um bispo”, mostrando o jogo que se esconde na escolha de um novo prelado na hierarquia católica. As revelações do Ministro Luis Fux, publicadas no fim de semana pela Folha de S. Paulo, sobre os seus esforços a fim de se tornar Ministro do STF, sugerem um best-seller, como o de Vital.

Seria muito interessante mostrar como se escolhem alguns dos mais elevados magistrados da República. Muitos deles, pelo que andam anunciando, pretendem ser os arcontes do Estado Nacional, e pairar sobre todos os seus poderes, assentados no monte de Ares (ou de Marte, em latim), dedicado ao deus da guerra.

Fux conta como pediu a Deus, e a todo mundo, que o indicassem para ocupar uma vaga no Supremo: de João Pedro Stédile, do MST, a Delfim Neto, incluindo José Dirceu e outros réus da Ação 470 que ele, Fux, julgaria. Segundo a “Folha de S. Paulo”, um seu emissário, em seu nome, solicitou ao jornal que ele fosse ouvido. E foi muito bem entrevistado, por uma das mais argutas e ferinas jornalistas brasileiras, Mônica Bérgamo.

Diz o juiz que ficou “estarrecido” com as provas contra Dirceu e os outros e, assim, votou pela condenação dos réus. Estarrecidos estamos todos nós, com as suas revelações. Fosse ele um juiz de tempos mais antigos, é provável que se declarasse suspeito e se eximisse de participar do julgamento. Não por se sentir tentado a absolver, por gratidão; mas, sim, por se sentir tentado a condenar exatamente por ter sido ajudado. Há uma desconfiança universal e muito antiga de que muitos, ao receber um favor, passam a odiar quem os ajuda. Não se trata de uma regra, mas, sim, de exceções. Não para Ulysses Guimarães que dizia: o dia do benefício é a véspera da ingratidão.

Há dois mecanismos mentais que explicam esse paradoxo. Um deles é a soberba do favorecido, sobretudo nas indicações políticas. O outro é o de compensação do sentimento de humilhação do imaturo ao pedir o favor ao poderoso – tão mais forte a ponto de lhe conceder o pedido. No primeiro caso, o ajudado passa a acreditar que não foi escolhido como um favor, mas sim, pelo reconhecimento de seus méritos. “Ele só podia me ter escolhido, porque, dentre todos os outros, só eu sou capaz”.

Assim também poderia pensar Fux, embora seu confessado pranto de regozijo, junto ao Ministro da Justiça, não sugira essa espécie de sentimento. Resta o outro – o do constrangimento pela súplica do apoio. Se o juiz Fux condenou os réus com a convicção de julgador, ou não, importa pouco, nesta fase do processo. O que qualquer cidadão pode condenar é a forma pela qual ele e outros foram escolhidos. Que um candidato a qualquer cargo peça apoio, é natural – mas deve preservar um pouco de decoro em sua postulação. Lula, submetido a duras provas pessoais nos últimos meses, ao aprovar o nome de Fux junto a Dilma, não soube desconfiar de quem trazia indicações tão amplas, que provinham de todas as direções ideológicas. Em Minas, a idéia é a de que aquele que tem a recomendação de todos não tem recomendação alguma.

O passado de um candidato ao STF deve ser examinado ao microscópio. Os juízes do Supremo Tribunal são a última instância na defesa das pessoas contra o Estado e na defesa do Estado contra seus inimigos. Eles devem ser personalidades de indiscutível probidade, mas, da mesma forma, mostrar o saber necessário para atuar com toda a isenção possível. Os juízes não são anjos vingadores, celebridades do “showbusiness”, nem cúmplices dos criminosos. São, ou devem ser, cidadãos acima dos interesses e das paixões, para assegurar a todas as pessoas justas o direito à vida, na segurança da paz. É preciso encontrar critérios mais rigorosos, transparentes e universais, para a indicação e aprovação, pelo Senado, dos Ministros do STF.”

FONTE: escrito pelo jornalista Mauro Santayana no “JB Online” e transcrito no portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/12/05/santayana-justica-e-coisa-seria/).
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