Salários no Brasil crescem duas vezes mais rápido que média mundial


Salários no Brasil tem crescido a um ritmo duas vezes maior que a média mundial durante os anos da crise internacional. Mas os valores absolutos para a maioria dos trabalhadores ainda estão distantes da renda em países ricos.

Os dados estão sendo revelados hoje pela Organização Internacional do Trabalho que destaca a estagnação dos salários pelo mundo diante da recessão. Em média, os salários no mundo aumentaram em 1,2% em 2011. Mas, nos países ricos, salários diminuíram em 0,5%. Na Grécia, a queda foi de 11%, contra uma redução na Espanha de 4%.

Já no Brasil, a taxa registrada é de uma expansão de 2,7% no ano passado, depois de um crescimento de mais de 3% anualmente desde 2006.

Apesar da expansão, a OIT alerta que a disparidade salarial média de um operário brasileiro numa fábrica e um trabalhador num país rico é ainda profunda. Por hora, um funcionário de uma fábrica ganha em média US$ 5,5.

Na Grécia, o salário é de US$ 13,00 por hora, contra mais de US$ 23 nos EUA e US$ 35,00 na Dinamarca. (O colunista do Estragão preferiu não mencionar o custo de vida nesses países.)

Estragão
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A CASSAÇÃO DOS MANDATOS E O RISCO DA BANALIZAÇÃO DO MAL

STF E O RISCO DE BANALIZAR O MAL

Por Paulo Moreira Leite, na revista “Época”

“Estou espantado diante da naturalidade com que se debate a possibilidade de o Supremo cassar os mandatos de três deputados cassados pelo “mensalão”. Parece a coisa mais natural do mundo. Parece uma questão de opinião.

José Genoíno, um suplente de mais de 90 000 votos, também pode perder seus direitos. Como os demais, seu mandato vai até 2014.

Não é natural. Nem é uma questão de opinião.

Está lá, no artigo 55 da Constituição que, após ampla defesa, por maioria absoluta, cabe ao Congresso decidir o que acontece com o mandato dos parlamentares. A Câmara resolve, no caso dos deputados. O Senado, quando se trata de senadores.

É tão claro como o artigo que define o voto direto para presidente ou o caráter federativo da República.

É ainda mais curioso que se queira, também, queimar uma outra etapa, cassando os deputados antes mesmo que os recursos tenham sido julgados. Aliás: as sentenças sequer foram escritas, nem publicadas.

Isso não é uma formalidade. Na hora de redigir uma sentença, pode-se descobrir uma incongruência e mesmo uma incorreção. Uma coisa é a frase oral. Outra, o texto escrito.

É uma garantia da acusação, de que terá seus motivos bem explicados e compreendidos.

Também, é uma garantia para a defesa, que pode ter motivos claros e bem definidos para enfrentar.

Por fim, e mais importante: é uma garantia para a democracia, pois assegura a transparência da Justiça. Qualquer cidadão, a qualquer momento, pode saber exatamente por que uma pessoa foi condenada e outra, absolvida.

O procurador Roberto Gurgel voltou a insistir para que o Supremo decrete a prisão imediata dos condenados. Gurgel já havia recolhido seus passaportes e colocado seus nomes na lista de pessoas que não podem deixar o país.

Referindo-se ao plano de prisão imediata, o constitucionalista Pedro Serrano, professor da PUC de São Paulo, afirma: “É um absurdo.” O professor lembra a necessidade de se cumprir um ritual indispensável: “Ninguém pode ser preso sem que todos os recursos sejam julgados e respondidos.”

O risco é habituar o país a golpes — mesmo pequenos — contra a democracia. Fatos que deveriam ser vistos como estranhos e até escandalosos passam a ser vistos como naturais. A ideia é aceitar que nem sempre os direitos do cidadão precisam ser respeitados e que a Justiça é a principal garantia que ele possui.

O nome disso, ensinou Anna Harendt, é banalização do mal.

Ela se obtém quando as consciências foram anestesiadas.

Estamos assistindo a banalização de ataques contra cidadãos que, lamentavelmente ou não, receberam o voto popular em 2010.

Aplicar a palavra “poderosos” no caso específico desses réus é um esforço retórico. Num país horrorizado com a impunidade e a corrupção, que são problemas reais, a ser enfrentados e combatidos, esse discurso ajuda a alimentar a ira, a dar um conteúdo “exemplar”, “redentor”, “simbólico” ao julgamento. São palavras que ajudam a encobrir fatos reais e questionáveis. Você fica debatendo o “significado” do fato e esquece do próprio fato.

Falar em “poderoso”, concretamente, é uma falsificação.

Estamos falando de pessoas que foram despossuídas do direito a uma ampla defesa. Não foram condenadas por provas robustas, nem individualizadas. Os ministros assumiram, explicitamente, a perspectiva de “flexibilizar garantias oferecidas aos réus”. A forma do julgamento, “fatiado”, já colocou a defesa em desvantagem, o que é uma situação estranha, num universo que deve funcionar como uma balança — e cega.

Mas há uma questão democrática essencial aqui.

Candidatos apontados como réus no mensalão, a espera de julgamento, receberam o voto de milhares de brasileiros. O voto dessas pessoas não tem valor?

Não deve ser pesado, julgado, examinado, pelos representantes do povo? Eu acho que sim. E foi por esse motivo que o constituinte de 1988 não deixou a decisão para a Justiça. Trouxe para o Congresso. É o que está escrito.

Tá vendo como é bom ter leis escritas?”

FONTE: escrito por Paulo Moreira Leite, na revista “Época”. Transcrito no portal de Luis Nassif  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-cassacao-dos-mandatos-e-o-risco-da-banalizacao-do-mal). [Imagens do Google e algumas aspas adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
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ENTIDADES CRITICAM ALCKMIN E O PSDB: É BOICOTE À REDUÇÃO DA CONTA DE LUZ

Nota sobre a decisão da CESP de não aderir à renovação de concessões do setor energético, encaminhada pela Assessoria de Imprensa do PT na ALESP, via e-mail

“A decisão do governo Alckmin de não aderir à renovação das concessões das empresas do setor energético e deixar a CESP de fora do pacto nacional pela redução da tarifa de luz, na média de 20% a partir de janeiro de 2013, foi alvo de críticas de lideranças sindicais e entidades sociais que analisaram a questão, na terça-feira (4/12), em reunião na Assembleia Legislativa de São Paulo [ALESP].

Na avaliação das lideranças, o governo de São Paulo está se recusando a contribuir com o desenvolvimento do país e com a redução dos custos de produção, o que poderia tornar o Brasil mais competitivo, com reflexos diretos na geração de emprego e no fomento da economia.

Os sindicalistas ressaltam que o boicote do governo tucano reflete em prejuízo para o conjunto da sociedade brasileira. Isso porque, diante da recusa da CESP (São Paulo), CEMIG (Minas Gerais) e COPEL (Paraná), todas ligadas a gestões do PSDB, em participar do plano, a redução dos custos da tarifa de luz, projetada em 20% pelo governo federal, poderá ficar mais baixa, em 16,7% a partir do ano que vem.

A adesão à proposta do governo federal, apresentada por meio da Medida Provisória 579, editada pela presidente Dilma Rousseff em 11/9, foi assinada hoje (04/12) pelas demais empresas do setor no país.

Outra observação feita por Wilson Marques Almeida, diretor do “Sinergia”, é de que os trabalhadores aguardam que, além da redução das tarifas, o governo busque meios de assegurar, também, a continuidade de investimentos, a garantia da manutenção de empregos e dos benefícios dos trabalhadores, destacou o integrante da “Plataforma Operária e Camponesa para a Energia” no Estado de São Paulo, composta por representantes sindicais e entidades sociais como a “Central de Movimentos Populares” e o ‘MBA — Movimento dos Atingidos por Barragens’.”

FONTE: portal “Viomundo”  (http://www.viomundo.com.br/politica/entidades-sindicais-e-sociais-criticam-boicote-de-alckmin-a-reducao-da-tarifa-de-luz.html).
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MÍDIA E DESORDEM NEOLIBERAL, ANO IV

Por Saul Leblon

“119,6 milhões de pessoas, ou 24,2% da população dos 27 países da Europa, encontram-se no limiar da pobreza. Nos EUA, o programa de vale-refeição garante comida a 46 milhões de pessoas -- um em cada oito norte-americanos precisa de ajuda para não passar fome.

As importações mundiais mantêm-se estagnadas, condição que se arrasta desde julho e um indicativo da paralisia no comércio internacional.

As encomendas industriais desabam na Europa, o que pode ser visto como um termômetro de agravamento da recessão neste final de ano e início do próximo. Nos EUA, a produção industrial recuou 0,4% em outubro, em relação ao mês anterior; institutos previam alta de 0,1%, depois que o indicador avançou apenas 0,2% em setembro.Na Ásia, a China mostra recuperação, mas o Japão patina.

Em toda a América Latina, a demanda emite sinais de enfraquecimento com a economia desidratada pela contração global da procura por matérias-primas.

No Brasil, o emprego e a renda continuam em expansão, mas o investimento industrial completou o 5º trimestre negativo, com 2% de queda em setembro, enquanto o PIB cresceu apenas 0,6% no período.

Na 3ª feira, o ministro Guido Mantega anunciou R$ 2,8 bilhões em desonerações à construção civil, com corte de 20% para 2% na alíquota do INSS sobre a folha. Desde o início da crise, o país já concedeu R$ 45 bilhões em incentivos fiscais à retomada do crescimento. O valor equivale a quase 1% do PIB, sendo criticado pelo jogral midiático, o mesmo que, por 30 anos, prega as virtudes dos mercados autorreguláveis e da desregulação financeira e que insiste na adoção do tripé ortodoxo: redução do Estado, supressão de direitos trabalhistas e choque de gestão --exatamente o que vem sendo feito há 30 aos. Com os resultados sabidos.”
FONTE: escrito por Saul Leblon no site “Carta Maior”  (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm). [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
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BRASIL É O MELHOR DOS BRICS NO RANKING DA CORRUPÇÃO

[Políticos, banqueiros, empresários, sonegadores de impostos, a pseudoelite, estão, cada vez mais, sentindo-se pressionados. Antes, investigado e ladrão era somente o pobre.]

Da agência francesa de notícias AFP:

BRASIL TEM MELHORADO NOS ÚLTIMOS ANOS NO RANKING DE ÍNDICE DE PERCEPÇÃO DA CORRUPÇÃO MUNDIAL

“BERLIM, 05 dez 2012 (AFP) - O Brasil subiu mais quatro posições no Índice de Percepção de Corrupção 2012, passando de 73º em 2011 para 69º este ano, o que indica melhora no grau de transparência nacional. No entanto, [apesar da grande melhora ocorrida nos últimos dez anos,] o país continua em posição ruim (69º) no ranking de 176 países.

A análise, elaborada pela ONG “Transparência Internacional”, aponta Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia como os países mais transparentes. Na América Latina, Chile e Uruguai ocupam a melhor posição. O Brasil está empatado com a África do Sul, na 69ª posição, mas está na frente dos demais países emergentes do grupo BRICS - China (80º), Índia (94º) e Rússia (133º).

A “Transparência Internacional” analisa a corrupção de acordo com dados arrecadados por 13 instituições internacionais, entre elas o Banco Mundial, os bancos asiático e africano de desenvolvimento ou o Fórum Econômico Mundial. A nota varia de 0 a 100. A mais alta reflete maior grau de transparência e a mais baixa uma maior percepção de que há corrupção nas instituições públicas.

Esta é a pontuação (entre parêntesis) de alguns dos 176 países [quanto maior a pontuação, menor a corrupção]:

Dinamarca (90)
Finlândia (90)
Nova Zelândia (90)
Suécia (88)
Cingapura (87)
Suíça (86)
Austrália (85)
Noruega (85)
Canadá (84)
Holanda (84)
Islândia (82)
Luxemburgo (80)
Alemanha (79)
Hong Kong (77)
Barbados (76)
RD do Congo (21)
Laos (21)
Líbia (21)
Guiné Equatorial (20)
Zimbábue (20)
Burundi (19)
Chade (19)
Haiti (19)
Venezuela (19)
Iraque (18)
Turcomenistão (17)
Uzbequistão (17)
Mianmar (15)
Sudão (13)
Afeganistão (8)
Coreia do Norte(8)
Somália (8)

Classificação do continente americano:

Canadá (84)
Barbados (76)
Estados Unidos (73)
Chile (72)
Uruguai (72)
Bahamas (71)
Santa Lúcia (71)
Porto Rico (63)
São Vicente e Granadinas (62)
Dominica (58)
Costa Rica (54)
Cuba (48)
Brasil (43)
Trinidad eTobago (39)
El Salvador (38)
Jamaica (38)
Panamá (38)
Peru (38)
Suriname (37)
Colômbia (36)
Argentina (35)
Bolívia (34)
México (34)
Guatemala (33)
República Dominicana (32)
Equador (32)
Nicarágua (29)
Guiana (28)
Honduras (28)
Paraguai (25)
Haiti (19)
Venezuela (19)”

FONTE: da agência francesa de notícias AFP. Transcrito no portal Terra  (http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6356428-EI294,00-Brasil+tem+melhora+no+Ranking+de+Indice+de+Percepcao+da+Corrupcao+Mundial.html). [Título e trechos entre colchetes adicionado por este blog ‘democracia&política’].
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